quinta-feira, 30 de junho de 2011

Salvar o casamento




Como advogado infelizmente sou muitas vezes confrontado com situações de clientes que se pretendem divorciar.
Nessas alturas procuro diagnosticar a origem desse desejo.
Verifico que muitas pessoas ao casar não se apercebem verdadeiramente do sentido profundo do compromisso que fizeram quando declararam que iriam amar e ser fiéis, nas alegrias e nas tristezas, na riqueza e na pobreza, na doença e na saúde.

Quando surgem problemas resultantes da dinâmica da vida, não procuram dialogar, fazer um rewind e ver onde é que as coisas começaram a ficar mal e onde é que deverão ser corrigidas.
Não. Recorrem logo ao divórcio como se o divórcio fosse a poção mágica e secreta que resolvesse todos os seus males e a partir do qual a felicidade cairá do céu.

Penso que há vários aspectos a levar em consideração:

O 1º é que não se pode esperar que o encanto, a paixão e até mesmo a intensidade da atracção física e psicológica existente no início da relação aumente ou sequer perdure com o passar do tempo. Seria algo de anómalo se assim acontecesse porque a nossa maneira de ser tende para o comodismo, para a habituação e para um certo aburguesamento que arrefece qualquer entusiasmo inicial por mais ardente que seja.

2º Que, com o passar do tempo, a cumplicidade e a amizade assumem contornos mais sólidos, mais profundos e salientes. Há uma consolidação do casal como uma equipa que actua em uníssono a favor de um objectivo que é comum: a sustentação da família, a educação e a felicidade dos filhos, a transmissão de valores. Estes, sim, são alicerces sólidos, mais sólidos do que o mero sentimento ou sensação de paixão arrebatadora que dura uns tempos para depois se esvair.

3º Que todos temos defeitos e que, qualquer casamento, para poder sobreviver necessidade e implica necessariamente um esforço sincero por lutar contra os defeitos de cada um, ainda que estes perdurem até à nossa morte. O outro tem que ver, com actos concretos, que no seu parceiro há, ao menos uma tentativa, de evitar aquilo que é objectivamente mau e que inquina a relação e desagrada ao outro.

4º Que, com o stress dos filhos e do trabalho do dia-a-dia, cada vez, passará a haver menos tempo para que o casal usufrua de si próprio, um do outro. Por isso, os espaços de tempo que antes existiam devem ser substituídos pela intensidade do tempo, nos pormenores de atenção para com o outro, na paciência, na contenção verbal, quando é preciso, na oportunidade de uma palavra, no querer aliviar a carga do outro, se possível.

Não é por alguém que vai à guerra e fica com feridas que resultam em cicatrizes que se deve lançar o seu corpo à morte. O corpo fica simplesmente a viver com essas cicatrizes, sem deixar de ser um corpo, humano e com vida.
Assim também qualquer casamento terá certamente memórias menos positivas, episódios mais traumatizantes, mas que, no seu todo, são próprios do agir humano e não podem, nem devem afectar o desígnio maior que é o desígnio do fazer família, do criar um espaço de troca de valores, onde, por vezes, a intensidade das relações tem de ser mais forte do que o tempo que se devia estar e não se consegue.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Programa do XIX governo sobre Família e Natalidade

- Promover um amplo debate nacional sobre a questão vital do aumento da taxa de natalidade na sociedade portuguesa. Impõe-se um reforço das medidas que anulem progressivamente algumas das causas que explicam esta tendência, designadamente a necessidade de encontrar novos caminhos para a conciliação da vida familiar e profissional das famílias, especialmente das mães, e uma nova protecção fiscal do agregado familiar, e o desenvolvimento de novos tipos de apoio com envolvimento das organizações da sociedade civil. Serão analisadas as melhores medidas de apoio à natalidade que existem na Europa, em particular as de natureza fiscal, que estimulem os casais a ter mais do que dois filhos, majorando as deduções fiscais e outros incentivos aplicáveis.

- Ponderar as medidas sugeridas recentemente pela OCDE para inverter a tendência de queda da taxa de natalidade e diminuir a pobreza infantil, de que destacamos as seguintes:

- Recentrar o apoio à família nos primeiros anos da criança.

- Estimular o investimento numa rede de creches próximas dos locais de trabalho dos pais, em articulação com as Misericórdias, IPSS, autarquias e empresas, uma vez que persistem desigualdades no acesso às creches subsidiadas, em prejuízo das famílias com menos rendimentos. A aposta do Estado incidirá, também, no apoio à melhor adaptação dos horários destes equipamentos à vida profissional da família das crianças.

- Desenvolver uma política fiscal para as famílias mais numerosas de criação de benefícios económicos à fixação e ampliação de famílias em zonas com baixas densidades populacionais, entre outras iniciativas.

- Em relação à evolução populacional do País, devemos destacar o papel positivo que os imigrantes têm no combate à diminuição da taxa de natalidade. As actuais políticas de apoio à integração podem ser melhoradas neste domínio e o Governo compromete-se com esse objectivo
.

Fonte: Aqui

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Faça "gosto" na página do Facebook da Ultramax a ajude a "Ajuda de Mãe"


O Ultramax está a fazer uma campanha a reverter para a Ajuda de Mãe: oferecem-nos 10 cêntimos por "Like"na sua página do Facebook;quando chegarem aos 10.000 LIKES vão oferecer 8 berços para a nossa nova creche Escola do Arco. Ajude-nos!

Faça LIKE na página do Ultramax (http://www.facebook.com/#!/UltraMaxPortugal ), divulgue junto dos seus amigos e juntos vamos criar um futuro melhor para quem mais precisa!

A fraternidade segundo o Prof. José Mattoso

Se tivessemos que enunciar o nome de algum sábio português, daqueles sábios de que fala Tolkien no seu "Senhor dos Anéis", um Gandalf português, entre vários nome, teria que constar forçosamente o nome do Prof. José Mattoso.

Depois de 20 anos de experiência, no recolhimento de um mosteiro, especializou-se em História Medieval e é, por isso, dos homens que, por melhor conhecer a história do passado, melhor sabe do que fala, no presente.

Neste colóquio subordinado ao tema da "Fraternidade" chamava à atenção da parte final da sua exposição, a partir do minuto 15.40, onde cita Hetty Hillesum, uma das autores preferidas de outro sábio, este já falecido, João Benard da Costa.

Destaque-se a intensidade das palavras de Hetty e a forma emocionada como o prof. José Mattoso as expressa, demonstrando a sua sensibilidade própria (a sensibilidade que só um sábio que é receptivo à estética mas sobretudo ao conteúdo das palavras sabe ter).

Essas palavras finais de HEtty exaltam a necessidade da prática de uma fraternidade que há-de ser radical e que se caracteriza por uma permanente insuficiência.
Assim se resume, pois, a prática da fraternidade:
- Por um lado, a sua urgência.
- Por outro lado, a necessidade da sua prática por motivo da sua insuficiência como forma de compensação perante um mundo que se excede em ódio e violência.




José Mattoso: Sabedoria e Fraternidade from Pastoral da Cultura on Vimeo.

sábado, 25 de junho de 2011

Textos da Rádio Costa D'Oiro da 2ª quinzena de Junho



Dia 14/06 –
A propósito dos elevados níveis de abstenção das últimas eleições e perante a fraca (para não dizer ausente) falta de adesão dos cidadãos às várias iniciativas de voluntariado que lhes são propostas por associações e iniciativas cívicas, aqui ficam duas citações que nos fazem pensar:
Diz o cantor Bom Marley
"É melhor atirar-se em luta em busca de dias melhores, do que permanecer estático como os pobres de espírito, que não lutam, mas também não vencem; não conhecem a dor da derrota, mas também não têm a glória de ressurgir dos escombros. Esses pobres de espírito ao final de sua jornada na terra não agradecem a Deus por terem vivido, mas se desculpam a Ele por simplismente terem passado pela vida."
E o próprio Jesus Cristo diz
"A quem hei-de comparar esta geração ?É semelhante às crianças que estão sentadas na praça e que gritam aos seus companheiros dizendo: Tocámos flauta e não bailastes; entoámos lamentações e não chorastes”

Dia 15/06 –
Mais de 19,6 milhões de euros já foram gastos pelo Estado português a pagar abortos, usados como anti-conceptivos desde a sua despenalização...
- mais de 15.000 crianças abandonadas, ou retiradas a famílias problemáticas, estão neste momento institucionalizadas, mas gostariam de ter uma família e não têm, nem vão ter, na sua maioria...
- mais de 65% de casais divorciam-se anualmente, nestes últimos anos de que há notícia, deixando atrás de si, um rasto de sofrimento e traumas entre os filhos...
Cada um de nós pode fazer alguma coisa no seu pequeno metro quadrado de acção!
Preparemo-nos para resistir às dificuldades em casal. Não nos separemos aos primeiros desacordos e dificuldades. Aprendamos a comunicar. Sejamos solidários.
Famílias mais felizes transformarão uma sociedade cinzenta e triste numa sociedade mais alegre e mais saudável!
Apostar na Família é construir o Futuro!

Dia 16/ 06 –-
No México, uma associação denominada “Sexo Seguro”, composta por médicos especialistas em sexualidade e bioética lançaram um site precisamente chamado www.sexoseguro.mx no qual procuram promover a divulgação de informação científica relacionada com o início da vida sexual na adolescência e na juventude, contracepção, aborto e outros temas relacionados com a sexualidade.
No seu site www.sexoseguro.mx , apesar de escrito em castelhano, poderão encontrar várias e úteis funcionalidades tais como “como é que os pais poderão abordar a temática da sexualidade com os seus filhos adolescentes”, entre outras.
Trata-se de um site com excelentes e vários recursos para educadores, pais e professores www.sexoseguro.mx

Dia 17/6
A atracção pela morte é um dos sinais da decadência. Portugal deveria estar, neste momento., a discutir o quê?
Seguramente, o modo de combater o envelhecimento da população.
Um país velho é um país mais doente.
Um país mais pessimista.
Um país menos alegre.
Um país menos produtivo.
Um país menos viável – porque aquilo que paga as pensões dos idosos são os impostos dos que trabalham.
Era esta, portanto, uma das questões que Portugal deveria estar a debater.
E a tentar resolver.
Como?
Obviamente, promovendo os nascimentos.
Facilitando a vida às mães solteiras e às mães separadas.
Incentivando as empresas a apoiar as empregadas com filhos, concedendo facilidades e criando infantários.
Estabelecendo condições especiais para as famílias numerosas.
Difundindo a ideia de que o país precisa de crianças – e que as crianças são uma fonte de alegria, energia e optimismo.

