sábado, 28 de fevereiro de 2009

Aumento da violência nas escolas reflecte crise de autoridade familiar

*A indisciplina nas escolas (vista por F. Savater)*
Especialistas reunidos em Espanha
Especialistas em educação reunidos na cidade espanhola de Valênciadefenderam hoje que o aumento da violência escolar deve-se, em parte, a umacrise de autoridade familiar, pelo facto de os pais renunciarem a impordisciplina aos filhos, remetendo essa responsabilidade para os professores.Os participantes no encontro "Família e Escola: um espaço de convivência",dedicado a analisar a importância da família como agente educativo,consideram que é necessário evitar que todo o peso da autoridade sobre osmenores recaia nas escolas."As crianças não encontram em casa a figura de autoridade", que é umelemento fundamental para o seu crescimento, disse o filósofo FernandoSavater."As famílias não são o que eram antes e hoje o único meio com que muitascrianças contactam é a televisão, que está sempre em casa", sublinhou.Para Savater, os pais continuam "a não querer assumir qualquer autoridade",preferindo que o pouco tempo que passam com os filhos "seja alegre" e semconflitos e empurrando o papel de disciplinador quase exclusivamente para osprofessores.No entanto, e quando os professores tentam exercer esse papel disciplinador,"são os próprios pais e mães que não exerceram essa autoridade sobre osfilhos que tentam exercê-la sobre os professores, confrontando-os", acusa."O abandono da sua responsabilidade retira aos pais a possibilidade deprotestar e exigir depois. Quem não começa por tentar defender a harmonia noseu ambiente, não tem razão para depois se ir queixar", sublinha.Há professores que são "vítimas nas mãos dos alunos".Savater acusa igualmente as famílias de pensarem que "ao pagar umaescola"deixa de ser necessário impor responsabilidade, alertando paraa situação demuitos professores que estão "psicologicamente esgotados" e que setransformam "em autênticas vítimas nas mãos dos alunos".A liberdade, afirma, "exige uma componente de disciplina" que obriga a queos docentes não estejam desamparados e sem apoio, nomeadamente das famíliase da sociedade."A boa educação é cara, mas a má educação é muito mais cara", afirma,recomendando aos pais que transmitam aos seus filhos a importância da escolae a importância que é receber uma educação "uma oportunidade e umprivilégio"."Em algum momento das suas vidas, as crianças vão confrontar-se com adisciplina", frisa Fernando Savater.Em conversa com jornalistas, o filósofo explicou que é essencial perceberque as crianças não são hoje mais violentas ou mais indisciplinadas do queantes; o problema é que "têm menos respeito pela autoridade dos mais velhos"."Deixaram de ver os adultos como fontes de experiência e de ensinamento paraos passarem a ver como uma fonte de incómodo. Isso leva-os à rebeldia",afirmou.Daí que, mais do que reformas dos códigos legislativos ou das normas emvigor, é essencial envolver toda a sociedade, admitindo Savater que "maisvale dar uma palmada, no momento certo" do que permitir as situações quedepois se criam.Como alternativa à palmada, o filósofo recomenda a supressão de privilégiose o alargamento dos deveres.

Preço dos Manuais Escolares aumentam com Acordo Ortográfico?

Leia-se aqui: Acordo ortográfico pode aumentar preços dos manuais - Leya admite aumentar preço dos manuais escolares.

P.S.
Uma das formas de apoiar a família é tornar a Educação completamente gratuita, e isso inclui os manuais...

Obama - 2ª medida promotora de aborto nos EUA

Alguns dos nossos visitantes não gostaram que o nosso blog tivesse colocado alguns posts laudatórios de Sarah Palin e críticos de Obama.

Embora o nosso blog seja apolítico, o que é certo é que contra factos não há argumentos.

Após ter desbloqueado verbas a favor de instituições que promovem o aborto, Obama revoga, agora, uma lei que protegia os médicos e enfermeiros objectores de consciência, impedindo-os de qualquer forma de discriminação profissional.
Quem tem dúvidas sobre as reais intenções de Obama, veja-se, a forma simpática e apologética como se dirige aos activistas da Planned Parenthood (a APF lá do sítio) e confessa o seu programa pró-abortista, caso venha a ser eleito:

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Nova lei que liberalizou o aborto em Portugal está a fomentar a eugenia ?

Se estas consequências se vierem a confirmar, só poderemos concluir que as diferenças entre o nosso Estado e o Estado Nazi começam, cada vez mais, a se esbater.

Pró-gay e pró-vida

Ficamos com a ideia de que todos os activistas pró-gay são igualmente activistas pró-escolha, favoráveis à liberalização do aborto.
Essa ideia, em Portugal, fundamenta-se quer na posição dos 3 principais partidos de esquerda (PS, PCP e Bloco de Esquerda), quer na posição de muitos dos activistas pró-gay que são igualmente grandes entusiastas da liberalização do aborto. Vejam-se, a título de exemplo, os casos de Daniel Oliveira, Fernanda Câncio, Ana Matos Pires, Palmira Silva, Maria João Pires ou Miguel Vale de Almeida, só para citar alguns.
Penso que, de facto, esta situação corresponde à verdade, isto é, a esmagadora maioria dos activistas pró-gay, em Portugal e no mundo, efectivamente são igualmente activistas ou, pelo menos, são partidários da liberalização do aborto e das posições pró-escolha.
No entanto, existem excepções e há uma minoria de pró-gays ou mesmos gays que são também a favor da defesa da Vida desde a concepção e contra o aborto.
Serão eventualmente consideradas "aves raras" pelos restantes, mas existem.
É o caso de Maya Keyes, que é uma promissora e jovem activista norte-americana que defende o apoio social aos gays, o apoio à vida, a liberdade de escolha no ensino e a defesa do ambiente.
Ela própria no seu blog pessoal, auto-intitula-se da seguinte forma "22; cristã; anarquista; estudante em U. Brown, quase; pró-vida; lésbica"

Governo trabalhista inglês quer condicionar pais nas conversas sobre sexo em casa

A ministra inglesa das Crianças, Beverley Hughes, elaborou um panfleto que visa orientar as conversas sobre sexo entre pais e filhos. Trata-se de mais um marco na ingerência do Estado na função educacional das famílias.
O documento exorta os pais a não imprimirem nos filhos a distinção entre o bem e o mal no plano sexual. Os menores deverão formar os seus juízos sem intervenção parental: o contexto social e, sobretudo, o Estado encarregar-se-ão disso. Os pais poderão ter conversas ‘light’ sobre o tema mas nada de quererem transmitir valores e virtudes ou de traçar cenários incómodos face a opções que se sabem erradas.

