quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Carta entregue ao prof Daniel Sampaio

Educação Sexual: as 10 perguntas (ainda) sem resposta

No passado dia 19/01/2010 a propósito do lançamento, na Biblioteca Municipal, Camilo Castelo Branco, em Vila Nova de Famalicão, do livro “Jovens com Saúde – Diálogo com uma Geração”, de Daniel Sampaio e Margarida Gaspar de Matos que são dos principais responsáveis pela definição do actual modelo compulsivo de educação sexual na escola foi-lhes entregue pela Plataforma Resistência Nacional um documento contendo as seguintes questões:

1. quais os pressupostos teóricos que permitem pensar que o modelo vai resultar;
2. onde foi o modelo submetido a "experiência", ou pelo menos a uma "quasi-experiência", com população de estudo e de controle estatisticamente equivalentes;
3. quem foram as personalidades independentes e de reconhecido mérito que levaram a cabo essa experiência;
4. qual a amostra estatisticamente representativa da população escolar portuguesa que foi estudada;
5. consequentemente, onde foi verificado que os bons resultados previstos no modelo foram de maneira tecnicamente significativa constatados na prática;
6. em que revista com referee e indexada no ISI (as únicas relevantes para a FCT) foram publicados os resultados dessa avaliação;
7. qual o follow-up da experiência;
8. em que países foi um modelo semelhante aplicado;
9. em que países um modelo semelhante foi associado à diminuição da gravidez adolescente e das Infecções de Transmissão Sexual;
qual o efeito previsível da distribuição de contraceptivos hormonais ao nível da saúde física (cancro, antes de mais) e mental das alunas, ao nível relacional e ao nível da feminização da pobreza (no sentido de G. Ackerloff o Nobel da Economia que estudou o efeito dos contraceptivos na sociedade).
Até termos respostas claras e objectivas a estas questões, não há razões para considerar que o modelo legal de educação sexual se funde num trabalho científico metódico e sério.
Na falta dessas respostas, apenas haveria razões para pressentir que é um modelo exigido pelo “achismo” de pessoas cuja falta de qualificação em educação sexual era, aliás, já de todos conhecida.

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