Dia 20/06
Dêem-se as voltas que se derem, toda a gente concorda numa coisa: o aborto, mesmo praticado em clínicas de luxo, é uma coisa má.
Que deixa traumas para toda a vida.
E que, sendo assim, deve ser evitado a todo o custo.
A posição do Estado não pode ser, pois, a de desculpabilizar e facilitar o aborto – tem de ser a aposta.
Não pode ser a de transmitir a ideia de que um aborto é uma coisa sem importância, que se pode fazer quase sem pensar – tem de ser a oposta.
O estado não deve passar à sociedade a ideia de que se pode abortar à vontade, porque é mais fácil, mais cómodo e deixou de ser crime.
Levada pela ilusão de que a vulgarização do aborto é um futuro muita gente encara o tema com ligeireza e deixa-se ir na corrente.
Escolhamos uma cultura de vida e não uma cultura de morte.

Dia 22/06 –
A condição homossexual pode ser prevenida e mudada com uma atenção personalizada ou com um acompanhamento em grupo, mas não tem tratamento farmacológico, esclareceu o presidente da Federação Internacional de Associações de Médicos Católicos, Josep Maria Simon
O presidente da FIAMC explicou que muitos homossexuais têm adicções (por exemplo, o sexo) ou ansiedades e, neste caso, podem ser ajudados com medicamentos
Esta a afirmação contradiz o mito de que a atração homossexual é geneticamente determinada e que não pode mudar, e oferece esperanças para a prevenção e o tratamento para aqueles que assim o desejem.

Dia 23/06 –
A Walt Disney, em 2007, lançou um filme chamado “Uma história de encantar”.
Tudo começa no mundo das histórias de encantar dos desenhos animados onde uma linda rapariga encantada se cruza com um lindo princípe encantado e, depois de uma bela canção, decidem casar no dia imediatamente a seguir para depois, como habitual, viverem felizes para sempre, no seu castelo.
No entanto, a madrasta do princípe decidiu evitar que isto acontecesse e, por isso, atirou a princesa para um mundo onde nunca se é feliz para sempre.
E qual é esse mundo onde nunca se é feliz para sempre ? É precisamente o nosso mundo, o mundo da realidade.
No filme há um confronto entre as personagens das histórias de encantar e um advogado especialista em divórcios, também ele divorciado e com um relação actual hesitante.
No final o que conta é uma mistura de tudo, romantismo, tempo, dádiva e compreensão mútuas.

Dia 24/06 –-
O governo inglês quer estabelecer códigos de conduta nos meios de comunicação social e na publicidade para que se evite a sexualização precoce de crianças e adolescentes do país.
A ideia toma corpo através de um lista que propõe algumas medidas tais como a moderação na venda de roupas com cortes de adultos para pré-adolescentes, a retirada de anúncios com conteúdo sexual explícito das proximidades de escolas, museus e locais para crianças, a classificação de vídeos musicais por faixa etária, o fim da exibição de imagens sexualizadas e violentas na televisão antes das 21h, a criação de um site para que os pais possam reclamar, a venda de revistas com conteúdo sexual em locais de acesso público e ainda a criação de medidas mais eficazes de controle de acesso à internet.
Um exemplo a seguir por cá.

Dia 27/06
Somos seres para triunfar.
E ainda que experimentemos frequentemente o sabor amargo da derrota, o ser humano ambiciona ganhar. O triunfo é a meta das acções humanas.
Milionários afamados, modelos de beleza, há muitos, e parece ser que cada vez são mais, mas, são todos felizes?
Os seus olhares revelam muitas vezes frieza.
Se triunfaram, porque é que só sorriem quando os vêm, e na solidão guardam silêncio e evitam o seu próprio olhar?
Conquistaram triunfos vistosos: a fama, o poder, o dinheiro… Mas essas coisas, assim como são vistosas, também deixam vazia a vida, e a alma seca.
Isso é tudo na vida?
A felicidade é a recompensa esperada, e o caminho que a ela conduz é o mesmo para todos: aprender a amar e ser amados

Dia 28/06
Não busquemos três patas ao gato. Caminhos há muitos, mas só um nos faz felizes. O amor, fundamentalmente, exercita-se quando se luta para que seja o outro quem triunfa. Então… também ganho eu. No esquema oposto a qualquer dialéctica barata. Ganhamos ambos, se eu te ajudo a ganhar, inclusive mais e melhor que eu.
A nossa sociedade necessita recuperar a fé no amor. De tanto vendermos uniões passageiras, divórcio, a eliminação do que estorva, a sexualidade fechada à vida, o prazer como meta da existência, a violência como meio de imposição… os homens e mulheres do nosso tempo estão a deixar de acreditar que o amor existe, que a fidelidade é possível, que ganha mais quem mais ama.
Triunfa-se na vida quando se ama. Temos que acreditar no amor para não morrermos de tristeza. Todos temos asas de águia para voar muito alto, ainda que nos façam crer que somos galinhas de capoeira. O voo empreende-se quando se aposta no bem do outro.

Dia 29/06
Todo nós cometemos erros. E nem todos eles podem ser consertados, mesmo quando são entendidos e reconhecidos. Pedir desculpas quase sempre está ao nosso alcance, mas bastante gente erra na hora de colocar esta idéia, aparentemente tão simples, em prática.
Comunicar claramente o que se pensa e sente é um talento que precisa ser desenvolvido, mas algumas necessidades de comunicação do dia-a-dia das nossas vidas (profissionais, acadêmicas, familiares, afetivas, etc.) são tão comuns, que é possível se preparar para elas de maneira bastante específica.
Um bom pedido de desculpas tem muitos ingredientes, mas os mais essenciais entre eles são o genuíno reconhecimento de que se fez algo indevido e o sincero desejo de apresentar este reconhecimento à pessoa ofendida ou prejudicada pelo erro.

Dia 30/06
Não são necessários actos heróicos, mas sim tornar heróico o quotidiano, concretamente amando. Ceder um assento no autocarro a alguém mais cansado que eu, sorrir ao dar os bons dias cada manhã no escritório, escutar com atenção quem me conta os seus problemas, convidar para um café a quem tem frio, ou oferecer com agrado o próprio tempo aos seres queridos, para fazer… o que eles quiserem.
Amar não é complicado. Está ao alcance de todos.
Às vezes, só é necessário que um comece, para que os demais deixem de viver o esquema de “eu ganho se tu perdes”, e se decidam a escolher o “eu ganho só se tu ganhas”.
Pode ser que amar não seja rentável economicamente, que produza desgaste físico e emocional, que complique a vida e nos tire tempo, mas dá paz de consciência, faz-nos felizes, permite-nos viver num estado habitual de optimismo, desenha um sorriso sincero nos nossos lábios e ilumina o olhar com um brilho novo.

Dia 1/07
A actual legalização do aborto destrói um princípio fundamental da ética:
- a de que os fins não justificam os meios. Ainda que a finalidade visada fosse resolver um problema e fosse porventura aceitável, meios intrinsecamente maus, sobretudo os que implicam a destruição de vidas humanas, não podem ser utilizados.
Na verdade, a vida humana individual não pode ser considerada nunca um meio ou instrumento. É sempre um fim em si mesma.
Não se ignora, é certo, o problema social do aborto clandestino que é um verdadeiro drama.
Todavia, esse mal, que já foi reduzido em relação ao passado, deve-se combater através da protecção da natalidade e da família, do planeamento familiar, da educação sexual dos jovens ou do incentivo à adopção de crianças não desejadas.
Não se deve é tentar apagar um mal com um outro mal.

Dia 4/07
Temos de nos preocupar em incentivar a natalidade, para combater o envelhecimento da população. Ao contrário, estamos a promover o aborto, instrumento de destruição de uma nova vida.
O mal combate-se.
Não se legaliza e ainda para mais, por maioria de razão, quando o bem a defender é uma vida humana.
Também é difícil combater a corrupção, mas combatêmo-la. Não a legalizamos.
Também é difícil combater o tráfico de droga, mas combatêmo-lo. Não o legalizamos.
Promover o aborto é promover “um mecanismo de desresponsabilização social”.

Associação "A Rocha" em defesa da ria de Alvor

No passado dia 17 de Maio A Rocha foi reconhecida pela União Europeia como uma das 30 melhores organizações do Serviço Voluntário Europeu a nível Europeu, estando entre as dez melhores no voluntariado ambiental. Entre todas as organizações participantes neste programa A Rocha foi a única organização portuguesa a merecer esta distinção.



Ter tido um projeto selecionado entre mais de 50 mil projetos é, de facto, um feito notável (para mais informação sobre o projecto seleccionado clicar aqui). Como pontos fortes para a nossa escolha foram os trabalhos relevantes e com qualidade para a proteção do meio ambiente, o cuidado colocado na formação e acompanhamento dos voluntários nos seus trabalhos e a integração dos voluntários na “família” A Rocha a ponto de vários se terem transferido para Rochas de outros países (França, Quénia, Finlândia, Inglaterra), ou terem regressado para trabalhar com A Rocha em Portugal noutros projectos semelhantes (neste momento temos connosco o Gui, voluntário em 2008, e o Bert, voluntário em 2009), ou apenas para nos visitarem.

Os contributos para uma sociedade tolerante, aberta e inclusiva e com responsabilidade social e ambiental foram também vistos como muito importantes.


Para a cerimónia de entrega dos prémios fomos honrados com a presença do Presidente da Comissão Europeia, o Dr. Durão Barroso, e também a Comissária para a Educação, Cultura, Multilingualismo e Juventude, Dra. Androulla Vassiliou.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Brasil sem Aborto promove abaixo-assinado pela aprovação do Estatuto do Nascituro



Na tarde desta segunda-feira o Movimento Nacional da Cidadania pela Vida - Brasil sem Aborto lançou um abaixo-assinado para pedir aos Poderes Públicos a aprovação do Estatuto do Nascituro, que atualmente tramita na Câmara dos Deputados.