Ou seja, o Governo trabalhista inglês quer que os pais deixem de o ser – só geram os filhos que, depois, ficam ao ‘Estado dará’.

Carlos Abreu Amorim, professor universitário

Fonte: Daqui (Correio da Manhã)

Divórcio prejudica economia e defesa do ambiente

Defende Senador Australiano, aqui

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Redução do IMI no Parlamento

A APFN congratula-se com a Iniciativa Legislativa (Projecto Lei 670/X) da autoria do Deputado independente José Paulo Areia de Carvalho no sentido de permitir que as autarquias que desejem possam reduzir o IMI em função da dimensão da família.

Trata-se de uma medida da maior justiça que atende ao facto de a dimensão da habitação depender da dimensão da família, sendo manifestamente injusto que uma família com 5 filhos pague o mesmo IMI que uma família com duas pessoas, por exemplo, pela mesma casa.

A APFN espera que esta medida tão simples, e que dá liberdade aos municípios para a praticarem ou não, sem qualquer impacto no Orçamento do Estado, seja rapidamente aprovada.
Isto permitirá que as autarquias possam alargar as medidas de combate ao cada vez mais rigoroso Inverno Demográfico, na linha do que têm vindo a fazer ao abrigo do programa "Autarquias Familiarmente Responsáveis" promovido pela APFN.

A APFN agradece ao Deputado independente José Paulo Areia de Carvalho a feliz iniciativa e espera que os restantes deputados, não só aprovem esta medida por unanimidade, como sigam o seu exemplo a fim de Portugal deixar de ser o país europeu em que as famílias numerosas, única garantia de existência de futuro, sejam precisamente as que apresentam, de longe, a maior incidência de pobreza, o que demonstra bem a forte política anti-natalista que tem vindo a ser praticada.
Fonte: Comunicado da APFN

"Inverno demográfico" no Parlamento Europeu


Numa iniciativa conjunta do Grupo do Partido Popular Europeu (Democratas-Cristãos) e dos Democratas Europeus e da ELFAC - European Large Families Confederation, a que pertence a APFN, vai realizar-se no próximo dia 4 de Março, entre as 15:00 e as 18:00, na sala 6Q2 do Parlamento Europeu, em Bruxelas, a conferência "Inverno Demográfico e o futuro da Europa", em que vai ser apresentado o documentário "Demographic Winter - the decline of the human family".

A sessão será presidida pela Dra. Marie P. Cassiotou, presidente do Intergrupo da Família e Protecção da Criança, e contará com a participação de especialistas sobre esta importante temática.

Recorda-se que este documentário foi estreado em Portugal no seminário promovido pela APFN no passado dia 7 de Setembro na Assembleia da República, tendo cópias sido distribuídas ao Governo, Partidos Políticos com assento na Assembleia da República e todos os grupos parlamentares, pelo que não têm qualquer desculpa de continuarem a ignorar as causas e as graves consequências do que começamos a sentir...

A APFN tem vindo a promover várias sessões de apresentação e discussão deste documentário, que poderá ser adquirido directamente ao produtor em http://www,invernodemografico.org/ ou através da APFN, pelo custo de 15 EUR (mais 0.70 EUR de portes).

A ELFAC espera que, através desta sessão, o Parlamento Europeu tome maior consciência da gravidade do problema, provocado por mais de dois milhões de nascimentos a menos por ano na EU-27, e seja mais incisivo junto dos países, como Portugal, que tardam em tomar medidas, a sério, no combate à baixíssima taxa de natalidade motivado por continuar a ter políticas dirigidas contra os casais com filhos, tanto mais gravosas quanto maior o seu número.

Recorde-se que o trailer deste documentário, legendado em português, pode ser visto em http://www.youtube.com/watch?v=VZ3QvIdyQZE. Pode ainda ser visto na totalidade, não legendado, em http://video.google.com/videoplay?docid=-5405261826557501257.

Ao contrário do que acontece com outros filmes ou documentários, trata-se de um documentário com cada vez maior actualidade, à medida que vamos assistindo à adopção de medidas erradas por parte dos diversos governos para fazerem face à actual crise, por não saberem ou não quererem saber quais as suas reais causas (nem consequências).

Fonte: Comunicado da A.P.F.N.

Sobre o recente falecimento do filho com paralesia cerebral do líder da oposição no Reino Unido


In a 2007 speech, Mr. Cameron spoke of his pride in the boy. “He is a magical child with a magical smile that can make me feel like the happiest father in the world,” he said. “We adore him in ways that you will never love anybody else, because we feel so protective.”




Fonte da Foto: Roger Taylor. Daily Telegraph

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Testemunho Impressionante de Vida: Orchestre Symphonique de Kinshasa

Yes, We Can.

É sem dúvida uma grande lição de vida...

Quando falamos da capital da República Democrática do Congo, o que nos
ocorre?... Pobreza extrema, má nutrição, sobrepovoamento, infra-estruturas num estado
lamentável, desordem?...

Mas eles, ainda assim, são capazes de olhar a vida de outra forma.




(Recebido por correio electrónico.)

Quer abortar? (Com tradução)



Ver o contexto deste filme aqui.

