quinta-feira, 28 de junho de 2012

Inspecção Geral da Saúde defende taxas moderadores para as IVG


As interrupções voluntárias da gravidez reportadas pelas entidades que as fazem são mais do que as registadas pela Direção-Geral de Saúde, segundo a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), que defende o pagamento de uma taxa moderadora.
A conclusão consta do relatório de 2011 da Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS), que inspecionou no ano passado 18 estabelecimentos oficiais onde de realiza a interrupção voluntária da gravidez (IVG) por opção da mulher nas primeiras dez semanas. Oito das unidades de saúde já tinham sido analisadas anteriormente.
Em Portugal foram efetuadas 18.827 IVG, 6.871 das quais em entidades inspecionadas.

Discrepância nos números



Nestas ações, a IGAS detetou que o número de IVG constante do relatório da Direção Geral da Saúde (DGS) não coincide "na maioria das situações" com o número facultado pelas entidades inspecionadas.
"Tal discrepância assenta em elementos não reportados pelas instituições, à data de encerramento por parte da DGS para execução do relatório", lê-se no documento.
As entidades que realizam IVG reportaram mais 254 interrupções do que as registadas pela DGS, segundo este relatório.
A IGAS contatou que "para os estabelecimentos de saúde oficiais não existem exigências no que respeita a reconhecimento de aptidão para a realização da IVG como se impõe para as entidades privadas".
Os estabelecimentos oficiais foram responsáveis pela realização de 69 por cento das IVG, cabendo aos estabelecimentos oficialmente reconhecidos os restantes 31%.

Dois métodos previstos



Nesta ação apurou-se que na generalidade das instituições inspecionadas são apresentados à mulher os dois métodos previstos (medicamentoso e cirúrgico), embora na prática seja privilegiado o primeiro.
O direito que é concedido à mulher de opção pelo método a utilizar para realizar a IVG "não está a ser garantido", prossegue o documento.
Em relação às instalações, a IGAS identificou entidades onde o espaço para a consulta de IVG é "partilhado com outras consultas e exames em simultâneo", o que leva a que ali se encontrem grávidas e outras mulheres que são acompanhadas nos serviços de ginecologia e obstetrícia, bem como utentes que desejam interromper a gravidez, o que "pode criar situações constrangedoras", refere.
A IGAS defende a instituição de "mecanismos que permitam detetar e controlar as IVG recidivas", escrevendo que "seria de equacionar o pagamento de uma taxa moderadora, que terá um efeito moralizador no acesso" à intervenção.
A taxa serviria, segundo a IGAS, para a IVG não ser "vista como um método anticoncecional, mas sim como um recurso para resolução de uma situação pontual".


Fonte Expresso: http://expresso.sapo.pt/inspecao-geral-defende-pagamento-das-interrupcoes-da-gravidez=f736049#ixzz1z5Al16Ri

quarta-feira, 27 de junho de 2012

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Dicas para (eventualmente) acabar com um namoro


A tomada de decisão é uma potência que diz respeito somente  ao “homo sapiens”. O animal não é capaz de racionalmente estudar, prever, avaliar, julgar e decidir, entre dois bens, o melhor. Erra somente uma vez, pois seu processo de escolha provém exclusivamente da experimentação e do instinto. 
O ser humano é capaz de errar duas ou mais vezes, pois espera que o tempo, as circunstâncias e a insistência de achar o acerto cheguem a mudar a situação. De fato, as grandes descobertas provêem da inteligência e principalmente da perseverança dos cientistas em repetir seus experimentos.  Caso cheguem ao sucesso, isto ocorre muito depois da milésima tentativa. A humanidade acumula grandes tesouros da experiência dos demais.
O conhecimento transmitido dos demais e a própria prudência capacitam o ser humano a fazer boas escolhas sem ter que necessariamente passar pelo erro. Haveria menos desilusões e sofrimentos se o amor não se enraizasse, muitas vezes, em razões que a própria razão desconhece.
Quando se é jovem, há um mundo pela frente de opções, e a prudência deve servir de guia. Entre tantas pessoas interessantes e carinhosas, uma delas está destinada a ser o seu cônjuge. Aquela cujos interesses, valores, ideais e objetivo de vida forem mais afins aos seus. Por onde anda sua alma gêmea?
Ao iniciar um relacionamento, cada um é capaz de perceber, nos primeiros encontros, se o outro deixa a desejar em dois ou três aspectos importantes. Muitas vezes os defeitos aparecem mais tarde, através do conhecimento que a convivência aprofunda. Se o outro, por exemplo, força situações que você discorda por princípio, que respeito terá por você mais tarde?
Observe cuidadosamente seu comportamento indireto, e tente projetá-lo no seu relacionamento futuro a dois. Caso trate seus familiares com rispidez e com falta de respeito, quando vocês estiverem casados, certamente lhe tratará com violência. Se os estudos são levados com irresponsabilidade e inconstância, como chegará a ser um profissional de prestígio no futuro? Se não se respeita e constantemente se embebeda, como reagirá no futuro, quando a vida der suas guinadas naturais?
São exemplos de defeitos de caráter que podem não parecer graves, mas que ganham proporção quando você passa a sofrê-los na pele por se inserir neles através do matrimônio.
E algumas dúvidas pairam no ar... Será realmente esta a pessoa com quem devo passar o resto de minha vida, que gerará e educará comigo meus filhos, que se empenhará por me respeitar sempre?
Se a dúvida se apresenta, é a voz da prudência que sussurra na consciência. Diz não valer a pena levar adiante aquele relacionamento. A razão poderia listar pelos menos dois motivos.
Saint Exupéry nos sugere que “somos responsáveis pelo que cativamos”.  Com o tempo, maior peso recairá sobre os ombros e maior mágoa o final do namoro trará a ambos. Bem... O Pequeno Príncipe pode ter suas razões, mas é imprudente deixar que este peso cresça, por maior esforço e dor que estancá-lo possa significar. “Hoje” é o momento adequado de se terminar um namoro, se não estamos certos de ser, o outro, a pessoa com quem nos comprometeríamos por toda a nossa vida. Deixar para depois é sempre pior. 
Se o namoro prossegue, o matrimônio pode acontecer, e a situação muda de figura. O esforço passará a ser inverso, no sentido de manter a vida “A Dois” e o compromisso assumido. As conseqüências da separação serão bem mais traumáticas do que na época do namoro.  Afinal de contas, esta é a razão de ser do namoro: propiciar a oportunidade de se terminar o relacionamento em tempo, caso haja dúvidas pairando no ar.
Se o namoro segue por comodismo, mesmo que se desconfie que o outro não seja “o escolhido”, ambos estarão desperdiçando a oportunidade de conhecer a pessoa certa. A alma gêmea, com afinidade maior do que a do namoro atual, poderá cruzar por você. Quem sabe você seja até capaz de percebê-la,  mas estará por demais ocupado e enrolado para se dar a conhecer e conquistá-la. A felicidade passa perto, mas você não está pronto para ela, pois perde seu tempo distraindo-se com outro. 
Por último poderíamos nos perguntar se vale a pena tentar corrigir o defeito do outro. Um pequeno defeito de caráter pode até ter solução, mas requer uma força de vontade sobrenatural do outro, e muitos anos de sofrimento seus. Será que vale a pena arriscar o tesouro de sua vida e a sua felicidade em uma aposta que se mostra com forte chance de não funcionar... Esperando que o tempo e as circunstâncias convençam o outro a mudar? Você tem mil vidas para tentar? Não. Somente uma!! Deixemos este nobre esforço... de fato nobre... para quem já fez sua aposta definitiva e está casado!!!
Se o amor é cego, é mais inteligente manter, então, os ouvidos bem abertos. Os amigos e familiares podem apresentar experiências passadas por outros, que não tiveram o desenrolar tão promissor como esperamos que nos aconteça. Vale a pena tentar entender seus conselhos e argumentos bem antes que somem mil.
Será que nos falta fortaleza suficiente para tomarmos, hoje, a decisão definitiva?
Neste sentido vale a pena ficar só, e voltar a atenção para os amigos. Se você ainda não achou a sua alma gêmea, não se junte a outra. Para reconhecê-la no meio da multidão, e estar digno dela, você provavelmente precisará de mais tempo para se lapidar e se desenvolver em valores e em virtudes. Se seus amigos o são de verdade, lhe ajudarão a crescer em maturidade. Serão os primeiros a lhe dizer: antes só do que não tão bem acompanhado.

