terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

"Incentivos à natalidade" - Ignorância, autismo ou farsa?

Com a publicidade a que o Governo tem habituado os portugueses, anunciou hoje mais um "espectacular" "incentivo à natalidade": a criação de uma conta poupança-futuro (nome bonito) de 200 EUR por cada bebé que nasça, a ser levantado quando atingir os 18 anos..., uma medida que qualquer pessoa vê que está, enquanto tal, destinada ao insucesso, como tem acontecido com todos os vários "incentivos à natalidade" que tem posto em prática nos últimos anos. Teve ainda o cuidado de referir que se trata de uma medida adoptada em Inglaterra há cinco anos... sem esclarecer se esta medida foi tomada para aumentar a natalidade (e com que resultados) ou os resultados dos bancos...


A APFN recorda que, em Maio do ano passado, entregou ao Governo o estudo "Número de filhos desejados", assim como a todos os grupos parlamentares, tendo feito nova entrega aquando da visita que fez a todos os grupos nos últimos dois meses.
Entregou, ainda, 10 medidas a serem postas em prática, algumas das quais não oneram, em nada, o Orçamento do Estado, razão pela qual não percebe porque não estão lá previstas (http://www.apfn.com.pt/Noticias/Jul2009/Desafios%20para%202009.pdf).
A simples referência a "incentivos à natalidade" demonstra uma grande ignorância da parte de quem o faz, uma vez que, de acordo com o estudo "Número desejado de filhos" (http://www.apfn.com.pt/Relatorio_APFN_Numero_de_filhos.pdf), as mulheres portuguesas em idade fértil desejam ter muito mais filhos do que conseguem ter, pelo que não necessitam de ser "incentivadas". Apenas necessitam que as deixem ter, acabando com a feroz política anti-natalista de que são alvo, e que tem vindo a agravar-se seriamente nos últimos anos.
A APFN solicita que o Governo informe:


- Em que estudos se baseou para admitir que esta medida tenha algum efeito positivo na natalidade?


- De acordo com os seus cálculos, em quanto é que esta medida vai aumentar a natalidade, sabendo-se que deverá ser aumentada em 60% (ou seja, 60.000 nascimentos por ano)?


- Perante o exposto, a APFN pergunta: este comportamento do Governo é resultado de ignorância, autismo ou não passa de uma farsa, para disfarçar a sua forte política anti-natalista? Ou, pior ainda, uma explosiva mistura dos três?




Comunicado da APFN.

2 comentários:

Rosalino disse...

A este nosso Governo não podemos dar crédito nas noticias que avança.
Muito menos no campo da natalidade.

Pois o eu maior interesse é abdicar de criar incentivos, infraestruturas e qualidade de vida ás famílias. E incentivar os abortos e liberalizar casamentos que lhe possam dar votos.

É um governo virado para o movimentos libertinos em desprimor do carácter humano e humanista da Família.

Logo todas as noticias e incentivos que "mandam" sair nas noticias, não passam de floreados para atirar areia aos olhos dos portugueses.

Se querem saber como ter um aumento de natalidade e condições familiares para as crianças nascerem em sem os Pais terem receios.
Basta olharem para o sistema social da Alemanha, França, Bélgica e Holanda.

Mas claro que não vão fazer isso.

Antes os processos fáceis de libertinagem, que o sentido responsável da Família.
Este é o lema do actual DesGoverno

Rosalino

MRC disse...

Rosalino
Tem toda a razão.
Mas eu já começo a pensar como alguns mais pessimistas: Temos que deixar que tudo isto caía no mais fundo possível.
Só quando o país estiver em colapso financeiro e haja revolta social é que acordaremos desta letargia em que nos meterem
Abraço