Primeiro "post" aqui.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Natalidade e apoio à Natalidade na Alemanha

Desenvolvimento Sustentável

Satisfazer as necessidades da geração actual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades.
Eu também estou lá! ;)

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Testemunho Impressionante de Vida: Jan Grzebski

Um polonês que permaneceu 19 anos em coma, depois de ter sido atropelado por um trem, surpreendeu os médicos ao retomar a consciência.

De acordo com a imprensa polonesa, Jan Grzebski, hoje com 65 anos, ficou espantado com as mudanças na Polônia e em sua família durante o tempo em que permaneceu em coma.








Notícia daqui.
Imagem daqui.

Ver mais aqui.

Testemunho Impressionante de Vida: Terry Wallis

Tinha 19 anos quando sofreu um grave acidente de viação que o deixou em coma. E Terry Wallis permaneceu nesse estado durante muito tempo. Demasiado tempo para que houvesse esperanças de que voltasse a despertar. Mas, 19 anos depois, Wallis acordou. E após quase duas décadas em estado vegetativo, o paciente tem feito progressos surpreendentes para a comunidade científica.
Notícia daqui.
Imagem daqui.
Ver mais aqui.

Liberdade de escolha na educação, o ensino privado e o Estado


"o custo médio por aluno na rede das escolas do Estado é mais elevado do que o custo médio por aluno nas escolas privadas (...), é mais económico para o Estado pagar o ensino nas escolas privadas do que pagar o ensino nas escolas estatais" (239).

Cfr. Sobre os direitos fundamentais de educação. Crítica ao monopólio estatal da rede escolar (Universidade Católica Editora, 2009), do professor Mário Pinto



Cartoon Network fora !


O conselho de pais cá da casa (leia-se, eu e a minha mulher) deliberou por unanimidade proceder ao bloqueio do canal 42 da Meo TV, intitulado Cartoon Network.

O dito canal destinado a crianças compõe-se, na sua maioria, por desenhos animados completamente histéricos, sem história para além de uma sucessão de cenas em que as personagens aparecem aos gritos e com fortes manifestações de agressividade psicológica e física.

Outros desenhos são compostos por monstros e terror psicológico permanente.

Por exemplo, um dos desenhos animados é a história de um rapaz normal que, quando lhe apetece, carrega num botão de uma bracelete e transforma-se em monstros horríveis com 2 cabeças ou uma língua comprida, etc...

Infelizmente, quer nos desenhos animados, quer em alguma indústria cinematográfica promove-se também uma cultura de morte, com desgraças, destruições, assassinatos, etc.etc.

O lar da família começa a ser o último reduto de defesa, a nossa fortaleza de Helm's Deep.

Aqui não manda o Sócrates, nem o lobby gay, nem as APF's deste mundo fora.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

O Banco do Bébé

Eis o resultado da implantação da Educação Sexual no Reino Unido


Britain has the highest underage pregnancy rate in western Europe, despite channelling substantial resources into sex education for children as young as five





sábado, 21 de fevereiro de 2009

De la Récession à la Religion


La musique se tait, il n’y a plus personne à table maintenant, le salon est en silence, il y a des bouteilles vides un peu partout autour de la piscine. On a trop bu, on a trop mangé, les invités ont dansé toute la nuit. Pour ceux qui en voulaient, il y avait de la drogue et des filles, enfin, des escort girls. Bijoux, glamour, luxe, vêtements-fashion, caviar, champagne, voitures splendides, la villa…superbe ! On a gaspillé de l’argent comme jamais. La fête, la fête sauvage, est désormais finie.


Crise totale. Récession planétaire. Les gens aimeraient bien comprendre comment on y est arrivé, à ce cul-de-sac… Savoir qui sont les coupables de cette sale affaire…Et surtout deviner comment est-ce qu’on en sort de ce trou-là.


Ça suffit de pseudo-plans de sauvetage, au début c’était les banques, ensuite l’automobile, après les banques à nouveau, et à la fin il faudra bien aider tous les secteurs et sauver tout le monde. Mais, petite question…où sont les ressources ? Qui va payer? On en a eu déjà assez de paquets de mesures fantastiques, en France, en Angleterre, en Allemagne, aux USA, en Asie, partout. Puis on a eu encore des tas de sommets de chefs d’État, à Bruxelles, à Paris, aux États-Unis, avec puissances émergentes ou sans elles. Et les chiffres? Étourdissants, saisissants, billions et billions, millions de millions, en dollars, en euros, l’argent SOS jaillit partout, sans limitations... Les sommes croissent en proportion directe de l’impuissance des mesures de politique économique. Et les vœux de coopération, entre États, pour le combat à la crise, se transforment peut à peut en protectionnisme pur et dur, chacun pour soi. Finalement, les personnages de cette tragédie grecque: les super-vilains, comme Madoff ou Stanford, et les sauveteurs, ou candidats à sauveurs du monde, comme Gordon Brown, Sarkozy, Obama, etcetera…


Qui donc a dirigé notre société occidentale, moderne, avancée, pendant les dernières décennies? Ne furent-ils pas ces politiciens habiles, ces chefs d’État clairvoyants, ces magistrats éclairés, ces brillants intellectuels, tous ces gens illuminés qu’on voit à la télé, qu’on choisi à chaque vote, à chaque élection? Qui donc nous a guidé, idéologiquement, pendant tout ce temps? Ne furent-ils pas ces groupes d’intelligents sociologues avant-garde, ces légions de professionnels des média, journalistes et commentateurs, ces générations de leaders d’opinion qu’on a écouté pendant dizaines d’années? Et toute une élite économique et financière un peu productive et très spéculative, entrepreneurs ambitieux, banquiers politiquement correctes. Finalement, nous-mêmes, les gens communs, l’opinion publique, l’électorat, qui a adopté une philosophie de vie commode, facile, égoiste, hédoniste, cherchant toujours le plaisir et le confort. C’était nous qui applaudissait, qui appuyait, qui choisissait les gens d’en-haut. Nous, les citoyens, et eux, la couche dirigeante, ça devait faire fonctionner l’économie, et faire progresser la société. Qu’est-ce qui n’a pas marché, alors? Pourquoi est-ce qu’on a perdu notre « société de l’abondance » ? Pourquoi sommes-nous impuissants contre la crise?