domingo, 24 de junho de 2012

A importância da ética

A ética da primeira pessoa (a auto-exigência) deveria ser sempre a primeira condição para a ética da terceira pessoa (ser-se exigente com os outros). Infelizmente todos os dias se observam distorções deste contrato moral. E parece cada vez menos considerado o imperativo kantiano: Age unicamente segundo a máxima que te leve a querer ao mesmo tempo que ela se torne uma lei de tal modo que, se os papéis fossem invertidos, as partes em questão estariam sempre de acordo. As pessoas simples não entendem e indignam-se legitimamente. As elites exemplares escasseiam, a procura do bem comum dilui-se, ao mesmo tempo que brotam como cogumelos as falsas elites feitas de arrivismo e calculismo. O respeito pelas regras legais ou comportamentais tem sido menosprezado por certos grupos e grupúsculos de interesses partidarizados, particularistas ou secretistas que, não raro, ousam capturar o interesse público. Permita-se-me a imagem caricatural: parar no semáforo vermelho é quase um sinal de inadaptação social nos tempos que correm. De há muito, assiste-se a formas iníquas de promiscuidade e de disfarce de interesses privados e públicos, ao sôfrego domínio de certas instituições fundamentais por pessoas impreparadas, sem currículo e que as usam despudoradamente em benefício próprio. Já lá vai o tempo em que para se ocupar um lugar de alta responsabilidade política, institucional ou empresarial eram sempre necessárias provas de vida, de experiência e de responsabilidade efectiva. A exigência que Roland Barthes exprimiu dizendo que “um responsável nota dez: dois pontos de esforço, três pontos de talento e cinco pontos de carácter” já não é o critério essencial. Órgãos decisivos como o Tribunal Constitucional ou a Provedoria de Justiça têm vindo a ser sujeitos à mais descarada descaracterização pela via afuniladamente partidária. A indigência moral alimenta-se da falta de memória corroída pela primazia do presentismo, da impunidade de que, no fim, nada acontece, do escrutínio para “inglês ver” onde os sem-poder são penalizados e se desculpa quem viola as mais elementares regras éticas. Uma pequena irregularidade pode ser fatal, uma grande fraude perde-se na neblina processual. Os indefesos, os últimos, os sem voz são vistos crescentemente como uma quantidade, ao mesmo tempo que há todo o tipo de salamaleques e toda a panóplia de consideração hipócrita para pessoas ou entidades não recomendáveis. A aliança entre o fardo da burocracia e a exaltação da tecnocracia desumaniza as instituições, coisifica as pessoas e gera tentações corruptivas. Em muitas instâncias de diferentes naturezas, reforça-se o primado dos objectivos monetarizados, mas esfumam-se as referências, os princípios e os ideais. Mais do que nunca, parece valer-se não pelo que se é, mas pelo que se tem ou se insinua ter. A verdadeira liderança vem do exemplo, não do poder formal e efémero. Há na governação, nas instituições, nas empresas, na sociedade, notáveis exemplos de rectidão, serviço público e hombridade. No entanto, a perspectiva axiológica do uso do poder como poder-dever é cada vez mais a excepção. No frenesim de micro, pequenas e médias éticas, a sociedade vem-se tornando mais amnésica e dilui-se a fronteira entre o útil, o inútil e o fútil. O direito ao erro e a pedagogia da persistência perante a dificuldade são, muitas vezes, substituídos pela ilusão do facilitismo, da permissividade e da “troca” em circuito-fechado. Não devemos confundir o erro, inerente à nossa condição humana, com a irresponsabilidade, a ganância, a cupidez. Erro não implica culpa, mas culpa tenta justificar-se pela (falsa) inocência de um erro inventado. (...) O incentivo ao mérito e a ética da sabedoria integral e do esforço honesto são, não raro, abafados pela defesa da mediocridade e de igualitarismos bacocos que afastam os melhores, mas são esplendorosamente retributivos para toda a espécie de “boyismos”. (...) Recente estudo europeu sobre práticas corruptivas refere que “ a corrupção se materializa, por vezes, em práticas legais mas anti-éticas que resultam de regras de lóbi opacas, tráfico de influências e portas giratórias entre o sector público e privado”. (...) Também a linguagem tem sido sujeita a uma anestesia ou mudez moral que favorece o relativismo ético. Hoje o mentiroso não mente. Diz inverdades. Certas fraudes já não o são. Foram promovidas tecnocraticamente a imparidades. Um conflito de interesses até pode não o ser. Diz-se, então, que cria sinergias. A batota depende do batoteiro. A ética do esforço conta menos. Vale mais a esperteza arrivista. O valor da exactidão esvazia-se. O que conta é o calculismo da inexactidão. A flexibilidade é palavra de ordem para tudo, até mesmo para o carácter e conduta moral. A iconografia do sucesso, mesmo que aparente substitui a iconografia dos valores, mesmo que imprescindíveis. (...) Em suma, não há remédios técnicos para males éticos. Esta é a mais séria e profunda reforma estrutural e geracional que urge concretizar na sociedade portuguesa. Sem ela, não há troika que nos valha… Bagão Félix in Público

sábado, 23 de junho de 2012

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Petição da FPV discutida no dia 1 de Junho

No próximo dia 5 de Julho, uma quinta-feira, às 15h00, será discutida na Assembleia da República a Petição “Lemos, ouvimos e vemos, não podemos ignorar” que em Fevereiro de 2011 a Federação Portuguesa pela Vida entregou e que podem rever aqui . Esta Petição deu origem ao Relatório de Avaliação da Lei do Aborto da autoria da deputada do PSD Conceição Ruão (que está aqui ).