O projeto está sendo analisado na Comissão de Finanças e Tributação (CFT), presidida pelo deputado Jorge Puty (PT), que segundo o seu próprio blog, é a favor da “descriminalização” do aborto.


O site votocatolico recordou no último 14 de junho que o Estatuto do Nascituro (PL 478/07) se encontra na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados e que o relator auto-designado é o Deputado Cláudio Puty, do PT do Pará. Ele é presidente da referida comissão, que analisará o art. 13, §2º.


SIDA

- “A pessoa no centro da prevenção, atenção e tratamento da transmissão do HIV e AIDS

- Preservativo não é completamente seguro contra DST

Movimento Nacional da Cidadania pela Vida - Brasil



quarta-feira, 22 de junho de 2011

Barrigas de Amor- Edição 2011


Programa 2011


Três novos espaços inteiramente dedicados à família são uma das grandes novidades da quinta edição do Barrigas de Amor, que se realiza no dia 3 de Julho, das 10 às 20 horas, no Parque dos Poetas em Oeiras.


Em destaque, o Espaço Crescer em Família, que para além de diversas formações em temáticas relacionadas com o ambiente familiar, dará um enfoque especial ao papel dos irmãos mais velhos na educação da criança.

Outra novidade é o Espaço Info Família que irá oferecer um conjunto de palestras sobre temas tais como Infertilidade, as famílias reconstituídas ou a protecção na parentalidade. Já a zona Crescer Criança incluirá diversas palestras e workshops sobre temas tão diversos como a alimentação dos 0 aos 3 anos, a massagem para bebés ou o NeuroFeedback.

Durante todo o dia, os visitantes vão poder escolher entre mais de 200 actividades e palestras destinadas às grávidas, pais e avós, que vão realizar-se em vinte espaços diferentes e com uma forte aposta na componente informativa e didáctica.

As crianças são também uma das grandes apostas do Barrigas de Amor 2011. Os espaços Nickelodeon e Petit Chef vão proporcionar momentos de grande animação para os mais novos.

Com a duração de um dia, o Barrigas de Amor é uma iniciativa anual que gira em torno do tema da natalidade e da família, disponibilizando áreas de informação, exposição, animação, diversão e de espectáculos.

Como tema principal desta edição, os novos paradigmas das famílias portuguesas. Das famílias monoparentais às famílias numerosas, passando pela temática da adopção, o Barrigas de Amor 2011 terá uma forte componente informativa nestas áreas, através das perspectivas social, económica e cultural.

O défice da natalidade em Portugal, e o facto do nosso país ser o oitavo país mais envelhecido do mundo, levou a yprod – Central de Produção a conceber e a realizar um evento que colocasse o problema na agenda.


Esta festa para toda a família, que se realiza no primeiro fim-de-semana de Julho, teve início em 2007. Desde então, mais de 7300 grávidas e 35 mil visitantes participaram nas primeiras quatro edições.


A entrada no evento é gratuita, assim como todas as actividades que nele decorrem. Como habitual, a RTP1 fará a transmissão directa do acontecimento


Ver mais aqui

Carta ao Primeiro Ministro e Ministro da Educação sobre Educação Sexual nas escolas


Ex.mo Senhor Primeiro Ministro

Dr. Pedro Passos Coelho



Ex.mo Senhor Ministro da Educação, do Ensino Superior e da Ciência

Doutor Nuno Crato



O XIX GOVERNO CONSTITUCIONAL está a dar dois sinais fortes: Primeiro – a exemplaridade do estilo de governação é só por si um importante serviço ao país; Segundo – as crises económicas não são só crises económicas.



Só por isso, as expectativas dos Portugueses cresceram. E os desejos de ainda poder ter esperança renasceram.



A resiliência do povo nasce da densidade afectiva dos laços de família. A consistência desses laços nasce da translucidez e frequência das relações entre pais e filhos.



É por isso que lançamos este "alerta vermelho": a “educação sexual” nas escolas - Lei 60/2009 de 6 de Agosto / Portaria n.º 196-A/2010 de 9 de Abril – está a contaminar a qualidade das relações pais-filhos, mediante uma intromissão estatal ditatorial.



Importa devolver aos pais a liberdade de educar os filhos.



Factos:

· Pais não são informados – e muito menos ouvidos – sobre a forma como a escola quer leccionar a disciplina.



· Pais surpreendidos a posteriori porque os filhos participam em acções de “educação sexual”, sem consentimento.



· Pais atónitos porque levam os filhos para certa visita de estudo, que, a meio, se transforma em visita sobre “educação sexual”.



· Escolas sujeitas a tentativas de controlo de pequenos grupos para imporem ideologias minoritárias nesta matéria.



· Professores, a maioria, pressionados pela actual instabilidade laboral, que temem agir segundo as suas convicções.



· Alguns poucos professores, acomodados à "linha única", que usam o espaço de manobra que lhes resta para imporem as suas convicções.



· Direcções de escolas que esquecem ser sua principal missão colaborar com os pais na educação dos filhos, e nunca agir contra eles ou à sua revelia.





Desde o início, tudo isto era, infelizmente, previsível. Não tivemos, pois, especial mérito em tê-lo logo anunciado.



Apelamos a uma acção imediata.



O que apreciamos? Pluralismo. O que exigimos? Liberdade. Não seja o Estado a definir o comportamento sexual dos jovens. Sejam os pais a educar os filhos.



Subscrevemo-nos com toda a consideração.



Pela Plataforma de Resistência Nacional



Artur Mesquita Guimarães – V.N. Famalicão

João Maurício Maria Wemans – Sintra

Nelson Romão de Brito – Almancil

A sabedoria da fraternidade

Um sorriso pode ser mais importante do que a fundação de uma dinastia. Acredita no valor e na eficácia dos símbolos. Não pronuncia sentenças nem faz discursos. O seu espaço é o silêncio. (...)

A sabedoria mostra que cada gesto de solidariedade, cada ato de amor, de renúncia em favor de alguém é mais um passo que nos aproxima da fraternidade. A sabedoria faz-nos acreditar que estas pequenas ou grandes realizações são sinais de que a humanidade pode continuar a esperar a realização da fraternidade universal. (

Prof. José Mattoso

Homossexuais têm 20 vezes mais probabilidades de contrair HIV

Os homossexuais apresentam 20 vezes mais probabilidades de contrair o VIH, o que levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a elaborar pela primeira vez uma lista de directrizes para o tratamento e a prevenção deste vírus entre os homossexuais e os transexuais.
Em países como a Bolívia, Jamaica, México, Myanmar, Tailândia, Trinidad e Zâmbia, a percentagem de homossexuais contagiados com o VIH ultrapassa os 20% e, em alguns casos, atinge os 40%, segundo um artigo no boletim da OMS, apresentado hoje em Genebra.

No caso dos transexuais, as taxas de contágio variam entre oito e 68%, dependendo do país, ainda que, em muitos casos, os dados não sejam fiáveis porque este grupo não está reconhecido legalmente.



Lusa/SOL

terça-feira, 21 de junho de 2011

Petição Europeia contra o aborto na Hungria: Subscreve !



El Gobierno de Hungría ha difundido una campaña para promover la protección del derecho a la vida del no nacido y las adopciones de bebés como una alternativa al aborto.
La campaña aparece estos días en vallas publicitarias y estaciones de metro de Budapest. Su lema es: "¡Déjame nacer!".
Esta iniciativa ha disgustado a la vicepresidenta de la Comisión Europea. La señora Viviane Reding ha manifestado que la campaña provida del Gobierno húngaro "no representa los valores europeos". También ha amenazado a Hungría con retirar fondos del programa europeo Progress.
Si el derecho a la vida no es un valor europeo, entonces, yo me pregunto, ¿cuáles son los valores europeos? ¿El aborto representa uno de esos valores, a juicio de la señora vicepresidenta?
Lo que sí tengo claro es que la señora Viviane Reding no me representa a mí. Y dudo que también pueda representar a ningún europeo. Para empezar: ninguno de nosotros la hemos elegido para el cargo que desempeña. Está ahí porque otros políticos la han puesto a dedo.




La campaña a favor del derecho a la vida del Gobierno húngaro sí representa mis valores. La señora Reding, en cambio, no me representa.




Si tú también crees que el derecho a la vida desde el momento de la concepción es uno de los derechos fundamentales que inspiran la forma de vida de los europeos, ayúdame a decírselo a la vicepresidenta de la Comisión Europea
Dile a la señora Viviane Reding que ella no te representa, que sus valores no son los tuyos y los de millones de europeos más.




Envía ahora tu mensaje a la vicepresidenta de la Comisión Europea clicando no seguinte link:






Yo ya he firmado. ¡Sólo te llevará un minuto!



Muchas gracias por ser un ciudadano activo y comprometido con la causa del derecho a la vida.