En premier lieu, on a détruit la communauté. On a combattu et on a pourchasser la morale partout. C’est clair, non? Avortement, divorce, prostitution, anarchie sexuelle, diffusion de l’homosexualité et de l’eutanasie, drogue, corruption, criminalité, tout un système sociologiquement correcte mais qui a détruit les jeunes, les parents, la famille, et après la société et l’économie.

En deuxième lieu, on a glorifié les pseudo-élites économiques, politiques et culturelles et on a ridiculiser et écarter la religion, les prêtres, les évêques, le Pape. On a confié le pouvoir à des groupes organisés, aux lobistes qui défendaient ses propres intérêts au lieu de l’octroyer à une élite morale et intemporelle qui nous aurait montré le chemin, au lieu de nous voler!

Troisièmement, on a cherché désespérément des solutions pour boucher les fissures de la vie moderne. De la corruption au chômage, de la natalité à l’immigration. On a trouvé des solutions comme agences de notation financière et régulation bancaire contre les fraudes, aides et subventions pour la natalité, et de même pour l’agriculture, et de plus en plus d’argent publique pour la santé, pour les retraites, pour les plus âgés.

En somme, on a remplacer la famille, le village, la communauté, par l’État, par l’argent, et par les politiciens. Et les principes, l’éthique, l’honnêteté individuelle, par des règles, des lois et des scandales dans les médias. On a remplacé la morale, la sagesse, la religion, par le succès, la richesse, le pouvoir passager.

Bref, maintenant, pour tout recommencer, il faudra redonner le pouvoir à une autre élite, peut-être rapprocher un peu nos mauvaises démocraties des anciennes théocracies… Et l’argent, et les ressources, il faut bien aussi qu’ils changent de mains. C’est ça, d’ailleurs, que les bourses mondiales sont en train de faire tous les jours…

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Educação sexual é distribuir preservativos


A cultura da mediocridade e da bestialidade passam pela simplificação das coisas.


Quando há questões complexas, o melhor é simplificar ao máximo, de maneira a fingir que se resolvem problemas.


Essa simplicidade habitualmente traduz-se não num acto reflexivo ou educativo, mas num acto mecânico:

- Há doentes terminais, idosos que são um peso para as finanças públicas, etc.. MATEM-SE

- Há mulheres que se deixaram engravidar e não têm condições para terem os filhos, MATEM-SE.

- Há, em algumas escolas, alguma percentagem de adolescentes grávidas, DISTRIBUAM-SE PRESERVATIVOS.


É o delírio total:

- Os jovens não gostam de usar preservativo, dizem que "não dá tanta pica"; muitos não o colocam convenientemente; os riscos de saltar a meio do acto sexual é significativo; alguns são de má qualidade, etc. etc. etc., mas nada disso conta, como é simples, é só entregar, dá menos trabalho do que educar, dêem-se preservativos !


O recente projecto da JS, aliás, tem encapotado precisamente esse objectivo, tudo se vai reduzir a um acto mecânico, distribuam-se preservativos e durmamos descansados.


Boa noite !

7 de Abril - Dia do Trabalho Invisível - Nota de imprensa

A ELFAC – Confederação Europeia de Famílias Numerosas, a que pertence a APFN, aderiu ao Dia do Trabalho Invisível, iniciativa da associação canadiana AFEAS, promovida na Europa pela FEFAV.

A APFN convida a esmagadora maioria dos portugueses, beneficiária do Trabalho Invisível, a aderir, dando, assim, um sinal ao Governo e ao Parlamento de que é possível e benéfico copiar-se iniciativas positivas do estrangeiro, sobretudo numa altura em que a crescente crise em que o País tem vindo a mergulhar recomenda fortemente a união de todos, ao contrário do que o Governo e Parlamento estão empenhados. Por esse motivo, convidamos Governo e Parlamento a também aderirem, uma vez que também são beneficiários de Trabalho Invisível.

Dia do Trabalho Invisível
O Trabalho Invisível importa!
Em 2001, a associação canadiana AFEAS - Association Féminine d’Éducation et d’Action Sociale no Canadá criou o Dia do Trabalho Invisível.
A partir desse ano, a iniciativa espalhou-se pelo mundo, sendo celebrado na primeira terça-feira de Abril .

Em 2009, realizar-se-á na terça-feira, 7 de Abril.

O que é o Trabalho Invisível?
O trabalho invisível, não pago, consiste em todo o trabalho feito dentro da família e no trabalho voluntário feito na comunidade, qualquer que seja o status do trabalhador.

Para quê tornar visível o Trabalho Invisível?
O reconhecimento público do valor do Trabalho Invisível melhorará o status daqueles que o fazem, em grande parte mulheres, enquanto mães e prestadoras de cuidados e indispensável carinho, sem se esquecer de todas as formas de trabalho voluntário nas escolas, nos hospitais, nos lares de idosos, nos clubes desportivos, bombeiros, junto dos mais necessitados, grupos de jovens e em várias associações…
Em 2009, é difícil compreender a falta de reconhecimento público e apoio a homens e mulheres cujo contributo à sua família e à comunidade é essencial para o seu desenvolvimento e sustentabilidade.

