segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Os gays querem adoptar?! Não há riscos para as crianças?...

Junto enviamos um estudo que faz uma revisão da literatura publicada entre (1960 e 2005) com 25 estudos científicos, incluindo um total de 214.344 heterossexuais e 11.971 não heterossexuais (homossexuais e bissexuais) e que comprova que os homossexuais (e bissexuais) apresentam um maior risco comparativamente aos heterossexuais de:

1) Sofrerem de doença mental

2) Terem ideação suicida

3) Abusarem de substâncias (álcool e drogas)

4) Apresenterem comportamentos de auto-muitilação

A comunicação social NÂO passa isto. É, portanto, uma falácia que os homossexuais tenham as mesmas condições para adoptar crianças comparativamente aos heterossexuais.

Há muita gente a passar esta mensagem FALSA na comunicação social.

Não se deixe confundir...

Não há meias verdades.



BMC Psychiatry. 2008 Aug 18;8:70.

A systematic review of mental disorder, suicide, and deliberate self harm in lesbian, gay and bisexual people.
King M, Semlyen J, Tai SS, Killaspy H, Osborn D, Popelyuk D, Nazareth I.

Department of Mental Health Sciences, Royal Free and University College Medical School, Hampstead Campus, University College London, London, NW3 2PF, UK. m.king@medsch.ucl.ac.uk

BACKGROUND: Lesbian, gay and bisexual (LGB) people may be at higher risk of mental disorders than heterosexual people. METHOD: We conducted a systematic review and meta-analysis of the prevalence of mental disorder, substance misuse, suicide, suicidal ideation and deliberate self harm in LGB people. We searched Medline, Embase, PsycInfo, Cinahl, the Cochrane Library Database, the Web of Knowledge, the Applied Social Sciences Index and Abstracts, the International Bibliography of the Social Sciences, Sociological Abstracts, the Campbell Collaboration and grey literature databases for articles published January 1966 to April 2005. We also used Google and Google Scholar and contacted authors where necessary. We searched all terms related to homosexual, lesbian and bisexual people and all terms related to mental disorders, suicide, and deliberate self harm. We included papers on population based studies which contained concurrent heterosexual comparison groups and valid definition of sexual orientation and mental health outcomes. RESULTS: Of 13706 papers identified, 476 were initially selected and 28 (25 studies) met inclusion criteria. Only one study met all our four quality criteria and seven met three of these criteria. Data was extracted on 214,344 heterosexual and 11,971 non heterosexual people. Meta-analyses revealed a two fold excess in suicide attempts in lesbian, gay and bisexual people [pooled risk ratio for lifetime risk 2.47 (CI 1.87, 3.28)]. The risk for depression and anxiety disorders (over a period of 12 months or a lifetime) on meta-analyses were at least 1.5 times higher in lesbian, gay and bisexual people (RR range 1.54-2.58) and alcohol and other substance dependence over 12 months was also 1.5 times higher (RR range 1.51-4.00). Results were similar in both sexes but meta analyses revealed that lesbian and bisexual women were particularly at risk of substance dependence (alcohol 12 months: RR 4.00, CI 2.85, 5.61; drug dependence: RR 3.50, CI 1.87, 6.53; any substance use disorder RR 3.42, CI 1.97-5.92), while lifetime prevalence of suicide attempt was especially high in gay and bisexual men (RR 4.28, CI 2.32, 7.88). CONCLUSION: LGB people are at higher risk of mental disorder, suicidal ideation, substance misuse, and deliberate self harm than heterosexual people.

15 comentários:

Anónimo disse...

O que significa que se houver um estudo que mostre que os homens têm mais tendência para a agressão que as mulheres, apenas os casais de lésbicas devem adoptar, não é?
Ou vamos ser sérios, e deixar essas decisões para quem percebe do assunto: as pessoas no terreno, que avaliam caso a caso os candidatos, em vez de os porem em caixinhas à partida?

André

Paula Sousa disse...

Obrigado: tomei conhecimento do estudo e parece-me ser sério.
Nem outra coisa seria de esperar! Toda a gente precisa de um pai e de uma mãe para se desenvolver. Tudo o que seja negar essa evidência é no mínimo desonesto.

Paula Sousa

Anónimo disse...

paula sousa: então explique-me lá onde é que eu entro nessa história? diga-me lá onde entra a questão de mães solteiras?
parece-me que a minha se deu muito bem e que aliás, eu própria me desenvolvi muito bem.
ou será que fiquei sem um bocado só por não ter o papá presente? POUPE-ME.
já não basta misturar assuntos, ainda vem para aqui dizer disparates...

sm

Anónimo disse...

estes estudos são vergonhosos e ainda mais é quem os publica e difunde, dando ideias erradas à população e fundamentando o ódio, ostracização e homofobia.
este blog é um atentado à liberdade individual das pessoas.

MRC disse...

Caros anónimos,

Penso que há estudos mais do que suficientes e cito apenas o mais conhecido, a nível nacional, sobre a importância da família biparental, isto é, onde há 1 pai e 1 mãe.

Vejam-se estes 3 links a propósito do mesmo estudo http://familia.aaldeia.net/estudos-em-criancas-oriundas-de-familias-monoparentais-e-biparentais/

http://www.ucp.pt/site/resources/documents/IEP/Centro%20de%20Investigacao/Artigo%20EGamboa.pdf

http://www.forumdafamilia.com/forum/apresentacoes/CastelloBranco.pdf

Eu próprio, desde os meus 10 anos vivi e fui educado apenas pela minha mãe.
Apesar de considerar que tive uma boa educação, não posso deixar de registar também as dificuldades que a minha mãe teve de enfrentar e as lacunhas que a ausência de um pai, quer se queira, quer não, tem sp na vida de um filho.