Uma cultura de intoxicação

Não se duvide de que a indiferença generalizada perante a escalada do uso e
abuso de drogas nos torna parte do problema
A toxicodependência é um fenómeno que tem vindo a alastrar e Portugal não
foge à regra. Em algumas décadas, passou-se de um problema de "apenas
alguns" para um fenómeno de massas, que afecta particularmente os jovens,
ceifando sem piedade no seu infernal percurso de morte inúmeras vidas e
esperanças.
As sociedades têm vindo a apostar, inconscientemente, no seu próprio
embrutecimento. O nivelamento por baixo, a degradação dos padrões de
qualidade têm levado, gradualmente, a uma frustrante cultura de desistência,
disfarçada "aqui e ali" através de uma política mal conduzida de redução de
danos e solidariedade distorcida.
Hoje em dia, crianças e adolescentes, cada vez mais cedo, vêm trivializando
o uso de drogas em casa, no bar, na rua ou na escola, à vista dos familiares
e educadores que, incrédulos, cada vez mais se vêm sentindo impotentes para
obstaculizar o seu uso e abuso.
Nos dias de hoje, no nosso país, tem-se vindo a assistir a uma absurda
narcotização colectiva, a uma verdadeira cultura de intoxicação pública e da
opinião publicada - a classe política bem como a comunicação social, por não
se sentirem confortáveis para falar do assunto ou por desconhecimento de
causa, há muito que se demitiram das suas responsabilidades - que aceita sem
pudor que as drogas vieram para ficar e que não resta outra solução senão
acomodarmo-nos a elas.
Faz confusão a instalação de um clima de aceitação do inaceitável, a
crescente tolerância social ao consumo de drogas, legais ou ilegais, uma
verdadeira eutanásia, irracionalmente consentida, por quem nos deveria
governar.
Não deixa de ser bizarro que, por um lado, se condene a aplicação da pena de
morte e, por outro, se feche os olhos ao consumo de substâncias psicoactivas
que não fazem mais que condenar em vida quem delas depende.
Não deixa de ser bizarro que se concorde com a fiscalização e controlo das
armas e que se seja cada vez mais permissivo com a fiscalização e controle
das drogas: "As autoridades deixaram de se preocupar com o pequeno tráfico e
agora concentram esforços no grande. Deixámos de apreender gramas ou quilos,
para passarmos a apreender toneladas" (Presidente do IDT, in jornal Expresso
de 4/12/10).
Como é possível aceitar que o toxicodependente se suicide com doses diárias
homeopáticas até morrer, simplesmente porque há quem pense que cada qual é
livre de o fazer ou não?!
Sabendo-se que o dependente de drogas provoca dano a si próprio e aos que o
rodeiam, como é possível que no nosso país, por razões humanitárias..., como
vem expresso na Estratégia Nacional de Luta contra a Droga, seja dado a cada
um o livre arbítrio de usar droga ou não - qualquer que ela seja, até 10
dias de uso ninguém tem nada a ver com isso... - e se continue a ignorar
que, como dizia o pai do liberalismo moderno, John Stuart Mill (1806-1873),
"a única situação que pode justificar que a coacção seja aceitavelmente
exercida sobre qualquer membro de uma comunidade civilizada, contra a sua
vontade, é quando se trata de prevenir o dano de outros" (On Liberty, 1959)?
Ao contrário dos nossos últimos Governos, é nossa opinião que todos aqueles
que se continuam a drogar e não procuram tratamento deveriam ser penalizados
através de coimas, eventualmente denominadas de "sociais", que poderiam
incluir, por exemplo, inibição da licença de condução, inibição de crédito
bancário, não-atribuição do subsídio de desemprego ou de outros subsídios
sociais como o rendimento social de inserção.
Não se duvide de que a indiferença generalizada perante a escalada do uso e
abuso de drogas nos torna parte do problema. Pelo contrário, o apoio e a
preocupação com as pessoas que lutam com este tipo de problemas e os
esforços para as conduzir para ambientes que as excluam são, e há-de ser,
sempre uma questão de consciência, responsabilidade moral e solidariedade
humana.


In Jornal "Público" de 18 de Junho de 2011
Manuel Pinto Coelho
Presidente da APLD - Associação para um Portugal Livre de Drogas


Cuidados Paliativos



Cuidados Paliativos no programa no Serviço de Saúde (RTP), aqui.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Como agir se um casal de namorados, num café, fala sobre aborto

Nos EUA, no canal ABC há um programa de "apanhados" onde se procura confrontar em público alguém com uma situação eticamente embaraçosa.

A ideia é ver como é que os transeuntes reagem e respondem ao dilema moral apresentado.

Neste excerto, podem-se ver 3 conjuntos de casais actores que simulam, num café, uma discussão sobre abortar ou não.

Das várias situações registadas, verificou-se que nenhum homem ousou meter-se na conversa e que, por sua vez, as únicas mulheres que actuaram ou junto do rapaz ou da rapariga ou dos dois todas tentaram dissuadir a prática do aborto como alternativa.

Aqui fica.
Vale a pena ver porque infelizmente acontece todos os dias, algures. Só falta esse "alguém" que dá o conselho amigo:

Apagar um mal com um mal maior é o pior que se pode fazer !



domingo, 19 de junho de 2011

Nem sempre a luz se vê

Nem sempre a luz se vê... e a nossa própria luz não é vista pelos outros se não formos nós a acendê-la

sábado, 18 de junho de 2011

Nova Ministra da Agricultura, ambiente e ordenamento do território pró-vida



A professora universitária e deputada do CDS/PP, Assunção Cristas, foi a escolhida pelo novo governo para assumir a difícil pasta do Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, Assunção Cristas.

Assunção Cristas começou por destacar-se precisamente no último referendo de 2007 contra a legalização do aborto, em cuja campanha pelo "não" participou activamente, tendo incluído "O Blogue do Não"

Dos vários textos que escreveu nesse blogue destaco o último texto da derrota e um outro sobre onde aborda alguns fundamentos do não ao aborto:


Perdemos, redondamente, o referendo. Perdemos porque já em 98 a mobilização do “não” foi quase total. Crescemos em votos (cerca de 200.000), mas o esforço meritório de 14 movimentos não foi suficiente para contrariar o trabalho das três estruturas partidárias organizadas e profundamente empenhadas no “sim”: não conseguimos convencer os indecisos e abstencionistas de 98 de que a melhor resposta ainda era votar “não”. Perdemos porque a eficácia do “sim”, com as suas mensagens curtas e simples (embora enganadoras), sabiamente preparadas e difundidas ao longo dos últimos anos, foi notável. Perdemos, sobretudo, porque as palavras do Primeiro-Ministro na última semana encontraram terreno fértil em muitas pessoas que “estavam fartas do tema” e queriam, por isso, ver a questão definitivamente silenciada. Outras, a maioria, nem se interessaram pelo referendo e ficaram em casa, desprezando um assunto que não lhes resolve os problemas diários.

Ainda assim valeu muito a pena dar a cara por esta causa, junto de tantas pessoas tão diferentes, mas tão unidas na mesma resposta. Valerá agora a pena continuar a batalha pela supressão das causas do aborto, porque essas não desaparecem com o “sim”. O compromisso com a vida, das crianças e das mães, não se interrompe.





Há dezenas de razões para votar “não”. Quase todas são válidas. De todas essas razões saliento uma: o respeito pelo princípio da responsabilidade enquanto estruturante de uma sociedade verdadeiramente livre.
Neste momento, a maneira mais fácil de o Estado se desresponsabilizar do problema do aborto é liberalizá-lo (chamem-lhe regular e não liberalizar, mas na verdade, uma actuação que era contrária ao direito passará a ser conforme a ele e sempre estou para perceber se alguém vai mandar para a cadeira uma mulher que, por razões diversas, opte por fazer um aborto na clandestinidade…).
É mais prático e mais barato dar condições, leia-se, pagar, para as mulheres abortarem do que dar uma verdadeira opção de vida a essas mulheres. Dar uma verdadeira opção de vida implica educar e auxiliar quando é preciso. O “sim” desresponsabiliza ainda mais um Estado que pouco tem feito. Mas não só o Estado é desresponsabilizado, a própria sociedade civil, que tem tantas ou mais responsabilidades (é ela que tem rosto, diariamente, junto das mulheres que estão numa situação dramática) também no “sim” encontra algum alívio para uma certa má consciência colectiva. Já não será preciso fingir que não se vê: o incidente, o percalço, é rapidamente erradicado de uma sociedade pouco solidária. O Estado não promove a solidariedade e a sociedade, já de si tendencialmente egoísta e “umbiguista”, está comodamente legitimada na sua frieza e distanciamento. Nesta matéria, como aliás em tantas outras, o Estado e a sociedade civil preferem “lavar as mãos”.
O “não” assenta numa ideia de responsabilidade. A todos os níveis. Não desiste de considerar a tutela penal como o meio adequado para proteger a vida humana (compreende-se mal um sistema em que o furto, a burla ou a condução sob o efeito de álcool sejam crime e um atentado directo à vida humana o não seja) e por isso pressiona o Estado a não desistir de promover o respeito por essa vida humana. A tutela penal traduz um sistema de valores, que deve ter coerência, sob pena de se tornar irracional e incompreensível. O “não” acredita que é possível ao Estado – e à sociedade civil – fazer melhor. É possível informar melhor, educar melhor, ajudar mais. Por isso o não responsabiliza também a sociedade civil, para quem conviver com uma tutela penal deve ser um ensejo para uma desacomodação e um estímulo para um apoio solidário (o que bem se viu em Portugal de 1998 para cá com a multiplicação de instituições de ajuda à maternidade). Mas individualmente também é preciso dizer inequivocamente que todos temos de ser responsáveis pelos nossos actos, desde que praticados livre e esclarecidamente. Por isso a maior preocupação deve estar na prevenção de gravidezes indesejadas. É crucial educar as pessoas para serem responsáveis a todos os níveis da sua vida e não passar um atestado de menoridade no que toca à vida sexual de cada um. Dar liberdade implica dar responsabilidade. Se me perguntarem se quero ver aplicada uma pena (não necessariamente de prisão), eu diria que, em casos limite, como é o do aborto praticado sistematicamente como meio de contracepção, por alguém perfeitamente informada e esclarecida, sim, acho que deve ser aplicada uma sanção penal.

4. O homem vive de ideais, a sociedade vive de ideias, mal dele quando deixar de viver procurando concretizar esse ideal. Significará que o homem desistiu de ver mais longe e sucumbiu às dificuldades. Acredito que um dia, quando gerações futuras olharem para trás vão compreender com facilidade que a liberalização do aborto, onde ocorreu, foi, historicamente, um desvio no percurso civilizacional da luta pela promoção da dignidade do homem. Acredito que Portugal está a tempo de tirar vantagem de discutir este problema, outra vez, trinta anos depois de outros países e por isso aprender a ver mais à frente. Liberalizar o aborto até às 9, 10, 11 ou 16 semanas é assumir, colectivamente, uma desresponsabilização por um problema que tem outras vias de resolução. Vias menos fáceis, mais morosas, mas solidamente assentes na convicção de que é possível fazer melhor e na certeza de que o mundo tem muitos tons de cinzento, que o direito deve compreender, sem no entanto perder a sua valoração essencial

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Geração à rasca ou geração coragem ?

Na celebração litúrgica da Bênção da Fitas dos Universitários de Lisboa tive a oportunidade de ouvir o Senhor Cardeal Patriarca pôr em alternativa à “geração à rasca” uma desejável “Geração Coragem”. Que feliz contraposição!

Ali perguntei-me, o que desejo para os meus filhos, para os meus sobrinhos, para os amigos deles ou mesmo para todos os jovens? – “Que sejam a geração coragem”. É a resposta que rebenta dentro do peito de qualquer das mães que ali estava.