Como podemos assinalar este dia?
Em 2009, apenas pedimos para colocar uma folha branca de papel na sua janela.
Uma folha branca de papel? Que ideia é essa!?
Uma folha branca de papel, um contrato de não-trabalho, um contrato em branco entre o trabalhador invisível e a sociedade.
Uma folha branca de papel, sem nenhum traço, nenhuma palavra, nenhum status, nenhum horário, nenhumas condições.
Uma folha branca de papel, um vazio legal e social
Uma folha branca de papel, que substitui, sem nenhuma esperança, uma história escrever.
Uma folha branca de papel, sem nada para ler, tudo para imaginar.
Uma folha branca de papel, nada para receber, todo para se entregar, num dom gratuito de si mesmo.

Como se faz, na prática, para aderir ao Dia do Trabalho Invisível?
Coloque uma folha branca de papel (por exemplo, de tamanho A4) nas janelas de casa e nas janelas do automóvel. É fácil e é barato, mas pode ser bem visível se todos quantos trabalham na sombra e os muitos milhões que beneficiam desse trabalho participarem.
Por quem?
Você que está a fazer algum trabalho invisível ou a beneficiar dele.
Como pode esta iniciativa ter algum impacto?
Quantos mais aderirem, maior será a percepção do seu trabalho invisível.

Esta iniciativa só ocorre uma vez um ano.
Motive JÁ os seus amigos, a sua família, e as suas associações.
Coloque também uma folha em branco na janela das instalações das associações.
Espalhe-as tanto quanto possível!
Que mais se deve fazer?
Contacte os seus amigos que são jornalistas e políticos. Reenvie-lhes este comunicado! Convide-os e motive-os a aderirem.
E, no dia 7 de Abril,
Afixe a sua página em branco!
Envie um email em branco apenas com o seguinte assunto: “7 de Abril: Dia Invisível do Trabalho” para a sua lista de contactos!
Vá para a rua e distribua uma folha em branco aos transeuntes!
Para mais informação:
Contactos de Charlier-DES de Anne, Responsável para relações externas, FEFAF - Femmes Actives de Fédération Européenne. Charlierdestouches.anne@skynet.be

FEFAF: http://www.fefaf.be/
AFEAS: www.afeas.qc.ca/que-faisons-nous/dossiers-prioritaires/travail-invisible/
ELFAC : http://www.elfac.org/

Esta nota de imprensa é tradução da nota emitida pela AFEAS e pela FEFAF, e retransmitida pela ELFAC.

Católicos abrem centros na Sibéria para ajudar mães e evitar que abortem


MOSCOU, quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- A associação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) deu a conhecer seu apoio a uma iniciativa do sacerdote Michael Shields, que trabalha na cidade siberiana de Magadan, com o objetivo de abrir centros pró-vida para ajudar mulheres grávidas com dificuldades.
Em um comunicado divulgado nesta quinta-feira pela instituição, destaca-se a boa acolhida que a iniciativa teve entre os próprios médicos estatais, preocupados pela alarmante diminuição da população «provocada pela atual legislação russa a favor do aborto, que retorna aos tempos soviéticos».
A iniciativa será levada a cabo a partir de junho em Magadan e arredores, uma região de triste fama por ter sido sede dos gulags stalinistas. Precisamente, o sacerdote se deu a conhecer há pouco por seu livro Martys of Magadan (Mártires de Magadan), publicado pela AIS.
Em declarações à AIS, o Pe. Shields destaca que a idéia da iniciativa partiu de um dos médicos governamentais que trabalham no Centro de Informação a Mulheres. «Isso é maravilhoso, porque a Rússia realmente está mudando e quer mais nascimentos», afirmou.
«O governo russo sabe que a demografia do país não vai bem, e essa é a razão pela qual os médicos nos pediram que trabalhássemos a favor das mulheres grávidas», explica.
No ano passado, o Pe. Shields abriu uma casa para alojar pais e crianças recém-nascidas com problemas, especialmente mães em período de estudos, a quem as autoridades expulsam das residências escolares quando se constata a gravidez.
Este centro, «Casa da Natividade», teve bastante êxito «graças ao boca-a-boca» entre as próprias mulheres, sublinha o Pe. Shields, que também destaca «o forte apoio à causa pró-vida por parte da Igreja Ortodoxa Russa».
[fonte: ZENIT]