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Construir o nós no namoro


Já faz alguns anos! Mas ainda vêm-me à memória os olhos brilhantes de tantas alunas e alunos meus de 7ª e 8ª séries, quando, aproveitando a comemoração do Dia dos Namorados, abríamos parênteses na programação de Língua Portuguesa para conversar, por alguns instantes, sobre namoro. O nível de interesse pela aula tornava-se inigualável! Explica-se: tocávamos em aspectos fundamentais das suas vidas; falávamos do amor. Mais: das exigências do amor.
Aos poucos, através de alguns exemplos e comparações, ia-se delineando a finalidade do namoro: elaborar um projeto de vida que se inicia numa comunidade a dois. Fase de preparação, portanto, em que cada um aprofunda no conhecimento próprio e do outro, exercitando a capacidade de se tornar um ser humano melhor, para o bem do outro. Tarefa, aliás, altamente prazerosa, para a qual nunca falta motivação. Fazia-lhes ver que a reciprocidade dessa atitude, desse empenho em buscar as afinidades, compreender as diferenças e as limitações e colaborar na superação das dificuldades, é que constrói a confiança mútua. Confiança mútua: um simples olhar capaz de dizer pode contar comigo. Talvez seja a descoberta mais importante para o crescimento no amor, e que fundamentará, em boa medida, a decisão que se há de tomar com total liberdade. Coincidíamos, afinal, em que toda escolha pressupõe renúncia e, nesse caso especificamente, é necessário ter muito em conta tal pressuposto: o homem, tendo encontrado a sua mulher, renuncia a todas as outras, e a mulher, tendo encontrado o seu homem... idem! Perde-se então a liberdade? Não! Entrega-se a liberdade em razão de um fim; assume-se um compromisso de lealdade: Pode contar comigo! Jamais vi assomar em seus lábios qualquer sorriso de ironia ou descaso. Eram jovens, afinal, com plena capacidade de sonhar.
De fato, o afã de grandes realizações é marca peculiar da juventude e, a tal ponto a nutre e robustece que, com o passar dos anos, aquele que consegue conservar essas aspirações mantém-se jovem em espírito. O jovem tem sempre um ímpeto de superação que, quando devidamente incentivado, encorajado, torna-se a base da sua alegria, uma alegria que nada nem ninguém consegue arrancar porque está enraizada na disposição de enfrentar, por um ideal, todos os sacrifícios.
Formam-se, assim, os grandes atletas, os profissionais talentosos. Quando da morte de Ayrton Senna, ouvi os especialistas dizerem que ele tivera meio segundo para brecar, tempo insuficiente para levar o pé ao freio (Ah! os cálculos dos especialistas!!!). No entanto, revelou-se depois, através da "caixa-preta", que o brilhante piloto freou meio segundo na intensidade máxima antes de bater. Incríveis capacidades revelam-se quando o homem aplica-se a uma façanha ou é exposto ao inesperado. E mais ainda quando as duas circunstâncias coincidem...
Excluindo-se o estrelismo que acompanha os grandes feitos e "massageia o ego" dos que se exercitam, perguntamos: por que a natureza humana, tão rica de possibilidades em tantas situações, revela-se tantas vezes incompetente no que diz respeito à família? Por que tanta tacanhice, futilidade, leviandade, inconseqüência, irresponsabilidade... e derrotismo desde o ponto de partida, uma vez que já não é incomum que, desde o namoro, o pressuposto seja tentar, quem sabe dá certo!? Ora, no namoro se estabelecem e se aceitam as regras, ditadas não tanto por diferenças de temperamento, como pelo sentido de compromisso e responsabilidade que se tenha. E se as regras não são reciprocamente aceitáveis, é hora de romper. Decisão difícil, sem dúvida... Mas, quem sabe, ajude a amadurecer, a reavaliar... Afinal, é melhor romper o namoro para não romper depois o casamento, episódio muito mais traumático e de conseqüências muito mais sérias. Ou pretenderá alguém consolar-se, dizendo: Tentamos tudo; até casamos! ?
Se poucos chegam ao estrelato das pistas, aos recordes atléticos, enfim, às façanhas contempladas pela imprensa, basta sermos pessoas para nos defrontarmos com as exigências de agir com altruísmo, dignidade, grandeza interior... Na vida a dois, não apenas suportar as alfinetadas das pequenas contrariedades, mas aprender a observar, reconhecer e apreciar, antes de tudo, os aspectos favoráveis do outro, interpretar benevolamente as suas faltas, socorrê-lo nas suas necessidades materiais, emocionais, espirituais... Saber ultrapassar as barreiras interiores do egoísmo, superar sentimentos de independência e de superioridade, crescer na paciência, paciência, paciência... No dizer de São Josemaría Escrivá:converter a prosa do teu dia em decassílabos, em poesia heróica. Chegamos, portanto, ao heroísmo. Os aplausos? Esses ficam por conta da vida, quem sabe passados quarenta anos...
O panorama geral, no entanto, é inquietante. Pode-se dizer que há uma maciça propaganda contra essa educação para o altruísmo, contra os ideais de pôr o outro, no caso do amor conjugal, ou os outros, no caso do amor ao próximo, no centro das nossas atenções. E, invertida a equação, somos arrastados pelo individualismo, pela mentalidade utilitarista, que encara o mundo e inclusive as pessoas como instrumentos, objetos a serem utilizados enquanto correspondem às nossas expectativas. Trata-se de uma sombra medonha a escurecer os horizontes da família, principalmente porque dá-se como inevitável que o relacionamento sexual (no sentido mais estrito do termo) esteja condicionado, simplesmente, à experimentação, justamente a esse "uso" do outro. Irresponsavelmente, incentiva-se o jovem a uma atitude dirigida à corporalidade, facilitando-lhe uma bebedeira sexual que pode levá-lo a encalhar na fase inicial, primitiva, do despertar da sexualidade. Num total desrespeito e miopia, ensina-se a não contrair o vírus HIV e a evitar gravidez - que a isso se resume a educação sexual nos nossos dias -, como se no físico não interviesse o psíquico, o emocional, e vice-versa.
Aqueles jovens que deveriam ser incentivados a grandes realizações, até porque é de ideais nobres que carecem, vão sendo levados pelo primitivismo de seus instintos mais elementares, expondo-se a perder de vista as possibilidades de um amor perene, substituído pela superficialidade e futilidade dos "casos passageiros", do mero contato animal entre duas epidermes, como dizia Voltaire. Ou seja, destituídos de uma meta ideal (difícil e trabalhosa, sem dúvida, mas ainda assim ideal), os casais desprezam as suas grandes possibilidades de se vivenciar na fronteira do total, do exclusivo, do definitivo, para se perder nas desilusões do banal e do medíocre, apesar do tão falado prazer, a cada dia mais exigente nos seus requintes. E, então, o que fazer com o sentimento de "só para ti, com todas as minhas forças e para sempre", tão latente nos desejos de entrega do coração humano, principalmente na afetividade feminina? Correm o risco de jamais descobrir a magia que envolve o prazer em uma relação verdadeiramente amorosa, sustentada pela consciência do bem-querer-se.
Se é verdade que a sexualidade feminina e a masculina buscam completar-se, é preciso ter presente o valor da pessoa na sua integridade. A sexualidade é apenas uma propriedade do ser, embora informe e caracterize substancialmente o modo masculino e feminino de ser. Em outras palavras, homem e mulher imprimem a sua sexualidade a tudo o que fazem, e o amor propriamente dito dirige-se à pessoa integral. Assim como é uma pessoa na sua totalidade quem se entrega ao amor. No dizer de Viktor Frankl: "o amor é aquela relação entre dois seres humanos, que os põe em condições de descobrir o outro em todo o seu caráter de algo único e irrepetível." Ou, no dizer poético de Mário Quintana: "Amar é mudar a alma de casa."
Namora-se para conhecer e dar-se a conhecer, para ter um tempo de reflexão, alimentar as expectativas mútuas... E crescer em ternura... Não resisto a copiar umas palavras: "A ternura é muito necessária no matrimônio, nessa vida comum, em que não só o "corpo" necessita do "corpo", mas sobretudo o ser humano necessita do outro ser humano. A ternura estreitamente unida ao genuíno amor da pessoa, desinteressado, será capaz de conduzir o amor através dos diversos perigos do egoísmo dos sentidos e da atitude de prazer. A ternura é a arte de sentir o homem todo, toda a sua pessoa, todas as vibrações da sua alma, até as mais profundas, pensando sempre no seu verdadeiro bem [...]. Tanto na mulher como no homem, a ternura cria a convicção de que não estão sozinhos e de que a própria vida é compartilhada pelo outro. Tal convicção ajuda enormemente e reforça a consciência da união." (Karol Wojtyla - que viria a ser João Paulo II - Amor e responsabilidade).
Eis que o "eu " capta um "tu". Criam-se vínculos. Constrói-se o "nós". O amor, alicerçado na ternura, supera os obstáculos... O utilitarismo apenas troca por outro o objeto que já não lhe serve. Porque nada sobra do caráter unitivo do ato conjugal nas vivências amorosas efêmeras... 
"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas." Este pensamento de Saint-Exupèry em seu O Pequeno Príncipe fez as doçuras de muitas gerações. Indicava aos apaixonados um ideal elevado e os jovens entusiasmavam-se com a magnitude de um amor tão exigente. Não há de ser menor, hoje, a aspiração daqueles que, jovens ou menos jovens, procuram cativar-se para desfrutar das alegrias de doar-se numa sólida e fecunda união.

terça-feira, 19 de junho de 2012

O que é namorar ?



O namoro é uma forma de convivência, onde duas pessoas que se gostam passam bastante tempo juntas. Não existe idade certa para começar a namorar, porque as pessoas são diferentes umas das outras e cada uma sente o momento certo para iniciar esta experiência. As razões para namorar podem ser diversas: amor, atração física, companheirismo, curiosidade, afinidades diversas, etc... Mas o fato é que, uma vez iniciado o namoro, surge uma boa oportunidade para conhecer melhor o outro, para fazer a descoberta do verdadeiro outro. Durante o tempo de namoro, o amor se desenvolve e se aperfeiçoa.
          Todos nós temos “duas facetas” de nosso ser. Uma é nosso o jeito que nos vestimos, o como parecemos.  A nossa  outra "faceta”, é o como somos, “de verdade”, o nosso “por  dentro" (nosso interior), que poucas pessoas conhecem ou enxergam e que não muda quando trocamos de roupa.
           É exatamente durante o namoro ou em uma amizade profunda e real que temos a oportunidade de conhecer o outro e de nos dar a conhecer “por dentro”. Como vocês podem lembrar, isto é justamente o assunto n°1 dastarefas da adolescência: “Desenvolver relacionamentos mais significativos com pessoas de ambos os sexos”. Portanto, faz parte do nosso desenvolvimento ter grandes amizades e namorar.
           Vocês podem se dar conta que para se conhecer o outro “por dentro”, é necessário tempo e esforço, não havendo possibilidade de enganos, pois o relacionamento entre duas pessoas que se querem bem não pode se basear em dados falsos, sob pena de se tornar um relacionamento mentiroso, que não dura muito tempo, pois “a mentira tem pernas curtas”. Tempo para conhecer o outro com profundidade (pode vir a se tornar o pai/mãe de meus filhos!!) e esforço de se dar a conhecer (às vezes não gostamos do modo como somos!!) , sem querer parecer melhor ou pior do que se é.
Impossível conseguir isto em uma noite!!
                 É preciso aproveitar bem o tempo que os namorados passam juntos, saindo, descobrindo coisas, praticando esportes, indo a teatros, cinemas, festivais, concertos de rock, viajando, conhecendo lugares e pessoas diferentes, enfim, criando oportunidades para observar o outro e para se deixar conhecer “por dentro”. Claro que durante o namoro, há também os tempos de maior intimidade, de demonstração de carinho, com beijos, abraços e carícias. Mesmo que muitos namorados achem “normal” ter relações sexuais durante o namoro, vamos conversar um pouco sobre isso. Como já falamos anteriormente, o ser humano, por ser dotado de razão, sabe escolher, decidir o que é importante para ele. Não age somente por instintos, como os animais que não têm liberdade.
                Fazemos muitas escolhas na nossa vida: nossa escola, nossos amigos, nossa profissão...nosso companheiro! Essa última é, talvez a mais importante escolha que fazemos. Por esse motivo, deve ser uma escolha muito bem pensada, amadurecida, pois dela vai depender a nossa felicidade futura.
O sexo é o cume do relacionamento entre duas pessoas que se amam. Para que este relacionamento intenso seja digno de duas pessoas racionais e livres é necessário que elas estejam totalmente comprometidas uma com a outra, compromisso que para ser verdadeiro tem que ser definitivo, pois não se pode falar em amor total durante certo tempo, sob pena de não ser total. Não se pode imaginar um amor verdadeiro sem compromisso.
"Quem faz do amor um passatempo,Descobre que com o tempo, passa o amor!"
                 Duas pessoas livres e racionais somente deveriam chegar ao cume de seu relacionamento quando, ao terem a certeza de que   "este é o único, a única" - assumissem um compromisso para sempre. Aliás, existem cada vez mais jovens que, conscientes dessas verdades esperam até o casamento para terem relações sexuais, respeitando-se mutuamente, como pessoas capazes de ter seus instintos sob o dominio da razão.
                 Todos sabemos que hoje em dia os adolescentes amadurecem mais cedo -do ponto de vista biológico- do que antes. Por exemplo, os jovens de hoje são mais altos do que os seus pais e estes mais do que os avós. As meninas tornam-se “mocinhas” (têm a primeira menstruação) mais cedo. vocês sabiam que no fim do século passado (imaginem, 100 anos atrás!) as meninas na Noruega se tornavam “mocinhas” em média aos 17 anos de idade? Não se sabe com que idade as mocinhas no Brasil tiveram a sua primeira menstruação naquela época, pois não há registros disponíveis, mas hoje em dia sabe-se que a média é de 12 anos a 12 anos e meio! É lógico que a “cabeça” das mocinhas norueguesas no século passado, aos 17 anos, provavelmente também era mais madura para tomar decisões importantes na sua vida, do que a cabeça das mocinhas brasileiras aos 12 anos. E decisão importante é aquela referente ao dia em que se deve iniciar uma vida sexual ativa. “Transar” é uma decisão que comporta maturidade e responsabilidade, pois todos e todas sabem que de um relacionamento sexual pode advir crianças, que necessitarão de pai e mãe para cuidá-las.