“Coragem” é uma palavra que provém (seguindo uma busca breve que fiz) do latim “cor” que significa “coração”. E, no dizer do dicionário – coragem é “firmeza de espírito, ânimo, valentia e perseverança”. Mas também a palavra “cor” tem no dicionário o sentido “coração, coragem, afecto, desejo”. Aliás, a antiga expressão popular “saber de cor” significa que o coração era tido como o centro da capacidade de saber e de memória. Em latim “cor” também significa “ ânimo, qualidade espiritual de bravura e tenacidade”. Daí a palavra coragem ter vindo do latim “coratium” de coratum (em francês “courage” de coração, “coeur”).

Quando ouvi aquela expressão “geração coragem” não resisti a perguntar – serão estes jovens aqueles que agem com o coração? Estes os jovens que ouvem o que lhes diz o coração? Que desejam para a vida? Nesta fase tão marcante como é o final da licenciatura, quais as perguntas que se formulam no coração de cada um? Por baixo da capa negra que envergam, o que palpita?

Há uns anos atrás fui convidada para intervir num ciclo de conferências de uma juventude partidária. Mandaram-me o programa das conferências cujos temas eram – 1. Aborto (este era o “meu” tema); 2. Casamento Gay; 3. Eutanásia; 4. Prostituição; 5. Drogas – Legalizar Sim ou Não? – Nessa altura questionei-me dos objectivos de vida daqueles jovens. Que temas tão cinzentos? São estas as preocupações dos nossos jovens?

Seis anos volvidos, talvez apenas alguns deles tenham estado na manifestação da “geração à rasca”… ou talvez não!

E os “Jovens Coragem” (que agem com o coração) como ocupam o seu pensar? Com a sua formação pessoal e profissional, o trabalho onde vão servir, o resultado no desporto que praticam, a família que vão constituir, a casa e o bairro onde vão viver, a educação dos filhos que vão ter, a prestação cívica que vão dar, como constroem os tempos lúdicos e de diversão…?

Naquele dia o Senhor Cardeal Patriarca deu-nos o mote.

A mim cabe-me a difícil e gratificante responsabilidade de olhar para os que me estão confiados e indicar-lhes aquela fasquia de uma geração que “age com o coração”. Com esta imensa liberdade de ouvir o que o coração lhes pede para fazer. Dizer sim a uma Verdade maior, realista, alegre, exigente e até mesmo contra-corrente mas que faz caminhar para a Felicidade. E não uma vida dominada pela “escravidão” dos temas que são impostos, que nos fazem “dobrar” perante um poder que não tem rosto e onde em última instância se vive na amargura, na tristeza e no desespero.

As gerações não se fazem sozinhas. São fruto das circunstâncias que as rodeiam, e das opções que cada “eu” vai tomando.

As especiais dificuldades de uma ou outra época têm ditado fibra, génio e capacidades imprevisíveis. Não temos medo.

Naquele sábado de Maio, na majestosa Alameda da Universidade, ouvi o meu Cardeal Patriarca, o Pastor daqueles milhares de jovens, chamar pela Geração Coragem…


Isilda Pegado

Presidente Federação Portuguesa pela Vida

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Em benefício do otimismo

São boas as notícias que chegam do mundo da neurociência. Demonstrado cientificamente o velho ditado de que “a esperança é a última a morrer”, uma investigadora britânica e reconhecida mundialmente pelos estudos que tem feito sobre o optimismo e as redes neuronais que o alimentam, lançou agora um livro denominado “The Optimism Bias: a Tour of the Irrationally Positive Brain”.

Todos nós nos consideramos como criaturas racionais. Vigiamos as nossas costas, pesamos prós e contras e colocamos um guarda-chuva na mala se o tempo está nublado. Mas tanto as neurociências como as ciências sociais sugerem que somos muito mais optimistas que realistas. Tali Sharot, uma investigadora no Wellcome Trust Centre for Neuroimaging, na Universiy College London, há vários anos que tem vindo a investigar os processos neuronais que, como defende, “ligam o cérebro a atitudes optimistas”. Mas, mais do que isso, Sharot sugere que esta tendência humana para o optimismo constitui um provável mecanismo de sobrevivência, presente nos milhares de anos da evolução da espécie humana. Ou seja, o princípio defendido pela investigadora é que o cérebro “empurra” deliberadamente os pensamentos negativos a favor dos que são positivos como uma forma de sobrevivência, dado que as expectativas positivas aumentam as possibilidades de continuarmos a lutar.

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Solidariedade virtual

O recente canal online de doação a favor do Banco Alimentar contra a Fome recolheu 68 mil toneladas de alimentos, num valor de 76.600 euros, em apenas uma semana. Perante a onda inusitada de internautas provenientes de 94 países, Isabel Jonet, presidente dos BAs e Patrícia Fernandes, responsável pela área de Cidadania e Responsabilidade Social da Microsoft (parceira do projecto) comprovam: há uma nova rede social na Internet, que se chama solidariedade


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terça-feira, 14 de junho de 2011

Os perigos da pilula do dia seguinte

Aborto e violação

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Palestras sobre educação on line

Uma nova ferramenta para promover a informação e inovação no ensino escolar:

http://webinar.dgidc.min-edu.pt/

domingo, 12 de junho de 2011

sábado, 11 de junho de 2011

Textos Rádio Costa D'Oiro de 31 de Maio a 13 de Junho


Dia 31/05 –
Ouvi aí umas duzentas vezes o poeta Tonino Guerra citar o verso de um monge medieval: «É preciso ir além da banal perfeição». É isso mesmo: a perfeição pode ainda ser um caminho que trilhamos pela superfície ou constituir uma ilusão que nos impede de aceder ao verdadeiro e paradoxal estado da vida. Levamos tanto tempo até perder a mania das coisas perfeitas, até nos curarmos do impulso que nos exila no aparente conforto das idealizações, ou finalmente vencermos o vício de sobrepor à realidade um cortejo de falsas imagens!
O amor perfeito, o casamento perfeito, os pais ou os filhos perfeitos não existem.
Lembro-me de um filme de Nanni Moretti, acho que é “O quarto do filho”, em que uma personagem, estando a viver um duro luto, se coloca a arrumar no armário as chávenas de chá. Percebe então que uma tem um lado partido. Tenta disfarçar o facto, colocando visível apenas o lado intacto. Mas ela sabe que àquela chávena falta alguma coisa. Aquela chávena é o símbolo da sua vida, da nossa vida, que ela e nós temos de aceitar e redescobrir continuamente.

Dia 1/06 –
Há aquele mote de Samuel Beckett que, se o soubermos ouvir, derrama sobre os nossos embaraços grande luz.
Diz assim: «Errar, errar de novo, errar melhor».
O que é errar melhor? É saber que, no fundo, erramos sempre. Isto é: a perfeição encontrámo-la nos catálogos, mas não nos nossos gestos ou em nós próprios. Durante anos tive um cartaz com esta frase: «errando também se inventa».
A imperfeição, é uma história ainda em aberto, que conta ativamente connosco. Na imperfeição é sempre possível começar e recomeçar. A imperfeição humaniza-nos.
O mais sensato é mesmo adotar a humilde sabedoria de quem procura conscientemente o melhor, mas sabe que o seu melhor ficará ainda aquém. O que podemos aprender é, pois, a semear, num trabalho de confiança, de desprendimento e simplicidade cada vez maiores.
Estes textos são da autoria do poeta José Tolentino Mendonça


Dia 2/06 –
O frémito de terror de que exista um novo referendo sobre o aborto veio mais uma vez demonstrar como para alguns a tolerância implica sempre a exclusão de alguém...
As declarações de Passos Coelho no sentido de que nenhuma lei está livre de avaliação e que é uma das implicações da democracia aceitar que se alguém propuser um novo referendo este deve ter lugar foram suficientes para desencadear uma tempestade política que provou que o debate sobre o aborto não morreu e está bem vivo na sociedade portuguesa.
O que só espanta quem ainda não se deu conta que em 2007, conjungando as percentagens de abstenção com a votação do Sim, apenas 1/4 dos eleitores concordaram com a actual lei que liberalizou o aborto.
Por isso sem surpresa que numa recente votação telefónica, durante o programa Opinião Pública da SIC Noticias a realização de um novo referendo foi apoiada por 60% dos participantes...

Dia 3/ 06 –-
A pontualidade é uma forma de mostrar respeito e consideração com o próximo.
Infelizmente, é um hábito não muito comum entre a maioria das pessoas.
A pontualidade é uma virtude de pessoas civilizadas. Ser pontual não é se precipitar, chegando com muito tempo de antecedência no compromisso ou local combinado.
Ser pontual é chegar, pelo menos, 15 minutos antes do horário estabelecido.
A pontualidade pode ser obtida com controle, auto-disciplina e algumas precauções contra possíveis incidentes com transporte, trânsito, mau tempo etc. É ideal sair de casa sempre com algum tempo de antecedência para, assim, evitar imprevistos.
Por sua vez, ser pontual não é só chegar dentro do horário previsto, é também realizar as tarefas com sucesso.
A impontualidade na vida afetiva cansa, desgasta, chateia, aborrece, magoa e pode distanciar as pessoas.
A produtividade e o sucesso começam com uma boa pontualidade.
Dia 6/ 06 –-
Para as mulheres que tenham uma vida sexualmente activa, a questão do planeamento familiar tem de ser naturalmente considerada.
Por sua vez, o homem não pode assobiar para o lado e encolher os ombros. A prevenção de uma gravidez indesejada diz respeito ao casal e não responsabiliza só a mulher.
Por sua vez, a ocorrência de abortos repetidos na mesma mulher só demonstra que há descuido quer do casal, quer das entidades médicas.
O Centro de Saúde, o médico de família e o hospital distrital são entidades que podem e devem apoiar as mulheres, indicando-lhe e disponibilizando o método de planeamento familiar que melhor se adapta às características de cada uma.
Como diz o ditado “é melhor prevenir, do que remediar”. No século XXI, já não há justificação para os milhares de abortos que diariamente são praticados pelo mundo fora.