Filme sobre jovem que aceitou o sofrimento

Um dos grandes destaques da actualidade é o filme vencedor da 23ª edição dos Prémios Goya do cinema espanhol, intitulado de "Camino". Este filme mostra em versão de terror a vida , agonia e morte de uma jovem nossa contemporanêa, chamada Alexia González-Barros e como dizem os insentatos: "a maneira como a Opus Dei manipula a sua doença." A verdade desta jovem que nasceu em Madrid, no dia 7 de Março de 1971, no seio de uma família pertencente à Opus Dei. Frequentou o colégio "Jesús Maestro", da Companhia de Santa Teresa de Jesus. No dia 4 de Fevereiro de 1985, quando fez 14 anos, é-lhe diagnosticado um tumor na coluna vertrebal que em pouco tempo a deixou paralitica. Sofreu quatro grandes operações e uma interrupta cadeia de dolorosos tratamentos nos meses seguintes. Morreu no mesmo ano, a 5 de Dezenbro, em Pamplona, respondendo "sim" à vontade de Deus, como sempre dizia: "Senhor, eu quero sempre o que Tu queres!" A causa de beatificação de Alexia foi introduzida em Madrid no dia 14 de Abril de 1993 e fechada solenemente no dia 1 de Junho de 1994. A fase em Roma começou a 30 de Junho do mesmo ano. O Decreto de "Validez" foi assinado pela Sagrada Congregação para as Causas dos Santos no dia 11 de Novembro de 1994.
O filme "Camino", estreou no dia 17 de Outubro de 2008, por Javier Fesser, e a familia de Alexia já afirmou num comunicado que "nunca houve relação, nem existe colaboração ou participação de nenhum familiar com o director, guionista, produtor ou qualquer outra pessoa responsavel desta ficção".
O realizador disse que a sua história era uma “procura da verdade” e que, durante o seu curso, deu de caras com “dezenas de testemunhos de gente maravilhosa presa injustamente numa instituição chamada Opus Dei" e o actor Jordi Dauder afirmou que:
“é um filme contra o obscurantismo, a dor e os fundamentalismos neste país”. Isto levou-me a fazer uma pequena reflexão, sobre esta jovem que verdadeiramente amou a Cristo e que descobriu a sua vocação: "completo na minha carne o que falta à Paixão de Cristo!" Todas as operações que suportou eram marcadas por um constante sorriso que "queimava" os olhos daqueles para quem, como o realizador deste filme, o sofrimento deve ser considerado de forma abominável, principalmente se é tido numa prespectiva cristã. Ouvi um jornalista a apresentar o filme dizendo: "Vejacomo é que o fundamentalismo dos pais e a locura de uma instituição religiosa podem destruir a vida de uma criança!" Mas em que mundo vivemos? Acaso o sofrimento já não faz parte da vida? Que luta desenfreada é esta de querer eliminar toda a miníma dor?
Paulo VI dizia em Fátima (1965): "Homens sede homens!", e o verbo sofrer encaixa na nossa natureza de homens! Perguntam: "Que Deus é este, que permite o sofrimento? Se Deus é bom porque sofremos?"
Talvez mais do que esperarmos uma resposta, mais vale olhar para o exemplo d'Aquele que sofreu mais que qualquer um de nós. Cristo ensinanos a misturar no vinagre da dor, o azeite puro do amor. Parece poético... mas é a verdade da Cruz: "Loucura para o mundo e salvação para os que creêm!" O sofrimento sem Deus é natural que não seja suportado, pois Deus ensina a ama-lo. Foi o que esta menina percebeu; ao aparecer-lhe a doença e a dor, tranformou-as com o amor, e tornou-as no meio mais perfeito de santificação. Os médicos quando a deixavam ficavam atónitos, sem perceber de onde vinha tão belo sorriso, no meio de tanta dor.
Que sociedade criamos hoje? Há vida para relações sexuais e não há família para aceitar uma criança... há vida para receber as "heranças" dos mais velhos, mas os seus não os querem junto de si até ao momento final... há vida para se usar ou servir-se dos outros, mas não há esperança de um acordar de quem está em coma. Realidades que nos assustam, principalmente quando vemos este desenvolvimento caótico, uma guerra discreta e silenciosa, que parece não ter fim.
"Abri as portas do vosso coração a Jesus Cristo!", dizia João Paulo II, também ele tocado pela dor como o mundo pôde acompanhar... ele abriu o seu coração ao sofrimento final da sua vida, onde Cristo também se manifestou. Aprender a sofrer não é uma derrota, mas uma "coroa de louros" que esmaga o pensamento sensionalista e fatalista da actualidade! Quem sabe sofrer com Cristo, como é o caso de Alexia, incomoda este mundo hedonista e inaturalista que não vai muito longe. Deus continua a perguntar ao homem: "Onde estás?", embora as forças obscuras não deixem ecoar esta "procura" do Criador. Que os cristãos sejam "Cristo aumentado, Cristo continuado", que reconhecam a sua vocação de abraçar a cruz e de ser sinal de contradição. Exemplos como o desta jovem, ensinam-nos o modo como havemos de realizar em nós o mesmo que o apóstolo: "Para mim viver é Cristo!"

Coloco aqui primeiramente um filme que narra a vida desta serva de Deus e em seguida o terrivel filme que dela fizeram:



Quer abortar?

A Lia explica-lhe




Via Wagner Moura (mais uma vez)

Expliquem-me, por favor...

De que forma é que um subsídio em favor de uma mãe que optou, por livre vontade, eliminar a vida do seu filho é, ou constituí, de alguma forma, directa ou até indirectamente, um apoio do Governo à parentalidade ?

A homossexualidade e o casamento religioso

Em vários blogs tenho encontrado pessoas que são a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo dizerem que, após o reconhecimento pela lei civil, vão lutar pelo reconhecimento do direito ao casamento religioso entre pessoas do mesmo sexo.

Mark Driscoll, um jovem pastor evangélico que se tem caracterizado por ser um pregador, de raiz calvinista, progressista, liberal e heterodoxo responde a essa questão, citando de forma extensa vários excertos da Biblía, de forma clara e objectiva ao que eu como católico subscrevo na íntegra.
Por isso, a menos que José Socrátes inclua no próximo programa do PS a alteração por decreto de vários excertos da Bíblia, parece-me que esse desejo de muitos pró-gays não passará de ser mais do que um mero wishful thinking

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Educação sexual e liberdade de educação

Excelente este post onde, a propósito do último projecto da JS sobre Educação Sexual, Nuno Lobo, aborda as vantagens da liberdade de educação no ensino público.

Novo Blog da nossa colaboradora Alexandra Chumbo sobre educação dos filhos

O casamento dos homossexuais

Aqui, por Maria José Nogueira Pinto

E ainda, outro excelente artigo de Helena Matos sobre os desvarios recentes da esquerda nacional, acerca de eutanásia, casamento entre homossexuais e outros quejandos.

Breves comentários ao projecto do PS sobre Educação Sexual Obrigatória nas Escolas




- A maior preocupação em transmitir a questão da igualdade de género (isto é, no entender socialista, os homens e mulheres são todos iguais, em todos os aspectos e o que nos distingue fisiologicamente é um aspecto secundário que não tem relevância nenhuma), a defesa da homossexualidade e a visão da sexualidade como fonte de patologia e de DST, do que propriamente a educação para os afectos e a sexualidade como fonte de realização pessoal no âmbito de um relacionamento afectivo estável e duradouro.


- Ausência total do aprofundamento do amor como dádiva e entrega e não meramente como um simples afecto ou sentimento.


