sábado, 27 de fevereiro de 2010

Crianças são demasiado expostas a mensagens sexualizadas com consequências negativas


As imagens hipersexualizadas estão por todo o lado e as crianças estão expostas a elas cada vez mais cedo, com os pais a terem cada vez menos oportunidade de controlar o que os seus filhos vêem, afirmou ontem um relatório britânico, defendendo o controlo dos meios de comunicação

O documento, citado nos media britânicos, diz que o controlo é fundamental para evitar esta sobreexposição que, assegura, tem efeitos na aceitação das mulheres como submissas e dos homens como dominadores: estereótipos que, diz o documento citado pela BBC, contribuem para a atmosfera de pressão que leva cada vez mais jovens a pôr fotografias em que estão nuas ou em topless nos sites de redes sociais.


O relatório faz parte da estratégia do Governo de Gordon Brown na luta contra a violência contra as mulheres e conclui que a exposição aos conteúdos mais sexualizados tem uma ligação com o aumento deste tipo de agressões.


O documento foi divulgado depois de, na semana passada, os conservadores de David Cameron terem anunciado uma iniciativa contra a sexualização de crianças, penalizando empresas culpadas de "práticas de marketing irresponsáveis" dirigidas aos mais jovens para evitar que estes sejam "bombardeados" por conteúdos mais sexualizados, lembra a agência Reuters.


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No inquérito, feito para um programa de televisão do Channel Four, as crianças tinham de escolher que tipo de corpo queriam ter a partir de várias imagens delas próprias, alteradas digitalmente: metade escolheu a imagem mais magra de todas, três tamanhos abaixo do seu. Muitas explicaram que seriam mais populares se fossem mais magras, relatou o diário The Telegraph.Esta preocupação dos pais é partilhada pelo Governo, assegurou Johnson, adiantando que o Governo está empenhado em adoptar algumas medidas sugerias pelo relatório, da autoria da psicóloga Linda Papadopoulos, da London Metropolitan University.A psicóloga defende que os telemóveis, através dos quais os adolescentes têm cada vez mais acesso a conteúdos pornográficos, sejam vendidos com controlos parentais activados e que vídeos de música "sexualizados" sejam proibidos antes das nove da noite.Mais dirigido à questão da imagem corporal das raparigas, é proposto que fornecedores de acesso à Internet possam bloquear sites pró-anorexia ou pró-bulimia, e que seja criada uma escala aplicada em fotografias alteradas digitalmente para mostrar até que ponto foram modificadas.
Fonte: Público

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