Dia 7/06
O verdadeiro amor (entre um homem e uma mulher que se comprometem numa relação para sempre ou entre os pais e os filhos ) dói.
Ele dói sempre.
Amar uma pessoa custa mesmo; é doloroso abandoná-la e deseja-se morrer por ela.
Quando as pessoas se casam, têm de deixar muitas coisas de lado, para se poderem amar.
A mãe que dá a vida a uma criança sofre muito"
Estas são palavras de Madre Teresa de Calcutá
Quer se queria, quer não, o amor verdadeiro assente no sacríficio e na dádiva e aquele que dá acaba sempre por receber de volta o que entregou



Dia 8/06 –
Quando nos debruçamos a pensar sobre a educação dos nossos filhos, pensamos claro está nas virtudes humanas, fala-se tanto na crise económica, mas arrisco-me a dizer que vivemos neste momento uma grande crise de valores, esses valores humanos que nos permitem a todos vivermos mais felizes como pessoas e socialmente mais completos.
Valores como a humildade, a generosidade, a obediência, a amizade, a audácia, a justiça, a paciência e a sinceridade entre tantos outros, são de extrema importância na educação das crianças, na formação do seu caráter.
Se nos focarmos nas crianças mais pequenas, podemos centrar-nos, desde logo, na importância do valor da obediência.
Ser obediente pode ser analisado não só no trabalho ou em contextos específicos de chefia, mas também no próprio lar, quando os pais pedem coisas um ao outro por exemplo. Como gerimos estes pedidos que nos fazem? Como os sentimos e que expressão fazemos quando os recebemos? Como lidamos com a autoridade?
Não esqueçamos que os exemplos começam em casa

Dia 9/06 –
Num estudo agora publicado em livro, dois investigadores norte-americanos argumentam que a visão tradicional que temos do carácter – ilustrada comummente pelo anjinho e diabinho alojados nos nossos ombros e cuja “voz” de um ou de outro escolhemos ouvir – está plenamente errada.
Em termos neuronais e para estes dois investigadores, o carácter é um produto em flutuação constante devido a impulsos beligerantes no cérebro, sendo que uma das “facções” se concentra em recompensas de curto prazo e a outra nas de longo curso.
Ou seja, em termos muitos gerais, esta guerra não tem necessariamente a ver com os conceitos de bem e de mal, mas sim com a situação ou com o momento particular em causa.
Por isso, diz um dos investigadores “não basta dizer a alguém que deve ser bom, que não deve roubar e assumir que essa pessoa seja capaz de fazer o bem apenas confiando na sua força de vontade.
Para o investigador, a educação moral tem de ter como base um conjunto de competências, e os pais deverão dizer aos seus filhos “não só qual é o objectivo, mas também como lá chegar, ou seja, que ‘partidas’ poderão as suas mentes lhes pregar e que estratégias devem estes utilizar para ‘convencer’ o seu carácter a mover-se na direcção adequada

Dia 10/06 –-
A rede social Facebook lançou uma ferramenta para auxiliar os professores a entenderem e a explorarem as potencialidades da rede social dentro das salas de aula. Esta nova ferramenta está disponível online e foi criada por três especialistas na área.
Os responsáveis acreditam que uma das ferramentas mais poderosas do ensino é a promoção do entusiasmo, impulsionando a uma aprendizagem activa. Neste sentido, os professores podem manter a sua privacidade e interagir profissionalmente com os alunos, utilizando recursos de grupos e páginas, sem a necessidade de se tornarem amigos.
Este guia está apenas disponível em inglês; no entanto, a rede social prevê disponibilizá-lo noutros idiomas.
Para mais informações consulte facebook for educators.org
Dia 13/06 –
Faz cada vez mais falta promover a alfabetização mediática dos cidadãos. E faz falta para que não comam e calem o lixo televisivo, as meias verdades do jornalismo, as pseudo-notícias repetidas até à náusea, o parti-pris apresentado sob a capa do rigor e o silenciamento do que incomoda ou que dá trabalho averiguar.
A alfabetização mediática tem sido definida, nomeadamente pela União Europeia, como “a capacidade de procurar, compreender, avaliar com sentido crítico e criar conteúdos nos meios de comunicação”. É uma definição insuficiente, por sobrevalorizar os conteúdos, em detrimento dos contextos, recursos, valores e referenciais éticos. Mas constitui um ponto de partida importante, que urge trazer para os lugares cimeiros das preocupações educativas e culturais, em tempo de fortíssima mediatização.
Este texto é da autoria do professor da Universidade do Minho Manuel Pinto.

Acreditar no Amor

Chegamos à vida sem tê-lo pedido. Cada um se encontra com uma realidade, não sempre agradável, nem fácil de levar: um país, uma cultura, uma família com umas características, uma identidade, e um projecto de vida pela frente.
Uns antes, outros depois, somos tocados pelo sofrimento, seja físico ou moral.
Apresenta-se de forma imprevista, tem mil rostos diferentes: uma amizade traída, uma doença dolorosa, um fracasso profissional, o próprio carácter difícil de ultrapassar… Mas não há sofrimento suficientemente grande que consiga arrancar do coração humano o desejo infinito de ser felizes. Por isso, cada dia empreende-se a aventura da vida com a esperança de alcançar um pequeno triunfo.
Somos seres para triunfar. E ainda que experimentemos frequentemente o sabor amargo da derrota, o ser humano ambiciona ganhar. O triunfo é a meta das acções humanas.
Milionários afamados, modelos de beleza, há muitos, e parece ser que cada vez são mais, mas, são todos felizes? Os seus olhares revelam muitas vezes frieza. Se triunfaram, porque é que só sorriem quando os vêm, e na solidão guardam silêncio e evitam o seu próprio olhar?
Conquistaram triunfos vistosos: a fama, o poder, o dinheiro… Mas essas coisas, assim como são vistosas, também deixam vazia a vida, e a alma seca. Isso é tudo na vida?
Se estamos feitos para triunfar, qual é realmente o Triunfo, com maiúsculas, que todos ambicionamos? A felicidade é a recompensa esperada, e o caminho que a ela conduz é o mesmo para todos: aprender a amar e ser amados.
Não busquemos três patas ao gato. Caminhos há muitos, mas só um nos faz felizes. O amor, fundamentalmente, exercita-se quando se luta para que seja o outro quem triunfa. Então… também ganho eu. No esquema oposto a qualquer dialéctica barata. Ganhamos ambos, se eu te ajudo a ganhar, inclusive mais e melhor que eu.
A nossa sociedade necessita recuperar a fé no amor. De tanto vendermos uniões passageiras, divórcio, a eliminação do que estorva, a sexualidade fechada à vida, o prazer como meta da existência, a violência como meio de imposição… os homens e mulheres do nosso tempo estão a deixar de acreditar que o amor existe, que a fidelidade é possível, que ganha mais quem mais ama.
Triunfa-se na vida quando se ama. Temos que acreditar no amor para não morrermos de tristeza. Todos temos asas de águia para voar muito alto, ainda que nos façam crer que somos galinhas de capoeira. O voo empreende-se quando se aposta no bem do outro.
Não são necessários actos heróicos, mas sim tornar heróico o quotidiano, concretamente amando. Ceder um assento no autocarro a alguém mais cansado que eu, sorrir ao dar os bons dias cada manhã no escritório, escutar com atenção quem me conta os seus problemas, convidar para um café a quem tem frio, ou oferecer com agrado o próprio tempo aos seres queridos, para fazer… o que eles quiserem.
Amar não é complicado. Está ao alcance de todos. Os meios de comunicação não falam de toda a realidade, mas existe muito amor no mundo, ainda que não se venda como noticia sensacionalista. Há casais apaixonados depois de 60 anos juntos, homens que apoiam a sua mulher na sua busca de um bom trabalho profissional, mulheres que elogiam o seu marido quando educa os seus filhos, e filhos que se levantam mais cedo para que os seus pais encontrem o pequeno-almoço preparado.
Às vezes, só é necessário que um comece, para que os demais deixem de viver o esquema de “eu ganho se tu perdes”, e se decidam a escolher o “eu ganho só se tu ganhas”. Quando se ama, ganha-se sempre e ganham todos.
Pode ser que amar não seja rentável economicamente, que produza desgaste físico e emocional, que complique a vida e nos tire tempo, mas dá paz de consciência, faz-nos felizes, permite-nos viver num estado habitual de optimismo, desenha um sorriso sincero nos nossos lábios e ilumina o olhar com um brilho novo.
Um ditado hindu reza: “Tudo o que não se dá, perde-se”. Triunfa na vida, quem derrota o eu, para que ganhe o tu. Triunfa na vida, quem crê no amor, e se atreve a vivê-lo, com todas as suas consequências.

Autor: Nieves Garcia
Via Aldeia

Governo inglês quer combater sexualização precoce das crianças

O governo inglês quer estabelecer códigos de conduta nos meios de comunicação social e na publicidade para que se evite a sexualização precoce de crianças e adolescentes do país.
A ideia toma corpo através de um lista que propõe algumas medidas tais como a moderação na venda de roupas com cortes de adultos para pré-adolescentes, a retirada de anúncios com conteúdo sexual explícito das proximidades de escolas, museus e locais para crianças, a classificação de vídeos musicais por faixa etária, o fim da exibição de imagens sexualizadas e violentas na televisão antes das 21h, a criação de um site para que os pais possam reclamar, a venda de revistas com conteúdo sexual em locais de acesso público e ainda a criação de medidas mais eficazes de controle de acesso à internet.
Um exemplo a seguir por cá.

Uma história de encantar







A Walt Disney, em 2007, lançou um filme chamado “Uma história de encantar”.
Tudo começa no mundo das histórias de encantar dos desenhos animados onde uma linda rapariga encantada se cruza com um lindo princípe encantado e, depois de uma bela canção, decidem casar no dia imediatamente a seguir para depois, como habitual, viverem felizes para sempre, no seu castelo.
No entanto, a madrasta do princípe decidiu evitar que isto acontecesse e, por isso, atirou a princesa para um mundo onde nunca se é feliz para sempre.
E qual é esse mundo onde nunca se é feliz para sempre ? É precisamente o nosso mundo, o mundo da realidade.
No filme há um confronto entre as personagens das histórias de encantar e um advogado especialista em divórcios, também ele divorciado e com um relação actual hesitante entre o assumir o casamento ou manter um eterno namoro.