- Ausência do carácter opcional da disciplina ou, em alternativa, da consagração do direito dos pais de objecção de consciência, impedindo os seus filhos de participarem nesta "lavagem ao cérebro", de forma a salvaguardar expressamente o direito dos pais à educação dos filhos (é verdade que há muitos pais que não dão educação sexual nas suas casas, levando a um certo vazio na educação e formação da personalidade dos filhos, mas há muitos que ainda o fazem e estes têm o direito de continuar a dar a sua própria educação sexual, de acordo com as suas próprias orientações pessoais, filosóficas ou religiosas sem a intromissão intolerável da "cartilha socialista sobre o que deve ser a boa sexualidade" ). Esta ausência do direito dos pais à objecção de consciência, a meu ver, a continuar, irá ferir este projecto de inconstitucionalidade.


- Ausência de indicações sobre como e por quem é que irá ser efectuada a dita "educação sexual de orientação socialista", por quais professores, com que formação, com que linguagem, com quais métodos, etc...

Resumo do projecto lei da JS sobre educação sexual "obrigatória" em TODAS as escolas

(Aspectos do Projecto de Lei N.º 660/X)

EXCERTOS DA EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS


Momentos relevantes na história da saúde sexual e reprodutiva dos portugueses, que tiveram o mais decisivo contributo da Juventude Socialista, e do Partido Socialista e dos seus Governos:


- em 1984, o reconhecimento da educação sexual e do planeamento familiar como componentes fundamentais do direito à educação;
- em 1985, a regulamentação das consultas de planeamento familiar;
- em 1999, o impulso dado à educação sexual, e a criação de gabinetes de apoio nas escolas;
- em 2000, a obrigatoriedade da promoção da saúde sexual e da reflexão sobre temas da sexualidade humana em meio escolar;
- em 2007, a despenalização da interrupção voluntária da gravidez.
EXCERTOS DOS ARTIGOS DO PROJECTO

A educação sexual é objecto de inclusão obrigatória nos projectos educativos (artº 7), e terá uma carga horária anual não inferior a 12 horas. (artº 6)

A presente lei aplica-se a todos os estabelecimentos da rede pública, da rede privada e cooperativa, do ensino básico e do ensino secundário. (artº 1).

A educação sexual visa, entre outras coisas, o respeito pelas diferentes orientações sexuais e a promoção da igualdade de género; (artº 2)

A educação sexual é transversal a todas disciplinas. (artº 3)

Até ao 4º ano ensinar-se-á a "noção de família". (artº 4)

No 5º e 6º ano ensinar-se-á sexualidade e género, contracepção e planeamento familiar. (artº 4)

Do 7º ao 9º ano ensinar-se-á uso e acessibilidade dos métodos contraceptivos. (artº 4)

No ensino secundário ensinar-se-á o respeito pela igualdade entre as pessoas independentemente do género e/ou orientação sexual; as questões relativas à violência sexual e de género, bem como as questões éticas da sexualidade e relações amorosas. (artº 5)

Cada turma tem um professor responsável pela educação para a saúde e educação sexual. (artº 8)

Cada escola deve dedicar um dia em cada ano lectivo à educação sexual, envolvendo a comunidade escolar em palestras, debates, formação ou outras actividades. (artº 11)

Os encarregados de educação, os estudantes e as respectivas estruturas representativas devem ter um papel activo na prossecução e concretização das finalidades da presente lei. (artº 12)

A lei entra em vigor no início do ano lectivo de 2009/2010. (artº 15)
(Recebida por e-mail via newsletter "É o Carteiro" de Pedro Gil)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Aborto e contracepção

A pouco e pouco vai-se tendo acesso a mais dados sobre a forma como a nova lei está a ser aplicada, tipos de destinatárias, razões do aborto, etc..

Segundo o Correio da Manhã "Os dados sobre as mulheres que optaram por não levar a gravidez até ao fim mostram que a maioria vivia com o parceiro e usava métodos contraceptivos (só 5,5% não se protegia de uma gravidez indesejada)".
Ora, há aqui qualquer coisa que não bate certo:
- Ou as mulheres mentem e, de facto, não usavam métodos contraceptivos
- Ou falam a verdade e, então, os métodos contraceptivos mais utilizados (preservativos ou vulgo "pílula" ou vulgo "aparelho") falharam.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Estudo da Federação Portuguesa pela Vida na ocasião do 2.º aniversário da liberalizaçao do aborto em Portugal

Para ver aqui.

1.º Congresso Nacional da Maternidade - Porque Todos Somos Filhos


Auditório Cardeal Medeiros
Universidade Católica
Lisboa, 6 e 7 de Março de 2009

Programa do congresso
Inscreva-se já!


Folheto do Congresso aqui.