Daqui

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Formação online: Desafios Actuais à Trilogia Educativa: Pais - Filhos - Escola



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Formação online: Educação para a sexualidade em contexto escolar



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Aborto - Gratuito? Subsidiado?


1. Em 2007 foi a referendo a despenalização do aborto a pedido da mulher, praticado nas dez primeiras semanas de gestação e desde que realizado em estabelecimento de saúde autorizado. Perante a escolha feita, foram aprovados duas leis (Lei 16/2007 de 17/04 e a Portaria 741-A/2007 de 21/06) que estabeleceram um conjunto de procedimentos a observar na realização de aborto.

2. Através destes dois diplomas estabeleceu-se um quadro legal em que o Estado se compromete a oferecer, através do SNS, o aborto universalmente gratuito. Esta opção política não resulta do referendo, mas é apenas, e tão-só, a vontade que a anterior governação quis impor no País.

Não tinha de ser assim, vemo-lo em muitos países onde o aborto também está despenalizado.

3. Na actual lei, ricas ou pobres têm direito a fazer aborto pago com o dinheiro cobrado aos contribuintes. O Estado chamou a si a responsabilidade e custos na prática do aborto, a que não estava obrigado por virtude do referendo. Uma coisa é despenalizar o aborto, outra é disponibilizar, pagar e subsidiar o aborto.

4. Porque financia o Estado a prática do aborto? Qual a razão de bem comum que leva o Estado a oferecer gratuitamente o aborto a uma mulher que tem rendimento mensal superior, por exemplo, a 3500,00€? O SNS prevê que todos os actos médicos sejam universalmente financiados pelo Estado? Os tratamentos de estomatologia são acessíveis a todos dentro do SNS? Porquê?

Uma criança que precisa de tratamentos dentários tem de recorrer a um médico a quem paga a consulta. A mãe que tem um filho com cárie dentária não tem ajuda monetária a esta necessidade, mas se fizer um aborto o Estado suporta o custo integral.

5. O Estado deixou de ter uma função protectora de vida e passou a ter uma função financiadora da eliminação de vidas humanas. Ao custear totalmente o aborto, o Estado quis comprometer-se com esta prática. Mas esse Estado sem critérios de bem comum deu os frutos que todos vemos... Há uma terceira posição - não penaliza, mas também não financia (está mais conforme à resposta do referendo).

6. Hoje estamos a construir um Estado de rigor e humanista, uma nova sociedade. Por isso devemos perguntar - Quer o Estado financiar a eliminação de vidas humanas? Porque o financia? Qual o suporte do bem comum que se promove?

7. Muitos são os que defendem a aplicação de taxas moderadoras, mas compreendendo-se a motivação, ainda assim continua a ser o Estado a assegurar/custear o aborto, apenas se cobra uma "módica" taxa.

Quantas famílias não desejariam ter acesso a consultas e tratamentos de estomatologia para os seus filhos mediante pagamento de taxa moderadora!...

8. O aborto, em casos devidamente justificados, poderia ter o seu custo suportado pelo SNS, mas apenas quando não houvesse capacidade económica da mulher para o custear.

9. Por que razão uma mulher que faz aborto tem direito a um subsídio correspondente a um mês de trabalho pago a 100% e a 30 dias de licença? Porque hão-de os nossos impostos pagar este subsídio?

10. Uma mulher que vem das ilhas fazer aborto em Lisboa tem direito a que o Estado pague avião, hotel, carro com motorista para si e para um acompanhante, mesmo que seja pessoa de posses económicas. Porque hão-de os nossos impostos pagar estas despesas?

11. Não é só uma questão de taxas moderadoras. O que está em jogo é o respeito pelo resultado do referendo; o respeito pelo dinheiro dos contribuintes e o respeito pelo papel do Estado e da lei. É a legitimidade do sistema que está em causa.

Público 2012-06-08,  Isilda Pegado
(sublinhados nossos)

Tribunal defende ria de Alvor em sentença histórica




Após anos de denúncias, autos de notícias e contraordenações pela destruição de espécies e habitats com os mais altos graus de protecção ambiental, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé condenou o empresário Aprígio Santos, proprietário da Quinta da Rocha, nas margens da Ria de Alvor, à reposição completa dos habitas destruídos.
Esta é uma decisão histórica que, para Tiago Branco, da Associação A Rocha, "vem contrariar a política do facto consumado" que normalmente impera em casos semelhantes. Este processo, liderado pela associação algarvia, teve como autoras outras cinco organizações não governamentais: Almargem, Geota, LPN, Quercus e SPEA.

Fonte: Diário de Notícias e SIC

domingo, 17 de junho de 2012

sábado, 16 de junho de 2012

Tu és mais forte

Amanhã, no Conservatório de Música Regional do Algarve, em Faro, a minha filha de 5 anos, irá dançar um número de Hip Hop, ao som desta música muito positiva e optimista.
"Tu és mais forte", dos Boss AC
Excelente e oportuna escolha do professor que preparou a coreografia e escolheu o tema !

 

Natalidade: Caminhamos para o suicídio colectivo

Se não forem tomadas medidas urgentes, Portugal pode ficar com metade da população já em 2100. O país pode perder entre 4 a 7 milhões de habitantes, se não se inverter a queda da natalidade e a mortalidade aumentar. Estamos perante um lento suicídio de um país. A previsão está inscrita num relatório das Nações Unidas mas o aviso chega pela voz de Alban d'Entremont, especialista em demografia, que se encontra em Portugal para participar na conferência O futuro decide-se hoje, que decorre amanhã, na Fundação Calouste Gulbenkian.


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Conferência Demografia e Economia - O Futuro decide-se hoje!