A mensagem final do filme é um pouco ambígua.
Mas, há uma mensagem que cada um dos mundos dá ao aoutro:

Uma relação de amor só sobrevive se, por um lado, tiver uma certa dose de romantismo, mas também se implicar o investimento de tempo no conhecimento recíproco e na consolidação das cumplicidades.

Porque, afinal, no mundo real, nunca ninguém é feliz para sempre, mas pode ser feliz em muitos momentos que ficarão para sempre.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Sexo Seguro



Women's Rights Without Frontiers





Women’s Rights Without Frontiers is a broad-based, international coalition that opposes forced abortion and sexual slavery in China. Our immediate goal is to raise public awareness regarding the coercive enforcement of China’s One Child Policy, the connection between this coercion and human trafficking in Asia, and the other human rights abuses that arise out of this coercive enforcement. Our long-term goal is to champion freedom, justice and women’s rights, in China and worldwide, by exposing violations of women’s rights, equipping the media and the public to understand these violations, and extending help to the victims themselves, as well as to those who stand up for freedom and justice for women.

A guerra da China contra as mulheres e meninas

Promotora dos EUA lidera movimento contra a política do filho único



“A política chinesa do filho único provoca mais violência contra as mulheres e meninas do que qualquer outra política no mundo; mais do que qualquer outra política oficial na história do mundo”.



São palavras acaloradas de Reggie Littlejohn, uma promotora dos EUA que fundou a Women's Rights Without Frontiers – uma coalizão internacional contra o aborto forçado e a escravidão sexual na China.



Californiana que na juventude trabalhou com a Madre Teresa nos bairros pobres de Calcutá, Littlejohn entrou na política representando refugiados chineses que pediam asilo político nos Estados Unidos em 1990.



“Primeiro eles foram perseguidos por ser cristãos e depois esterilizados à força”, conta. “Isso abriu dois mundos novos para mim”.



Falando com ZENIT em visita recente a Roma, Littlejohn resumiu a política do único filho como “a guerra da China contra mulheres e meninas”.



Os abortos obrigatórios para as mulheres que violam a política são comuns no país e chegam a ser feitos até os noves meses de gravidez. “Há mulheres que morrem junto com os bebês”.



A brutalidade do aborto forçado não é a única violação aos direitos humanos da “política de planejamento familiar”.



Acontece um “generocídio” devido à preferência tradicional chinesa pelos meninos, sendo as meninas objeto desproporcionado de aborto, abandono e infanticídio. Uma das consequências é a escravidão sexual: a eliminação de meninas levou a um aumento do tráfico de mulheres dos países vizinhos, já que há 37 milhões de homens a mais que as mulheres na China.



Esta política também pode ser a causa do alto índice de suicídios femininos na China. A Organização Mundial da Saúde informa que a China é o país com a porcentagem de suicídios femininos mais alta do mundo, com aproximadamente 500 mulheres por dia acabando com a própria vida.



As vítimas não são só as mulheres e as meninas. De acordo com muitas histórias filtradas fora da China, o governo também aplica uma variedade de métodos impiedosos contra os membros da família para forçá-los a obedecer à política de controle.



“As táticas usadas são absolutamente aterradoras”, disse Littlejohn. Lembrando um incidente documentado em março deste ano, ela conta que os funcionários do planejamento familiar foram até a casa de um jovem para esterilizar sua irmã à força.



“Como ela não estava em casa, começaram a bater no pai dela. Quando o homem tentou defender o pai, um dos funcionários pegou uma faca e o apunhalou duas vezes no coração. O homem morreu. Isto é assassinato!”.



Mas o assassino não foi preso e, apesar de a família estar tentado denunciar a história, os meios de comunicação se recusam a divulgá-la.



“Os funcionários do planejamento familiar estão acima da lei, podem fazer qualquer cosa e sair impunes”, disse Littlejohn. “O que eles estão fazendo é aterrorizar a população”.



As estatísticas relacionadas com a política do filho único são assombrosas. Desde que ela começou, em 1979, as autoridades informam que evitaram 400 milhões de vidas.



O governo diz também que 13 milhões de abortos são feitos a cada ano: 1.458 abortos por hora, ou, como Littlejohn afirmou, “um massacre como o da Praça da Paz Celestial a cada hora”.



“O irônico é que a China instituiu esta política do filho único por razões econômicas”, explicou Littlejohn. “Mas ela virou uma sentença de morte econômica para a China”.



Ela dá razões para isto. A primeira é a disparidade de sexos: 37 milhões de homens a mais, o que gera o tráfico humano entre a China e os países próximos e a decorrente escravidão sexual.



A segunda razão é que a China sofrerá o envelhecimento da população sem ter jovens para sustentá-la. Esse “tsunami senior”, como Littlejohn o chama, ocorrerá por volta de 2030.



“Eles não têm previdência social e, que eu saiba, também não têm nenhum plano para a situação dessa população de idosos”.



Littlejohn teme que, assim como forçaram o aborto no começo da vida, eles “forçarão o final da vida quando sofrerem esse tsunami senior”. Ela destaca que os chineses têm uma cultura de respeito pelos anciãos, mas se pergunta se o apoio à eutanásia não ganhará terreno quando os resultados da política demográfica se mostrarem.



“Não tem sentido continuar com a política do filho único. Então por que eles continuam? Para mim, a razão não é tanto de controle da população, mas de controle social”.



Mantendo o rumo



As autoridades chinesas afirmam que a política será mantida pelo menos até 2015, embora recentemente tenham insinuado a permissão para dois filhos.



Mas Littlejohn acha que o aborto forçado, a esterilização e o infanticídio continuarão. É provável que a demografia da nação também não melhore.



Uma política de dois filhos já é permitida nas zonas rurais e entre as minorias se o primeiro a nascer é uma menina, mas pouco foi feito para evitar a difusão do aborto de meninas num país que tem preferência cultural pelos garotos.



Apesar da difusão da violência e do trauma infringidos pelas autoridades, os governos ocidentais têm feito pouquíssimo para pressionar a China.



“Este deveria ser o tema mais importante para os ativistas pró-direitos humanos”, ela considera.
Littlejohn conta que a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, tem “falado muito” sobre o aborto forçado na China. Mas isso não se traduz em nenhuma ação concreta ainda. Littlejohn crê que os governos não querem arriscar, “porque devem muito dinheiro para a China”.


Por outro lado, ela comenta que os Estados Unidos e a ONU estão ajudando a financiar a política chinesa através da UNFPA (United Nations Family Planning Fund) assim como da IPPF (International Planned Parenthood Federation), e da Marie Stopes International.



Ela conta que essas organizações são “provedoras de abortos” operativos na China e que, apesar dos EUA terem cortado os fundos dirigidos à UNFPA em 2001 – porque se comprovou a cumplicidade com a política do filho único – restaurou-se novamente o destino de verbas em 2009, pelo Departamento de Estado americano.



Neste link, pode-se ver um breve vídeo realizado por Women’s Rights Without Frontiers sobre a política do filho único: www.youtube.com/watch?v=JjtuBcJUsjY




Já aqui se pode assinar uma petição internacional contra o aborto forçado e a escravidão sexual na China: www.womensrightswithoutfrontiers.org/index.php?nav=sign_our_petition


Por Edward PentinROMA, quarta-feira, 8 de junho de 2011 (daqui).

Diálogos sobre a Homossexualidade

A condição homossexual pode ser prevenida e mudada com uma atenção personalizada ou com um acompanhamento em grupo, mas não tem tratamento farmacológico (...).

Daqui.


As grandes disputas jurídicas não são simplesmente nacionais: são mundiais. Assim ocorreu, por exemplo, com os debates sobre a codificação. E assim está ocorrendo agora com a nota de heterossexualidade do casamento.


Daqui.

Casa de Santo António - Casa de Acolhimento - com novo site



Para ver aqui.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A abstenção cívica

"É melhor atirar-se em luta em busca de dias melhores, do que permanecer estático como os pobres de espírito, que não lutam, mas também não vencem; não conhecem a dor da derrota, mas também não têm a glória de ressurgir dos escombros. Esses pobres de espírito ao final de sua jornada na terra não agradecem a Deus por terem vivido, mas se desculpam a Ele por simplismente terem passado pela vida."

Bob Marley

Perante os elevados níveis de abstenção das últimas eleições, perante a fraca (quase ausente) adesão por parte das pessoas às iniciativas de voluntariado que lhes foram propostas no passado dia 14 de Maio, em Portimão, lembrei-me desta passagem do Evangelho de S.Mateus (11, 16-18), onde Jesus Cristo diz:

"A quem hei-de comparar esta geração ?
É semelhante às crianças que estão sentadas na praça e que gritam aos seus companheiros dizendo: Tocámos flauta e não bailastes; entoámos lamentações e não chorastes"




Como diz um provérbio muito popular nalguns países: "O mundo é de Deus, mas Deus aluga-o aos valentes";

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Devolver a humanidade às crianças com Sindrome de Down


Nesta entrevista com ZENIT, Lejeune-Gaymard, autora de “Life is a Blessing: A Biography of Jerome Lejeune”, fala sobre seu pai, o cientista francês que descobriu a origem da síndrome de Down.

Sobre o aborto:

A vida começa no instante da concepção, quando os genes da mãe e os do pai se unem para formar um novo ser humano, que é absolutamente único. Todo o patrimônio genético já está lá. É como uma música de Mozart na partitura. A vida inteira já está lá.

Aos dois meses, o embrião já tem tudo: mãos, olhos, corpo. É um corpo muito pequeno, mas depois de dois meses, a única coisa que faz é crescer. Se pudéssemos pegar seu dedo pequeno, já seria possível observar sua impressão digital.


Sobre os portadores do sindroma de Down:

O tratamento real não existe atualmente, já que os pesquisadores estão trabalhando em solucionar este problema genético. O patrimônio genético das crianças é correto, simplesmente se repete, como um disco riscado. Meu pai sempre dizia que uma criança Down é mais criança que as outras: é como se não estivesse totalmente acabada.

Então, se esse gene pudesse ser silenciado, a criança poderia ser normal. E este é realmente o futuro da medicina, reparar o código genético. Portanto, não é louca a ideia de que possamos tratar deles algum dia.

A dificuldade está em que se gasta muito dinheiro em realizar o diagnóstico e matar as crianças, até o ponto de que, se pudéssemos ter somente 10% desse dinheiro para a pesquisa, já poderíamos ter chegado à cura.