Assim sendo, o bom senso dirá que o critério deverá ser sp o da entrega da criança a um casal heterossexual que dê garantias de estabilidade. E se tal não for possível, só em último caso, é que deverá ser entregue a uma pessoa singular ou se tal não for possível (no futuro, esperemos que muito longínquo) a um casal de pessoas do mesmo sexo.

MRC disse...

"lacunas" digo. Apesar de eu também ser "Cunha" :O)

Paula Sousa disse...

Cara sm,

Se ler atentamente o meu comentário conclui que em momento algum é desvalorizado o esforço que algumas pessoas, sós e sem quaisquer apoios, são obrigadas a despender para educar os filhos.
Pelo que conta, a sua situação é um caso de sucesso … mérito da sua mãe, seu …
O que tem que reconhecer é que nem sempre é assim! Todos nós concordamos que o ideal é que exista um pai e uma mãe (PRESENTES, AMBOS).
Não é pelo facto de muitos casais serem constituídos por um pai ou mãe que era melhor que não o fosse (de tão maus que são), que fica provado que deve existir casamento entre homossexuais: não deve!
Se me permite, encontrei neste blog o seguinte livro que talvez esclareça as suas dúvidas:

http://algarvepelavida.blogspot.com/2010/01/fnac-censura-livro-contra-casamento.html


BOA LEITURA!

Paula Sousa

Anónimo disse...

O debate, nestes últimos dias, tem sido em torno do casamento gay. Parece que afinal não é só isso que está em jogo. Afinal, a luta é mesmo pela adopção por gays (ou outras formas de terem crianças a seu cargo). Qual é, afinal, a verdadeira intenção? Só casamento ou algo muito além disso? Se a intenção é muito mais do que aprovar o casamento gay, convém que os partidos, entre outros, que defendem este casamento sejam muitos claros no que querem mesmo.

Anónimo disse...

Quem lê este post até parece que um homossexual é um E.T.

Tenham juizinho...

Anónimo disse...

Na sociedade homofóbica em que vivemos, certamente a maior parte dos homosexuais não tem condições para adoptar crianças. Se os homosexuais são pessoas normais, dificilmente ficam indiferentes ao ambiente de completo desrespeito pela sua sexualidade em que são educados e forçados a viver. Daí maior risco de depressão.

Mas isto são estatísticas, que nada dizem acerca de um casal gay em particular. Como o André disse, se vamos por estatísticas proibam-se os pais homens.

Ninguém tem o direito a exigir que se lhe entregue uma criança para adopção. Todos devem ter o direito a ser candidatos a adopção e passar pelos processos rigorosos de avaliação.

Quanto a estudos, podem encontrar aqui bibliografia científica. Os casais homosexuais não são piores pais. http://www.parentingacademy.org/UploadedFiles/Evaluating__evidence_lesbian_parents.pdf

E se se interessam por direitos de crianças e adolescentes, estudem os casos de suicídio de jovens gays completamente humilhados no seio das tais famílias pseudo-ideais.

Carlos

Júlio disse...

Factos são factos. Aquilo, não que este estudo diz (pois trata-se de uma meta-análise), mas o que dizem 25 estudos publicados é que ser homossexual é um factor de risco para várias doenças mentais (note-se que não estou a dizer que é ser doente mental). Portanto, não se pode dizer que é igual porque não é!

A ciência só é evocada quando convém à causa, mas sobre esta matéria tem sido mal evocada.

José Maria C. S. André disse...

Parabéns à autora do «post», a Psicóloga Clínica Alexandra Chumbo. Conheço a qualidade técnica e o empenho com que a Dra. Alexandra Chumbo ajuda os que precisam dos seus serviços e provavelmente muitos outros leitores também a conhecem como Psicóloga.

Para os que leram o «post» e não tinham ouvido falar dela, aqui fica a chamada de atenção: vale a pena ler com atenção, porque ela fala do que sabe.

Anónimo disse...

cara Paula Sousa:
teremos que concordar em discordar.

caro MRC:
"família biparental, isto é, onde há 1 pai e 1 mãe"? desde quando? não lhe ensinaram que bi vem de 2, e não de dois de sexo diferente?
uma familia biparental pode ser de dois homens ou duas mulheres, ou estou enganada?
esse seu "isto é" demonstra a sua falta de cuidado ao escrever...

sm

MRC disse...

Caro anónima sm

Vejo que tão pouco verificou o link do texto da Prof. Eugénia Gambôa

http://www.ucp.pt/site/resources/documents/IEP/Centro%20de%20Investigacao/Artigo%20EGamboa.pdf

que, por várias vezes, se refere a "famílias biparentais casadas".
Como o texto já tem algum tempo e o casamento homossexual civil ainda não foi promulgado em DR, é fácil concluir que o estudo em causa se refere a famílias biparentais heterossexuais casadas

Também há inúmeros estudos que comprovam as vantagens da presença complementar e biologica e psicologicamente diferenciada de um "pai" e uma "mãe" numa educação mais saudável dos filhos.
Aliás, nem deveriam ser necessários quaisquer estudos de tão óbvio que é, mas como, hoje em dia, até se questiona o que é óbvio...

Paula Sousa disse...

Cara sm,
Não percebo qual o ponto que evoca como discórdia. Provavelmente vários, dir-me-á.
De qualquer forma permita-me questionar-lhe se: Discorda que o mérito do seu caso se deve à sua mãe e a si?
Permita-me questioná-la se: Considera que se tivesse um PAI (presente) a sua situação seria forçosamente pior?
Por último permita-me a pergunta: Será que a sua posição face a esta matéria se deve à posição do líder do partido em que votou?
Desculpe a provocação!

Paula Sousa