Teve lugar no passado dia 31 de Maio a Conferência “Economia e Demografia – o Futuro Decide-se Hoje”. As várias intervenções coincidiram no diagnóstico de que se trata de um problema grave com causas e consequências vastas e, na afirmação de que, o que importa, antes do mais, é reconhecer, que o problema existe.
Alban D’Entremont, canadiano, Professor de Geografia da População e especialista convidado em vários foros internacionais, chamou a atenção para o facto de a falta de renovação de gerações em Portugal estar a acontecer já à 30 anos, o que assinalou corresponder em termos demográficos a uma geração inteira: “há uma geração inteira que não se renovou”. Dizendo-se surpreso pelo contexto que encontrou em Portugal ao estudar o caso para preparação da Conferência, afirmou que Portugal possui um dos ambientes mais agrestes que conhece á formação de famílias com filhos: “ainda é pior do que a Espanha, realidade que conheço bem”. O professor afirmou que no seu entender existem três tipos de soluções testadas nos outros países: aposta na melhoria da produtividade e aumento de impostos para manutenção do estado social (solução com pouco sucesso pois não foi possível elevar a produtividade como era necessário e o peso da carga fiscal sobre a população ativa é insuportável); aposta na imigração (dificuldades verificadas por um lado na integração mas também na permanência - foram feitos investimentos em formação nalguns países numa população que acabou por regressar aos países de origem) e politicas de família (dado o exemplo do Governo Socialista Francês de François Miterrand que conseguiu inverter os números com uma série de políticas de apoio á família ao nível fiscal, de licenças de maternidade muito alargadas, politica de habitação, abono de família universal,… - os países da Europa que adotaram medidas similares embora com velocidades e alcance diferentes inverteram as suas curvas de natalidade).
Sobretudo focada nas questões da saúde e na importância da manutenção de um sistema de saúde assente essencialmente num sistema de seguro público ou privado que assegure que a condição de estar doente não impossibilite as pessoas de receberem oportunamente o tratamento adequado, Isabel Vaz, especialista no Sector Saúde, chamou a atenção para os crescentes encargos com a saúde que absorvem uma parcela cada vez maior do PIB per capita em todos os países. Este aumento contínuo que se verifica desde sempre está muito ligado às questões da chamada tecnologia, ou seja, da melhoria dos diagnósticos e tratamentos. Assinalou ainda que países com maiores rendimentos gastam mais em cuidados médicos. Este é um aspeto positivo pois “o sistema de saúde produz tempo e qualidade de vida, que é algo que as pessoas valorizam muito”. Chamou contudo a atenção para o facto de ser possível acontecer o que apelidou de uma revolta dos jovens: “a população mais jovem poderá recusar-se a financiar a saúde dos mais velhos, sobretudo se não acreditar na sustentabilidade do modelo social atual (ou seja, que venham a ter acesso ao mesmo direito quando eles próprios forem velhos) implicando enorme tensão social”. A oradora manifestou ainda alguma preocupação pelo que apelidou da concorrência pelos fundos públicos disponíveis em especial para as pensões, o que assume uma particular relevância pelo facto de uma menor população ativa representar uma quebra na capacidade de geração de riqueza para financiar este aumento contínuo. A gestora conclui a intervenção defendendo a necessidade de maior apoio às famílias, à natalidade e à justiça e solidariedade intergeracionais.
Com uma análise exaustiva daquele que é o perfil do atual consumidor e a evolução e diferenças ocorridas no curto prazo, Paulo Caldeira da Kantarworldpanel, assinalou entre outros os três aspetos mais significativos do último trimestre: evolução do consumidor para a procura novas soluções de forma a reduzir custos; a aposta em produtos de marca muito embora o “gap” de preço destes em relação à marca esteja a diminuir e o “Back to Basics” – Foco no básico, aumento da procura dos bens essenciais (arroz, massa, peixe, carne, vegetais e frutas) para a confeção total das refeições, reduzindo a procura de refeições pré-feitas e de refeições fora de casa. Paulo Caldeira referiu-se ainda ao desinvestimento que as cadeias e empresas internacionais estão a fazer no país, relacionado com a nossa queda na dimensão do nosso mercado face aos países ascendentes que possuem grande dinâmica demográfica: “fecham-se cá escritórios e delegações para abrir na Asia ou no Brasil”. O orador terminou assinalando que o padrão de consumo está a regredir e a voltar ao passado, com mudança de hábitos, não havendo crescimento do consumo o que, no curto prazo, está relacionado com o contexto e com os índices de confiança, mas que no longo prazo estará associado ao envelhecimento da população e ao seu menor poder de compra.
Consulte as conclusões da Conferência aqui
Consulte o programa detalhado da Conferência  CLICANDO AQUI


Ver mais aqui.

1 de Maio a 18 de Junho




DIA 1de Maio de 2012 – Terça-feira


A Cáritas da Matriz de Portimão tem vindo a ser, cada vez mais procurada, por pessoas e casais desempregados, algumas grávidas e com filhos menores.

Em particular,  precisam-se alimentos para muitas famílias que, neste momento, estão a passar fome.

Para ajudar quem mais precisa, poderão deixara vossa oferta de génereos alimentares, tais como arroz e massas, latas de conserva, frutas, azeite, óleo ou outros nas novas instalações da Cáritas de Portimão que funciona, agora, nas antigas instalações da Caixa de Crédito Agrícola, na rua Diogo Gonçalves, em Portimão, onde entre as,  10 e as 13, as 15 e as 17, as 2ª, 4ª e 6ªfeira 18 poderão deixar o vosso donativo.

Contamos consigo!




DIA 2 de Maio de 2012 – Quarta-feira



Numa época em que tanto se fala de esforços e restrições, apoiar a Ajuda de Berço  associação de apoio a crianças e mães em dificuldade pode ser fácil.

Basta utilizar o seu seu IRS, sem quaisquer custos para si.

Ao colocar uma cruz no campo assinalado e preenchendo o número de contribuinte da associação “Ajuda de Berço” (504296442) o Estado compromete-se a atribuir à Ajuda de Berço 0,5% dos impostos tributados. Por isso, para dar esperança às crianças da Ajuda de Berço basta apenas uma cruz no seu IRS.

Aproveite a ajuda do Modelo 3 no preenchimento do seu IRS.

Tão simples que até já lhe podemos agradecer a sua ajuda.



Dia 3 de Maio de 2012 – Quinta-feira



Não há melhor elogio ao que é o amor verdadeiro do que aquele que Camões escreveu há 500 anos atrás.

A todos os casais que se vão comprometer no casamento. A todos os pais que deixam de dormir e se sacrificam pelos seus filhos. A todos os filhos que ajudam os seus pais velhinhos, vale a pena recordar que



Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se e contente;
É um cuidar que ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.



Dia 4 de Maio de 2012 – Sexta-feira



Educar é educar para ser livre e o tempo livre é, por definição, tempo de liberdade, tempo para a gratuidade, a beleza, o diálogo; para todas essas coisas que não são “necessárias” mas sem as quais não se pode viver.

Este potencial educativo pode malograr-se, em 2 situações.  se os pais se desinteressam pelo lazer dos filhos ou se apenas encaram os tempos livres como uma oportunidade de “prolongar” a sua formação académica sobrecarregando-os com atividades extra-curriculares.

Um horário apertado significa que o filho fará muitas coisas, mas talvez não aprenda a administrar o tempo.

Se se pretende que os filhos cresçam em virtudes, tem que se lhes permitir que experimentem a própria liberdade; se não se lhes dá a possibilidade de escolher as suas atividades favoritas, ou se são impedidos, na prática, de brincar ou estar com os amigos, corre-se o risco de que – quando cresçam – não saibam como usa a sua liberdade.



Dia 7 de de Maio 2012 – Segunda-feira



A Plataforma Algarve pela Vida, no âmbito do apoio a várias grávidas e mães do distrito do Algarve, lançou uma campanha de recolha de fraldas descartáveis para todas as etapas do crescimento.

Solicitamos a todos a generosidade na mobilização para esta causa social de apoio aos que nascem e às suas famílias que precisam, em alguns casos, de forma desesperada da vossa ajuda.

No Barlavento, a recolha destes bens está a ser feita, durante o horário normal de expediente (das 10:00 horas às 12:00 e das 14:00 às 17:00), na Cáritas da Matriz de Portimão, nas antigas instalações da Caixa de Crédito Agrícola, na rua Diogo Gonçalves, em Portimão (contacto 927094688).





Dia 8 de Maio de 2012 – Terça-feira



Os filhos, sobretudo quando são pequenos – e é o melhor momento para os formar neste aspeto – estão muito abertos ao que os pais lhes apresentam; e se isso os satisfaz, estão a lançar-se as bases para que descubram, por si próprios, o melhor modo de empregar os tempos de lazer.

Evidentemente, isto requer imaginação por parte dos pais e espírito de sacrifício. Por exemplo, convém moderar as atividades que consomem um tempo desproporcionado ou levem as crianças a isolar-se (como sucede quando passam horas em frente à televisão  ou na internet). É melhor privilegiar aquelas que permitem cultivar relações de amizade e que o atraem espontaneamente como é o caso do desporto, as excursões, os jogos com outras crianças, etc).

Mas de todas as ocupações que se podem desempenhar no tempo livre, há uma que as crianças – e não só elas –preferem sobre todas as outras: brincar.



Dia 9 de Maio de 2012 – Quarta-feira

A Cáritas da Matriz de Portimão tem vindo a ser, cada vez mais procurada, por pessoas e casais desempregados, algumas grávidas e com filhos menores.

Em particular,  precisam-se alimentos para muitas famílias que, neste momento, estão a passar fome.

Para ajudar quem mais precisa, poderão deixara vossa oferta de génereos alimentares, tais como arroz e massas, latas de conserva, frutas, azeite, óleo ou outros nas novas instalações da Cáritas de Portimão que funciona, agora, nas antigas instalações da Caixa de Crédito Agrícola, na rua Diogo Gonçalves, em Portimão, onde entre as,  10 e as 13, as 15 e as 17, as 2ª, 4ª e 6ª feira 18 poderão deixar o vosso donativo.