Fonte: Zénit

Para mais informações: Fundação Lejeune

SERÁ NECESSÁRIA UMA NOVA REFORMA DA SEGURANÇA SOCIAL



5 anos após o Relatório Técnico sobre a Sustentabilidade da Segurança Social
estudo da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas revela

SERÁ NECESSÁRIA UMA NOVA REFORMA DA SEGURANÇA SOCIAL


Lisboa, 2 de Junho de 2011 – A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas divulga hoje o estudo “Reforma da Segurança Social – Avaliação 2005/2009”, que fez um exercício de comparação das projecções usadas no Relatório de Sustentabilidade da Segurança Social com os dados reais dos últimos anos.

O Relatório Técnico sobre a Sustentabilidade da Segurança Social, que serviu de base à Reforma da Segurança Social, faz este mês 5 anos. A APFN demonstrou sempre a sua preocupação relativamente às projecções e estimativas subjacentes a este relatório. Neste contexto, o presente estudo realiza uma avaliação dessas estimativas face à evolução demográfica e macroeconómica entretanto verificada.

As conclusões apresentadas mostram que:
As projecções apresentadas em 2006 no Relatório Técnico sobre a Sustentabilidade da Segurança Social, que estão na base da Reforma da Segurança Social então implementada e que se mantém em vigor, mostram-se significativamente descoladas da realidade tanto ao nível demográfico como macroeconómico, colocando em causa o próprio sistema;
O défice de crianças e jovens em Portugal continua a aumentar, muito mais rapidamente do que o previsto em 2005, colocando em causa a sustentabilidade do sistema de Segurança Social;
O agravamento do desemprego, face às projecções de 2005, vem alterar o equilíbrio financeiro previsto para o sistema;
O modelo da Reforma da Segurança Social contém erros que o tornam desadequado para Portugal, nomeadamente a adopção do indicador Esperança média de vida como factor de sustentabilidade, que absorve os aumentos de população maior de 65 anos ignorando outros com maior impacto e que apresentaram maiores desvios relativamente às projecções como, por exemplo, População com menos de 15 anos e o Emprego.
Uma versão integral do estudo encontra-se disponível para consulta aqui

Resumo da Ficha Técnica
O PRESENTE TRABALHO SEGUIU A SEGUINTE METODOLOGIA:
– Destaque no Relatório técnico dos elementos chave da análise efectuada pelo Grupo de Trabalho e dos cenários (demográfico e macroeconómico) que estiveram na base da Reforma implementada na Segurança Social;
– Identificação do histórico dos indicadores utilizados para cada um dos cenários;
– Finalmente é feita a análise comparativa das projecções utilizadas e os valores efectivamente verificados de acordo com dados do INE e do EUROSTAT e são contabilizados os desvios em termos absolutos e percentuais.

Sobre a APFN – Associação Portuguesa de Famílias Numerosas
Formada em 1999, a APFN é constituída por grupos de casais, com três ou mais filhos. Acredita nos valores da família, defende o direito à vida desde a sua concepção e sente a necessidade de apoiar as famílias numerosas, contando actualmente com mais de 8.000 sócios. A APFN pretende, com a sua actividade, mudar as mentalidades e as políticas relativamente à família e transformar o actual cenário que se não for alterado conduz à insustentabilidade económica e social. A APFN acredita na família como a solução do futuro e enquanto resposta histórica em todos os momentos de crise. O lema da APFN é apostar na família é construir o Futuro.


Para mais informações, por favor contacte:
APFN
Ana Cid Gonçalves T 919 259 666



secretaria-geral@apfn.com.pt
Ana Mira T 916 079 548



comunicacao@apfn.com.pt

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O DIU também é abortivo

É inadmissível a afirmação de que o DIU não é abortivo, quando as próprias revistas especializadas e até a Organização Mundial da Saúde em seus informes ao respeito, assim o reconhecem explicitamente. Tanto é assim, que enquanto o aborto foi ilegal nos Estados Unidos também estava proibida sua comercialização e implantação

Por suas características anatômicas, advertem que o DIU não é um dispositivo de barreira, quer dizer, não impede a livre circulação dos espermatozóides até encontrar-se com o óvulo. Sua função, na realidade, é, como agente exógeno ao organismo feminino, produzir irritação e inflamação nas paredes internas do útero (endométrio), o que lhe torna propenso a contrair uma série de infecções muito delicadas e que impossibilitam que o óvulo fecundado pelo espermatozóide (ovo) possa nidar-se ou implantar-se nessa parede. Isto leva ao desprendimento e que provoque um sangramento intermenstrual no qual é expulso. Ou seja, ocorre um aborto

permitimos remeter a um artigo de atualização científica publicado na "Revista da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nacional de Cuyo, República Argentina. 1.989 VOL. XI Nro. 1"

Neste artigo, intitulado "Dispositivo intrauterino e gravide", encontramos afirmações e sentenças como as seguintes:

. "Se uma portadora de DIU fica grávida, esta situação pode ser complicada, além da posição que possa adotar o casal sobre o futuro da gestação. É muito provável que a gravidez termine em um aborto espontâneo no primeiro ou segundo trimestre... ...Se o DIU não for retirado, aproximadamente 50 % das gestações ortotópicas abortam espontaneamente... Ou seja que esta situação representa de 3 a 5 vezes mais que a taxa de abortos espontâneos em usuárias de outros métodos. Alguns estudos evidenciam que mais da metade de tais abortos ocorrem no 2o trimestre. Em 1.984 nos Estados Unidos foi publicado um trabalho sobre 539 mulheres com DIU, que tinham 26 vezes mais probabilidades de ter um aborto espontâneo séptico no 2o trimestre em relação a mulheres grávidas sem DIU. Evidentemente que as complicações infecciosas no 2o trimestre são mais graves que as de aborto espontâneo precoce" (pág. 35).

E continua: "Outro dos problemas que podem ocorrer é o das anomalias congênitas que costumam se apresentar em gestações das portadoras de DIU... Mishell estudou os tecidos expulsos de mulheres que abortaram espontaneamente e eram portadoras de DIU. Em sua estatística, 21 de 110 apresentaram anomalias embrionárias" (pág. 36).

Depois acrescenta: "Se recordamos a ação do DIU, pode-se dizer que este diminui a nidação uterina em 99,5 % e na trompa em 95 %. Portanto, se ocorre uma gravidez com DIU, há maior possibilidade que seja ectópica" (pág. 36).

E remata afirmando: "Há poucos anos chamou a atenção o aumento de E.I.P (doenças de inflamação pélvica) devido às doenças sexualmente transmissíveis e foi sugerido que se produz com maior freqüência em quase 50 % das portadoras de DIU. O teste epidemiológico desta hipótese vem dos estudos que mostram um aumento das taxas com uma maior duração de uso do DIU" (pág. 37).

Termina o artigo: "Por último, duas palavras sobe a recuperação da fertilidade daquelas que abandonam o uso do DIU. A recuperação não depende do tipo de DIU nem do tempo de uso, mas da gravidade do dano que estes causam" (pág. 37).

Assina o artigo o próprio Dr Héctor Osvaldo Lotfi, então, Professor titular de Clínica Ginecológica da Faculdade de Cs. Médicas da U.N.C.- Mendoza - Argentina..

José Murri.

Fonte: Revista Arbil

Dia da Criança







Já sabemos que neste DIA 1 de JUNHO todos falarão das Crianças!



Em vésperas de eleições, será certamente arma política para alguns, que não deixarão de as beijar e festejar em público para aparecerem nas televisões e ficarem bem nas imagens! Ouviremos as habituais promessas vãs de bem-estar e protecção, palavras vazias de circunstância e veremos balões e presentes a serem distribuidos, a troco do sorriso fácil das crianças. Nos recreios das escolas, como sempre, ecoarão os risos de meninos e os mais bonitos e espertos serão filmados nas suas brincadeiras, ou em sábios discursos, quando mais crescidos.

Mas para outros, porventura não-políticos, será também dia de manifestar dor e indignação, pois não podem calar a verdade real do aborto, perante uma sociedade cega, manipulada, enganada e guiada por cegos, que só vêem e compreendem o que querem ver e compreender...e nada querem ouvir.



Disse o Poeta que “ o melhor do mundo são as crianças”, dizem as mulheres que não conseguem ter filhos “ eu dava tudo para ter um filho”, e “Conseguimos! vamos ser Pais, que maravilha!” dizem os casais à 1ª análise e à 1ª eco das 6-13 semanas...quando finalmente conseguem a gravidez tão desejada...



Simultaneamente porém, assistimos a realidades bem diferentes:

- Mais de 19,6 milhões de euros já foram gastos pelo Estado português a pagar abortos, usados como anti-conceptivos desde a sua despenalização...

- mais de 15.000 crianças abandonadas, ou retiradas a famílias problemáticas, estão neste momento institucionalizadas, mas gostariam de ter uma família e não têm, nem vão ter, na sua maioria...

- mais de 65% de casais divorciam-se anualmente, nestes últimos anos de que há notícia, deixando atrás de si, um rasto de sofrimento e traumas entre os filhos...

- foram-nos prometidos 150.000 novos postos de trabalho ainda não há muito tempo, e acabamos de mão estendida à Europa e América, com mais de 750.000 desempregados, quantos deles pais e mães de família a passarem muito mal neste momento...



Por isso neste Dia da Criança, a APFN convida-vos a todos, com ou sem família numerosa, a verem o seu novo video e a reflectirem!



É hora de inverter estas situações!



Cada um de nós pode fazer alguma coisa no seu pequeno metro quadrado de acção! Podemos ajudar os nossos filhos a serem mais felizes.



Comecemos pelo namoro e pelo diálogo em casal.



Preparemo-nos para resistir às dificuldades em casal. Não nos separemos aos primeiros desacordos e dificuldades. Aprendamos a comunicar. Sejamos solidários. Amemos melhor os nossos filhos! Merecem-no!



Famílias mais felizes transformarão uma sociedade cinzenta e triste numa sociedade mais alegre e mais saudável!



Apostar na Família é construir o Futuro!


Lisboa, 1 de Junho de 2011



APFN - Associação Portuguesa de Famílias Numerosas

Rua José Calheiros, 15

1400-229 Lisboa

Tel: 217 552 603 - 919 259 666 - 917 219 197

Fax: 217 552 604