quinta-feira, 3 de setembro de 2009

OCDE diz que Portugal investe pouco nas crianças

Portugal não aparece bem posicionado no relatório da Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económicos (OCDE) sobre crianças, mas tem desenvolvido «políticas públicas que vão de encontro a todas as recomendações» feitas agora pela organização, defendeu hoje fonte governamental.

As conclusões do relatório Doing Better for Children, divulgado terça-feira pela OCDE, coloca Portugal entre os países desenvolvidos que menos investem nas crianças: surge em 19º lugar numa lista de 26 países.

No entanto, os resultados agora apresentados são baseados no cruzamento de um conjunto alargado de indicadores já desactualizados, sublinhou a secretária de Estado da Reabilitação, em declarações à agência Lusa.

Idália Moniz frisou que «o impacto das políticas e todo o trabalho que tem sido desenvolvido» pelo actual Governo «não está ainda reflectido no documento, uma vez que este se baseia em dados que vão desde 2003 a 2007».

No estudo pode ler-se que, em 2003, os países da OCDE gastavam, em média, cerca de 88.667 euros por cada criança com menos de 18 anos. Portugal, que investiu cerca de 61.786 euros, surge ao lado de Espanha, Nova Zelândia, Hungria e Japão.
Ao analisar o relatório, Idália Moniz entende que a atenção deve focar-se essencialmente no conjunto de recomendações feitas pela OCDE. E, nesse campo, defende, «Portugal está a desenvolver políticas públicas que vão ao encontro de todas as recomendações».

«Investir nos primeiros anos de vida» é a primeira medida sugerida e a secretária de Estado recorda a criação de mais de 200 creches que vão criar 13 mil novos lugares para os mais pequenos.

O aumento do abono de família e a criação dos subsídios pré-natal e social de maternidade são outras das medidas do actual Executivo cujos resultados ainda não estão reflectidos no documento divulgado esta terça-feira, lembra.
«Não se reflecte aqui o incremento na melhoria da educação com as actividades extracurriculares, como o inglês, a música, a educação física ou o estudo acompanhado», acrescenta ainda Idália Moniz, lembrando também as isenções fiscais para quem tem filhos dependentes e a aposta na formação parental.

Fonte: DD

Sem comentários: