sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Filme sobre jovem que aceitou o sofrimento

Um dos grandes destaques da actualidade é o filme vencedor da 23ª edição dos Prémios Goya do cinema espanhol, intitulado de "Camino". Este filme mostra em versão de terror a vida , agonia e morte de uma jovem nossa contemporanêa, chamada Alexia González-Barros e como dizem os insentatos: "a maneira como a Opus Dei manipula a sua doença." A verdade desta jovem que nasceu em Madrid, no dia 7 de Março de 1971, no seio de uma família pertencente à Opus Dei. Frequentou o colégio "Jesús Maestro", da Companhia de Santa Teresa de Jesus. No dia 4 de Fevereiro de 1985, quando fez 14 anos, é-lhe diagnosticado um tumor na coluna vertrebal que em pouco tempo a deixou paralitica. Sofreu quatro grandes operações e uma interrupta cadeia de dolorosos tratamentos nos meses seguintes. Morreu no mesmo ano, a 5 de Dezenbro, em Pamplona, respondendo "sim" à vontade de Deus, como sempre dizia: "Senhor, eu quero sempre o que Tu queres!" A causa de beatificação de Alexia foi introduzida em Madrid no dia 14 de Abril de 1993 e fechada solenemente no dia 1 de Junho de 1994. A fase em Roma começou a 30 de Junho do mesmo ano. O Decreto de "Validez" foi assinado pela Sagrada Congregação para as Causas dos Santos no dia 11 de Novembro de 1994.
O filme "Camino", estreou no dia 17 de Outubro de 2008, por Javier Fesser, e a familia de Alexia já afirmou num comunicado que "nunca houve relação, nem existe colaboração ou participação de nenhum familiar com o director, guionista, produtor ou qualquer outra pessoa responsavel desta ficção".
O realizador disse que a sua história era uma “procura da verdade” e que, durante o seu curso, deu de caras com “dezenas de testemunhos de gente maravilhosa presa injustamente numa instituição chamada Opus Dei" e o actor Jordi Dauder afirmou que:
“é um filme contra o obscurantismo, a dor e os fundamentalismos neste país”. Isto levou-me a fazer uma pequena reflexão, sobre esta jovem que verdadeiramente amou a Cristo e que descobriu a sua vocação: "completo na minha carne o que falta à Paixão de Cristo!" Todas as operações que suportou eram marcadas por um constante sorriso que "queimava" os olhos daqueles para quem, como o realizador deste filme, o sofrimento deve ser considerado de forma abominável, principalmente se é tido numa prespectiva cristã. Ouvi um jornalista a apresentar o filme dizendo: "Vejacomo é que o fundamentalismo dos pais e a locura de uma instituição religiosa podem destruir a vida de uma criança!" Mas em que mundo vivemos? Acaso o sofrimento já não faz parte da vida? Que luta desenfreada é esta de querer eliminar toda a miníma dor?
Paulo VI dizia em Fátima (1965): "Homens sede homens!", e o verbo sofrer encaixa na nossa natureza de homens! Perguntam: "Que Deus é este, que permite o sofrimento? Se Deus é bom porque sofremos?"
Talvez mais do que esperarmos uma resposta, mais vale olhar para o exemplo d'Aquele que sofreu mais que qualquer um de nós. Cristo ensinanos a misturar no vinagre da dor, o azeite puro do amor. Parece poético... mas é a verdade da Cruz: "Loucura para o mundo e salvação para os que creêm!" O sofrimento sem Deus é natural que não seja suportado, pois Deus ensina a ama-lo. Foi o que esta menina percebeu; ao aparecer-lhe a doença e a dor, tranformou-as com o amor, e tornou-as no meio mais perfeito de santificação. Os médicos quando a deixavam ficavam atónitos, sem perceber de onde vinha tão belo sorriso, no meio de tanta dor.
Que sociedade criamos hoje? Há vida para relações sexuais e não há família para aceitar uma criança... há vida para receber as "heranças" dos mais velhos, mas os seus não os querem junto de si até ao momento final... há vida para se usar ou servir-se dos outros, mas não há esperança de um acordar de quem está em coma. Realidades que nos assustam, principalmente quando vemos este desenvolvimento caótico, uma guerra discreta e silenciosa, que parece não ter fim.
"Abri as portas do vosso coração a Jesus Cristo!", dizia João Paulo II, também ele tocado pela dor como o mundo pôde acompanhar... ele abriu o seu coração ao sofrimento final da sua vida, onde Cristo também se manifestou. Aprender a sofrer não é uma derrota, mas uma "coroa de louros" que esmaga o pensamento sensionalista e fatalista da actualidade! Quem sabe sofrer com Cristo, como é o caso de Alexia, incomoda este mundo hedonista e inaturalista que não vai muito longe. Deus continua a perguntar ao homem: "Onde estás?", embora as forças obscuras não deixem ecoar esta "procura" do Criador. Que os cristãos sejam "Cristo aumentado, Cristo continuado", que reconhecam a sua vocação de abraçar a cruz e de ser sinal de contradição. Exemplos como o desta jovem, ensinam-nos o modo como havemos de realizar em nós o mesmo que o apóstolo: "Para mim viver é Cristo!"

Coloco aqui primeiramente um filme que narra a vida desta serva de Deus e em seguida o terrivel filme que dela fizeram:



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