Contamos consigo!







Dia 10 de Maio de 2012 -  Quinta-feira



A brincar, as crianças aprendem a interpretar conhecimentos, a ensaiar as suas forças na competição, a integrar os diferentes aspetos da personalidade:, a experimentar regras que há que assumir livremente para brincar bem; fixam-se objetivos e exercitam-se na relativização das suas derrotas. Não pode haver brincadeira à margem da responsabilidade, de forma que a brincadeira contém um valor ético, ajuda-nos a ser sujeitos morais.

A brincar as crianças aprendem a conhecer-se e a conhecer os outros; sentem a alegria de estar e de se divertirem com outros; assimilam e imitam as atuações dos mais velhos.

Aprende-se a brincar, principalmente, na família. Viver é jogar, competir; mas viver é também cooperar, ajudar, conviver.

Brincar é uma das provas básicas para aprender a socializar.

Em resumo, o grande valor pedagógico de brincar reside em vincular os afetos à ação. Por isso, poucas coisas unem de um modo mais imediato os pais e os filhos entre si do que brincar juntos.






Os pais têm de ser amigos dos filhos, dedicando-lhes tempo ou participando na forma como os filhos gastam o seu tempo, tal como  proporcionar que convidem amigos para casa, ou assistir a manifestações desportivas em que participam

Em grego, educação (paideia) e jogo (paidiá) são termos do mesmo campo semântico. De facto, é aprendendo a jogar que se adquire, ao mesmo tempo, uma atitude muito útil para enfrentar a vida

À medida que o homem cresce, torna-se cada vez mais importante encarar a vida com um sentido lúdico.

Porque quem aprendeu a jogar sabe relativizar os resultados – êxitos ou fracassos – e descobrir o valor próprio do jogo; conhece a satisfação que dá experimentar novas soluções para ganhar; evita a mediocridade que procura o resultado, mas arruína a diversão.

Um filme como “A Vida é Bela” mostra-nos que que todas as obras humanas são efémeras e por isso não merecem ser tomadas demasiado a sério sob pena de vivermos torturados toda a vida..



Dia 14 de Maio de 2012- Segunda Feira



Queremos mobilizar Portugal para o valor da vida humana e sabemos como é necessário tomar consciência da herança que recebemos dos nossos pais e que queremos transmitir aos nossos filhos.

No próximo sábado, dia 19 de Maio, pelas 15 horas, terá lugar em Lisboa, a 3ª Caminhada pela Vida, com partida na Maternidade Alfredo da Costa e chegada à Praça dos Restauradores.

Este percurso estará dividido em várias etapas  a que correspondem várias cores que simbolizam as várias fases da vida humana, desde a concepção até à idade mais avançada.

Se estiver em Lisboa ou pode ir a Lisboa nesse dia, participe, em colaboração com a Plataforma Algarve pela Vida que se associou a esta iniciativa.

Envie-nos um e-mail para algarve.vida@gmail.com e venha connosco.

 Olhar o futuro com esperança é uma prioridade que necessita de um anúncio alegre e construtivo da cultura da vida.





DIA 15 de Maio de 2012 – Terça-feira


Queremos mobilizar Portugal para o valor da vida humana e sabemos como é necessário tomar consciência da herança que recebemos dos nossos pais e que queremos transmitir aos nossos filhos.

No próximo sábado, dia 19 de Maio, pelas 15 horas, terá lugar em Lisboa, a 3ª Caminhada pela Vida, com partida na Maternidade Alfredo da Costa e chegada à Praça dos Restauradores.

Este percurso estará dividido em várias etapas  a que correspondem várias cores que simbolizam as várias fases da vida humana, desde a concepção até à idade mais avançada.

Se estiver em Lisboa ou pode ir a Lisboa nesse dia, participe, em colaboração com a Plataforma Algarve pela Vida que se associou a esta iniciativa.

Envie-nos um e-mail para algarve.vida@gmail.com e venha connosco.




DIA 16 de Maio de 2012 – Quarta-feira



Neste preciso momento, há uma série de coisas que você está a perder

Algures por aí, você está a perder o melhor concerto de todos os tempos..
Algures numa prateleira está um livro que iria mudar a sua vida para sempre
Nestes preciso momento, você está a perder uma viagem espetacular, um emprego fantástico, um programa de televisão fabuloso e uma excelente oportunidade de investimento.
O mundo está cheio de inúmeras oportunidades.

É, de facto, um sítio maravilhoso para se viver.

Mas  o que é certo é que, por mais tempo que você viva, você nunca conseguirá experimentar e viver tudo o que o mundo tem para lhe oferecer.
E enquanto você anda demasiado ocupado à procura dessas coisas  e se preocupa e se angustia por tudo aquilo que já perdeu e pode ainda perder, esquece-se das pessoas que estão mesmo, mesmo, mesmo à sua frente e que pedem a sua atenção: Amigos, filhos, mulher, marido.

E essas são as coisas realmente importantes que você esta perder.





Dia 17 de Maio de 2012 – Quinta-feira



Queremos mobilizar Portugal para o valor da vida humana e sabemos como é necessário tomar consciência da herança que recebemos dos nossos pais e que queremos transmitir aos nossos filhos.

No próximo sábado, dia 19 de Maio, pelas 15 horas, terá lugar em Lisboa, a 3ª Caminhada pela Vida, com partida na Maternidade Alfredo da Costa e chegada à Praça dos Restauradores.

Este percurso estará dividido em várias etapas  a que correspondem várias cores que simbolizam as várias fases da vida humana, desde a concepção até à idade mais avançada.

Se estiver em Lisboa ou pode ir a Lisboa nesse dia, participe, em colaboração com a Plataforma Algarve pela Vida que se associou a esta iniciativa.

Envie-nos um e-mail para algarve.vida@gmail.com e venha connosco.

Dia 18 de Maio de 2012 – Sexta-feira



De um jovem que foi recentemente pai, pela primeira vez e logo de gémeos recebemos esta mensagem:

PARTILHO UMA FOTO COM OS MEUS FILHOS RECÉM-NASCIDOS QUE A MINHA MULHER TIROU QUANDO DORMÍAMOS

É A COISA MAIS GOSTOSA DO MUNDO SABER QUE TENHO DUAS PESSOAS QUE PRECISAM DE MIM E DA MINHA PROTECÇÃO E SÓ O SIMPLES FACTO DE DORMIREM AO MEU LADO E OUVIR O RESPIRAR DELES É TÃO CONFORTANTE.




Dia 21 de de Maio 2012 – Segunda-feira



Cinco anos após a entrada em vigor da lei que descriminalizou a interrupção voluntária da gravidez, o número de mulheres que recorrem ao hospital para abortar repetidas vezes tem vindo a aumentar.

A principal lacuna na lei da interrupção voluntária da gravidez é o facto de permitir que algumas mulheres recorram ao aborto reiteradamente.

Vários especialistas apontam, por isso, para a necessidade de impor uma taxa ao aborto recorrente que, por um lado, atenue o custo do aborto e, por outro, funcione como desincentivo à sua repetição.

O presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida Dr. Miguel Oliveira e Silva  classifica de "vergonhoso" e "indesculpável" o facto do Ministério da Saúde não ter imposto uma taxa moderadora para o aborto recorrente, o que, em tempos de crise, quando tantos sacrifícios nos são pedidos é absolutamente inacreditável.





Dia 22 de Maio de 2012 – Terça-feira

Atenção: se tem mais de 60 anos e for passear até à Holanda; se tiver aí um grave problema de saúde e for para ao hospital, pode ficar sujeito à eutanásia.
Com a liberalização desta prática, há médicos que a propõem a pacientes crónicos com diabetes, com esclerose múltipla, SIDA ou cancro que se matem.
Por este motivo, há já cidadãos holandeses que, em autodefesa, transportam consigo um cartão contra a eutanásia chamado “passaporte para a vida” ou “não-me-matem”.
Com os idosos, o risco ainda é mais flagrante, uma vez que, neste caso, a família pode ser uma ameaça contra o próprio familiar.

Um recente estudo da Universidade de Göttingen revela que, em sete mil casos de eutanásia praticada na Holanda, 41% foram a pedido dos familiares que, além de se verem livres do doente, habilitam-se à respectiva herança.
O resultado é que muitos idosos holandeses acabm por se refugiar  em lares na Alemanha.

Este texto é da autoria de Aura Miguel





Dia 23 de Maio de 2012 – Quarta-feira

A Cáritas da Matriz de Portimão tem vindo a ser, cada vez mais procurada, por pessoas e casais desempregados, algumas grávidas e com filhos menores.

Em particular,  precisam-se alimentos para muitas famílias que, neste momento, estão a passar fome.

