quarta-feira, 10 de junho de 2009

Campanhas para prevenir gravidez são insuficientes


As plataformas anti-aborto e a Associação para o Planeamento da Família (APF) denunciam a falta campanhas sobre métodos contraceptivos, cujo consumo dispara nos meses de Verão. Os movimentos Pró-Vida vão mesmo mais longe e acusam o Governo de não cumprir a lei do aborto, nem as promessas feitas durante a aprovação. Dizem que falta acompanhamento médico no planeamento familiar e a apresentação de alternativas às mulheres que querem interromper uma gravidez.
Mas, pelo menos durante os meses quentes, época do ano em que mais se vendem preservativos e pílulas do dia seguinte, a Comissão de Luta Contra a Sida vai ter uma campanha de sensibilização para o uso do preservativo.Já a Direcção-geral da Saúde (DGS) tem iniciativas que se estendem ao longo do ano e não com carácter sazonal, segundo indicou fonte do Ministério da Saúde.
As falhas nesta estratégia são apontadas por Isilda Pegado, presidente da Federação Portuguesa pela Vida, e por Luís Botelho Ribeiro do Movimento Portugal Pró-Vida. Este último esteve ontem no Parlamento para discutir a petição que pede a suspensão da actual lei da interrupção da gravidez (IVG), mas não acredita que a questão se resolva nesta legislatura.
O dirigente do Movimento Portugal Pró-Vida critica: "Ninguém é contra o aborto e ninguém o quer travar". Prova disso, diz, é "o aumento de cerca de 4000 abortos por ano e a falta de limitações ao número máximo permitido".
Também Isilda Pegado considera que "todo o planeamento está a falhar, não há campanhas de prevenção e nos hospitais chega-se a esperar sete meses por uma consulta de planeamento familiar".

A dirigente acrescenta que "o que é relevante é que o Serviço Nacional de Saúde apenas se preocupa em permitir o aborto e não em preveni-lo".
Apesar de considerar que "as campanhas são uma treta", Luís Botelho Ribeiro não esconde preocupação face ao aumento do número de IVG durante as férias e nos meses seguintes. Em Setembro do ano passado, por exemplo, registou-se um aumento de 152 abortos em relação ao mês anterior.


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