Para ajudar quem mais precisa, poderão deixara vossa oferta de génereos alimentares, tais como arroz e massas, latas de conserva, frutas, azeite, óleo ou outros nas novas instalações da Cáritas de Portimão que funciona, agora, nas antigas instalações da Caixa de Crédito Agrícola, na rua Diogo Gonçalves, em Portimão, onde entre as,  10 e as 13, as 15 e as 17, as 2ª, 4ª e 6ª feira 18 poderão deixar o vosso donativo.

Contamos consigo!







Dia 24 de Maio de 2012 -  Quinta-feira



De acordo com os números do Instituto Nacional de Estatística, em 2010 as mortes por suicídio em Portugal ultrapassaram pela primeira vez, os óbitos provocados por acidentes rodoviários.

Considerando o crescimento da taxa de desemprego para cerca de 15%, as dificuldades económicas da população e o consequente acréscimo dos casos de depressão, existem sérios riscos de que ocorra no nosso país um forte aumento do número de suicídios.

Um estudo publicado em 2009 revelou que na União Europeia, a cada aumento de 1% do desemprego está associado  uma subida de 0,8% da taxa de suicídios.

Mas será que este aumento do número de suicídios poderá ser evitado?

Na Suécia e na Finlândia, por exemplo apesar do desemprego ter aumentado a taxa de suicídios diminuiu.

Este sucesso pode ser em grande parte explicado pelo facto de ambos os países terem um sistema de segurança social forte e terem implementado programas de estímulo à procura e criação de emprego, a par de possuírem bons cuidados de saúde mental.

Estar atento e prevenir é o melhor remédio contra o aumento da taxa de suicídio.




O aumento das doenças psiquiátricas associadas à crise económica é um problema que terá de ser monitorizado pelo governo, devendo ser tomadas algumas medidas que podem salvar vidas.

Por exemplo, os serviços de saúde devem acompanhar as situações mais dramáticas, como são os casos em que ambos os elementos do casal estão desempregados, ou quando existem filhos menores que podem sofrer graves carências com o empobrecimento dos pais.

De resto, umas das maiores humilhações que o ser humano pode sofrer é não conseguir garantir a alimentação dos seus próprios filhos.

O pior sinal que poderíamos dar actualmente ao mundo seria o de uma sociedade que se resigna perante o sofrimento dos mais fracos e que permanece impassível face à sua própria destruição.



Dia 28 de Maio de 2012- Segunda Feira

A Plataforma Algarve pela Vida, no âmbito do apoio a várias grávidas e mães do distrito do Algarve, lançou uma campanha de recolha de fraldas descartáveis para todas as etapas do crescimento.

Solicitamos a todos a generosidade na mobilização para esta causa social de apoio aos que nascem e às suas famílias que precisam, em alguns casos, de forma desesperada da vossa ajuda.

No Barlavento, a recolha destes bens está a ser feita, durante o horário normal de expediente (das 10:00 horas às 12:00 e das 14:00 às 17:00), na Cáritas da Matriz de Portimão, nas antigas instalações da Caixa de Crédito Agrícola, na rua Diogo Gonçalves, em Portimão (contacto 927094688).





Dia 29 de Maio de 2012 – Terça-Feira



Todos temos múltiplas inclinações pessoais, que o nosso comportamento depois promove ou contraria.

Não existe no acto sexual uma necessidade inevitável.

Cada um continua senhor das suas escolhas e nunca pode atribuir o seu estilo de vida a uma predeterminação genética ou à mera acção de um instinto mecânico.

A família é a célula base da sociedade, e convém, por isso que a lei a estatua, regulamentando os seus direitos básicos.

A razão do interesse jurídico na protecção da família reside na necessidade de protecção do estatuto da paternidade, nascimento e educação de futuros cidadãos, que apenas a família heterossexual estável estável realiza com qualidade.

Hoje em dia, parece que o prazer sexual adquiriu um estatuto absoluto e a regra suprema é a da chamada  "vida sexual e reprodutiva saudável e gratificante", o que, por outras palavras, significa gozar sem regras, ainda que isso implique aborto, crianças infelizes, divórcio, mais pobreza e doenças.



Dia 30 de Maio de 2012- Quarta-Feira



A formosura está a morrer.

As jovens de hoje não parecem aspirar à formosura.

Preferem ser picantes.

Quando as mulheres preferem ser picantes a ser formosas, é porque se vêem com determinados olhos; consequentemente, os homens também olham para elas doutra maneira.

É uma ironia que 40 anos de emancipação feminina tenham conseguido transformar as mulheres num bem de consumo, numa coisa que se usa e se deita fora.

Meninas, por favor, recuperem a formosura!!!





Dia 31 de Maio de 2012 –Quinta-Feira



A gratuidade do lúdico mostra uma dimensão existencial que não podemos negligenciar, abre uma clareira no utilitarismo habitual com que se pensa o tempo (time is money) e, em consequência, o homem.

É acerca da dificuldade de administrar, organizar e viver a liberdade própria que devemos refletir, quando olhamos para o tempo livre. Porque este tempo de descanso ou diversão, tempo libertado, poderá ser um indicador para compreender que tipo de humanidade queremos construir. Formar para o tempo livre é educar para a liberdade.

Dar os instrumentos para que cada um construa a sua própria casa, e não espere uma vida pré-fabricada.

Que cada um conheça as suas verdadeiras necessidades, emoções, desejos mais íntimos para poder escolher quer o seu tempo, quer a sua vida. Isso é verdadeira autonomia. E para isso é tantas vezes preciso «perder» muito tempo livre, em silência, a pensar no que queremos fazer do tempo que nos é concedido viver.



Dia 01 de Junho de 2012 – Sexta-Feira

A partir do próximo dia 1 de julho deste ano, as mulheres do Estado da Virgínia, nos Estados Unidos terão que passar a fazer uma ecografia se quiserem abortar.

Estarão isentas dessa apenas as mulheres que engravidaram na sequência por terem sido vítimas de violência sexual.

A Virgínia é o oitavo estado dos Estados Unidos a impor este procedimento antes de um aborto.

Por outro lado, o médico é obrigado a informar as mulheres sobre os riscos do aborto para a saúde e ainda sobre as hipóteses de entregar o bebê para adoção.

Segundo os seus responsáveis, a lei foi aprovada com o objetivo de "ajudar as mulheres a tomar uma decisão bem informada".

Em 32 estados norte-americanos, o aborto não é reembolsado por fundos públicos; em 46, os estabelecimentos de saúde podem se recusar a fazê-lo, e em 19 é obrigatório informar as mulheres sobre o risco "de cancro de mama, sofrimento do feto e depressão pós-aborto decorrentes da prática do aborto.







Dia 4 de Junho de 2012 – Segunda-feira

Em 2011, o número de nascimentos bateu um novo mínimo absoluto, inferior a 97.000, mais de 60.000 nascimentos abaixo do necessário para que haja renovação de gerações.

O número de óbitos foi superior a 103.000, pelo que Portugal continua, a uma velocidade cada vez mais elevada, a caminho do definhamento.

·Como é possível as crianças e jovens terem um cada vez menor peso, ou não ter peso nenhum, no cálculo dos escalões de rendimento, agravando as condições de vida das famílas com filhos, quanto maior o seu número?

·Será que não sabe que um país com cada vez menos crianças e jovens nunca conseguirá recuperar economicamente?

A Associação Portuguesa das Famílias Numerosas APFN não tem dúvidas nenhumas de que, a continuar-se esta crescente pressão sobretudo sobre as famílias com filhos, tanto maior quanto maior o seu número, novos mínimos absolutos continuarão a ser atingidos, levando Portugal a ultrapassar a Bósnia como o país com menor índice de fecundidade no mundo!






DIA 5 de Junho de 2012 – Terça-feira


Texto da autoria de Miguel Reis Cunha, da Plataforma Algarve pela Vida

O padre Arsénio faleceu.

Cerca de 4 meses depois da ida para o Céu do Padre Júlio Tropa, pároco de Estói e Sta Bárbara de Nexe, o Algarve perdeu mais um grande sacerdote que deixa obra feita.

Lembro-me do padre Arsénio quando há cerca de 30 anos chegou a Portimão com a incumbência de fundar uma segunda paróquia para a cidade de Portimão.

E ele como bom Jesuíta que era, fê-lo com autêntico espírito de missão.

Lembro-me a este propósito do início do filme “A Missão” em que um Jesuíta sobre uma enorme escarpa rochosa para ir ao encontro da evangelização das tribos da Amazónia.

O padre Arsénio chegou a Portimão com uma mão à frente e outra atrás.

Começou por chocar algumas pessoas ao aceitar misturar-se com os pescadores no caís a carregar caixas de peixe para poder suprir ao seu sustento.

Lembro-me das primeiras Missas, num armazém junto ao bairro dos pescadores. Lembro-me do fervor das suas homilias e da rapidez com que fugia no final da Missa para a porta da rua para poder cumprimentar, um a um, todas os presentes.





DIA 6 de Junho de 2012 – Quarta-feira



Texto da autoria de Miguel Reis Cunha, da Plataforma Algarve pela Vida

O Padre Arsénio faleceu

Lembro-me da forma como atraía os jovens e se misturava com eles, criando grupos activos e muito unidos.

Tinha, aliás, uma predilecção pelos jovens e movimentava-se no meio deles como se fosse mais um, rapidamente ganhava a sua confiança e amizade.

Ninguém o parava e, assim, foi criando obra atrás de obra. Cada vez mais e cada vez maiores.

A Igreja de N. Sra do Amparo, o Centro Paroquial, a rádio Costa D’Oiro.

Depois do referendo e da campanha quando muitos que fizeram campanha com o “Algarve pela Vida” pelo “não” parece que se esqueceram do tema da defesa da vida ele convidou-me 1º para uma entrevista e depois para um programa de rádio que, desde há quase 3 anos, está no ar, todos os dias da semana.

Quando lhe perguntei se tinha alguma coisa a dizer sobre o conteúdo da nossa rubrica dizia “deixo-vos um cheque em branco” e assim tem sido todos os dias na Rádio Costa D’Oiro.



Dia 7 de Junho de 2012 – Quinta-feira

Texto da autoria de Miguel Reis Cunha, da Plataforma Algarve pela Vida

O Padre Arsénio faleceu

Em Fevereiro de 2011, convidámos o Padre Arsénio para agradecer a rúbrica diária que nos ofereceu na rádio “Costa D’Oiro” e ele lá apareceu, com o seu colarinho, sinal da sua doença. Mostrou-nos as instalações do Centro Social , cheio de entusiasmo e ideias para o futuro, parecia uma criança “aqui faz-se isto, mas ainda se vai fazer aquilo”. A sua cabeça estava cheia de projectos e iniciativas para o futuro.

Nesse dia contou-nos que há uns tempos atrás num encontro de jovens, perguntou o que é que eles achavam ser mais importante e que um deles respondeu “defender a vida” e que ele tinha ficado impressionado com essa resposta e nós também.

Entre o padre Arsénio, falecido hoje e o padre Tropa, falecido em Janeiro passado há um denominador comum:

Estavam na vida e no meio da vida mas com os olhos no Céu para onde, com muita alegria certamente, terão ido e sido recebidos em grande festa.



Dia 8 de Junho de 2012 – Sexta-feira

Portugal é um dos países mais infeliz do mundo devido à "cultura de lamentação" dos portugueses, uma atitude que é possível mudar já que 40% da felicidade depende do comportamento das pessoas, defende o psicólogo Américo Baptista. Um estudo recente revelou que só os chineses e os húngaros estão mais infelizes do que os portugueses.

Foi a partir desta constatação que Américo Baptista decidiu escrever o livro "O poder das emoções positivas" para demonstrar que é possível alcançar a felicidade através de determinados procedimentos

"O que se passa é que, do ponto de vista mental, pensamos que, quando compreendemos algo, temos o problema resolvido, mas não é assim. Além de o compreendermos, temos de executar manobras de um modo repetido" para não voltar a acontecer.

E as manobras são simples: Ser generoso, apreciar as coisas da vida, sorrir, aprender, melhorar o relacionamento com os outros ou fazer exercício.



Dia 11 de Junho 2012 – Segunda-feira



Sabíamos que o português médio vê 25 horas de TV por semana.

Isto é, em sete dias, um dia e uma noite de olhos na TV.

Se esse português viver 70 anos, isso significa que esteve 10 (dez!) anos, dia e noite a ver Televisão

A Televisão mostra-lhe tudo: primaveras árabes, champôs, golos de trivela, tratados de paz, querida júlia e popotas.

A imaginação corre o mundo; o corpo fica sentado.

As estatísticas dizem agora que está também uma hora por dia online.

Enfim, o português médio quase é super-homem ou supermulher para aguentar tanto

Às vezes, também é importante parar, fazer silêncio, olhar à roda, à natureza e prestar um pouco mais de atenção ao mundo real.

Talvez assim nos surpreendamos por aí, no mundo real, encontrarmos a verdadeira  felicidade.



Dia 12 de Junho de 2012 – Terça-feira

A opção gay, isto é, o ser homossexual  é hoje uma moda que se traduz também numa forma de negação radical da sociedade e do seu futuro.

A opção pela homossexualidade rejeita a relação homem-mulher e o acto que, em consequência, assegura a reprodução da espécie.

Nas relações homossexuais há um niilismo assumido, uma ausência de utilidade, uma recusa do futuro. Impera a ideia de que tudo se consome numa geração – e que o amanhã não existe.

De resto, o uso de roupas pretas, a fuga da cor, a promiscuidade como um nada que procura tudo vão no mesmo sentido em direcção ao vazio.

De acordo com estudos fidedignos, a opção pela homossexualidade implica também uma menor esperança de vida para quem a pratica.

Enquanto isso a natalidade e o número de famílias heterossexuais vai definhando.

Ser heterossexual é hoje um desafio e é preciso que os jovens o aceitem como forma de inverter a actual crise demográfica mas, sobretudo, como meio por excelência de felicidade.



Dia 13 de Junho de 2012 – Quarta-feira

A Cáritas da Matriz de Portimão tem vindo a ser, cada vez mais procurada, por pessoas e casais desempregados, algumas grávidas e com filhos menores.

Em particular,  precisam-se alimentos para muitas famílias que, neste momento, estão a passar fome.

Para ajudar quem mais precisa, poderão deixara vossa oferta de génereos alimentares, tais como arroz e massas, latas de conserva, frutas, azeite, óleo ou outros nas novas instalações da Cáritas de Portimão que funciona, agora, nas antigas instalações da Caixa de Crédito Agrícola, na rua Diogo Gonçalves, em Portimão, onde entre as,  10 e as 13, as 15 e as 17, as 2ª, 4ª e 6ª feira 18 poderão deixar o vosso donativo.

Contamos consigo!





Dia 14 de Junho de 2012 -  Quinta-feira



 Desde que a lei entrou em vigor, em meados de 2007, a interrupção voluntária da gravidez custou aos cofres do Estado quase 45 milhões de euros, cerca de 700 euros por aborto pago pelos contribuintes.

Os números são revelados numa resposta do Ministério da Saúde e traduzem uma subida no número de abortos no serviço público a partir de 2009 apontando para a realização de quase 64 mil abortos desde a entrada em vigor da lei, em 2007.

Os gastos do Estado com o aborto têm sido um dos argumentos dos defensores do “não” à despenalização, mas um estudo da Federação Portuguesa pela Vida apontava, em Fevereiro, para gastos, directos e indirectos, na ordem dos 100 milhões de euros uma vez que além dos gastos com a realização do aborto, cada mulher que aborta têm ainda direito do Estado a um subsídio chamado de “maternidade” em iguais condições da mulher que tem um filho.

O CDS/PP irá agora apresentar com o argumento para limitar esta situação, argumentando que uma coisa é legalizar o aborto e outra promovê-lo e que esta última situação não é aceitável num país cuja Constituição consagra o direito à vida..






Peter Colosi é um dos maiores especialistas a nível mundial sobre a Teologia do Corpo e encontrou-se recentemente em Portugal para dar uma série de palestras.

Numa conferência na Universidade Católica dizia que a sociedade actual é muito dualista e isso levanta um obstáculo para muita gente compreender a importância do corpo: “O nosso corpo e o nosso espírito são um só. João Paulo II dizia que nós somos o nosso corpo, não porque era materialista, que não era, mas porque a alma está tão intimamente ligada ao corpo, tão presente” que é impossível separar uma coisa da outra.

“Hoje separamos as coisas. As pessoas pensam que os seus corpos estão separados de si mesmos, que podem fazer todo o género de actos sexuais, ou que podem fazer um aborto, e que isso não os vai afectar.

Para Peter Colosi o desafio está em levar as pessoas a compreender esta união profunda entre o espírito e o corpo é o primeiro passo que é difícil de explicar, porque vivemos numa sociedade dualista”



Dia 18 de Junho de 2012- Segunda Feira

A Plataforma Algarve pela Vida, no âmbito do apoio a várias grávidas e mães do distrito do Algarve, lançou uma campanha de recolha de fraldas descartáveis para todas as etapas do crescimento.

Solicitamos a todos a generosidade na mobilização para esta causa social de apoio aos que nascem e às suas famílias que precisam, em alguns casos, de forma desesperada da vossa ajuda.

No Barlavento, a recolha destes bens está a ser feita, durante o horário normal de expediente (das 10:00 horas às 12:00 e das 14:00 às 17:00), na Cáritas da Matriz de Portimão, nas antigas instalações da Caixa de Crédito Agrícola, na rua Diogo Gonçalves, em Portimão (contacto 927094688).





Olhar o futuro com esperança é uma prioridade que necessita de um anúncio alegre e construtivo da cultura da vida.