Sobrevivente de aborto é campeã de natação

É impressionante ver na coletiva de imprensa a jovem de 19 anos, Miriam, com uma paralisia cerebral que quase não se percebe, campeã de natação, premiada também em um concurso de canções, falando de que, graças a que sua mãe biológica a dera em adoção aos seis meses a uma família, ela pôde obter estas conquistas em sua vida. É um dos pontos fortes da campanha informativa que o Fórum Espanhol da Família empreende e que foi apresentado hoje em Madri.
A campanha de informação por toda a Espanha, sobre o direito à maternidade e sobre o aborto, é feita com o slogan «Sua vida é tua vida: defesa da vida, um desafio para o século 21».
Na coletiva de imprensa intervieram o presidente do Fórum Espanhol da Família; a presidente da Fundação RedMadre; a porta-voz da campanha e Mirian Fernández, «sobrevivente de um aborto», disseram os organizadores, campeã de nacional de natação e cantora.
A campeã pretende «despertar a consciência cidadã sobre o imenso drama que todo aborto supõe e difundir as alternativas de apoio à mulher, para que nenhuma se veja sozinha diante do aborto», indica o Fórum.
Miriam Fernández, de 19 anos, contou em primeira pessoa sua experiência sobre o aborto: «Eu seria abortada por malformações, tenho paralisia cerebral por causa de uma bolha de ar no cérebro. Graças aos meus pais terem me dado em adoção, consegui seguir adiante, sou campeã nacional de natação, ganhei um concurso na televisão como cantora e agora estou fazendo faculdade. Creio que a adoção é uma das vias mais importantes na hora de pensar em abortar».
O Fórum Espanhol, além das alternativas ao aborto e a conscientização cidadã, iniciou, desde o final de 2006, 17 iniciativas legislativas populares para impulsionar a criação em toda a Espanha de uma rede solidária de apoio à mulher grávida – a RedMadre –, para ajudá-la em liberdade a identificar e buscar soluções alternativas para o aborto e para os problemas reais que a gravidez imprevista pode gerar.
«Em uma sociedade desenvolvida, nenhuma mulher deveria ficar em situação de desamparo social só por estar grávida e encontrar-se em situação de considerar o aborto», diz em sua introdução o programa da RedMadre.
A solidão de uma mulher diante da gravidez pode se ver agravada «pelo abandono e irresponsabilidade do pai, a ameaça expressa ou suposta de perda do emprego ou outros problemas de integração social específicos com os associados às singulares circunstâncias das imigrações em situação precária na Espanha».

Cidadão escreve carta aberta contra "imposição" socialista

CARTA ABERTA

Assunto:«Partido Socialista quer impor obrigatoriedade da educação sexual nas escolas» “In http://www.ps.pt/
Aos Membros do Governo
Membros dos órgãos sociais do Partido Socialista Português
Grupo Parlamentar do Partido Socialista Português
Deputados da Assembleia da Republica do Partido Socialista Português
A todos os membros em geral do Partido Socialista Português
A todos os Portugueses
Caríssimos Senhores,
No meu modesto contributo ao assunto em referência é com todo o gosto que lhes envio cópia das cartas que, no princípio deste ano lectivo, eu e a minha esposa fizemos chegar às escolas onde estudam os nossos filhos.
Naturalmente que considero que nenhuma lei pode violar a minha consciência e ser contrária às minhas responsabilidades como pai e educador.
Assim, não posso aceitar qualquer lei ou decreto-lei que venha a ser aprovado, que seja OFENSIVO DA LIBERDADE consignada na Constituição da República Portuguesa.
Lamento profundamente a prepotência, a arrogância, a falta de sentido democrático (o quero, posso e mando - ditadura da maioria) que o projecto vindo a público revela, na medida em que IMPÕE(!) a inclusão OBRIGATÓRIA(!) da educação sexual nos projectos educativos das escolas.
Aliás, tive o cuidado de verificar isso mesmo no site da vossa organização.Pois se, até ao momento, considerei as cartas que vos envio do âmbito privado pelo respeito da minha liberdade, a partir de agora irei usá-las, assim como tudo o que estiver ao meu alcance, pela luta pela liberdade ideológica em Portugal.Aproveitava a oportunidade para lembrar que, enquanto cidadão, estou expectante quanto ao vosso desempenho na missão de governação do nosso país, que vos foi confiada nas últimas eleições!
No mínimo exijo respeito democrático por todos, e em particular, por cada um dos cidadãos, nomeadamente em matérias fracturantes como esta, que estão para além da competência da própria Assembleia da República, que tem por fim servir os cidadãos e não impor qualquer lei acima do direito à liberdade de educação, pensamento, ideologia ou religião.
“IMPOR (!) A inclusão obrigatória (!) da educação sexual nos projectos educativos das escolas” – NÃO OBRIGADO.
Creiam-me grato pela atenção dispensada e sem mais,Atenciosamente,
Artur Mesquita Guimarães
(Recebido na nossa caixa de e-mail)

Sobrevivente de aborto é campeã de natação

Aqui e aqui

O horror do vazio



Depois de em Outubro ter morto o casamento gay no parlamento, José Sócrates, secretário-geral do Partido Socialista, assume-se como porta-estandarte de uma parada de costumes onde quer arregimentar todo o partido. Almeida Santos, o presidente do PS, coloca-se ao seu lado e propõe que se discuta ao mesmo tempo a eutanásia.

Duas propostas que em comum têm a ausência de vida. A união desejada por Sócrates, por muitas voltas que se lhe dê, é biologicamente estéril. A eutanásia preconizada por Almeida Santos é uma proposta de morte.

No meio das ideias dos mais altos responsáveis do Partido Socialista fica o vazio absoluto, fica "a morte do sentido de tudo" dos Niilistas de Nitezsche. A discussão entre uma unidade matrimonial que não contempla a continuidade da vida e uma prática de morte, é um enunciar de vários nadas descritos entre um casamento amputado da sua consequência natural e o fim opcional da vida legalmente encomendado.

Sócrates e Santos não querem discutir meios de cuidar da vida (que era o que se impunha nesta crise). Propõem a ausência de vida num lado e processos de acabar com ela noutro. Assustador, este Mundo politicamente correcto, mas vazio de existência, que o presidente e o secretário-geral do Partido Socialista querem pôr à consideração de Portugal. Um sombrio universo em que se destrói a identidade específica do único mecanismo na sociedade organizada que protege a procriação, e se institui a legalidade da destruição da vida.

O resultado das duas dinâmicas, um "casamento" nunca reprodutivo e o facilitismo da morte-na-hora, é o fim absoluto que começa por negar a possibilidade de existência e acaba recusando a continuação da existência. Que soturno pesadelo este com que Almeida Santos e José Sócrates sonham onde não se nasce e se legisla para morrer.

Já escrevi nesta coluna que a ampliação do casamento às uniões homossexuais é um conceito que se vai anulando à medida que se discute porque cai nas suas incongruências e paradoxos. O casamento é o mais milenar dos institutos, concebido e defendido em todas as sociedades para ter os dois géneros da espécie em presença (até Francisco Louçã na sua bucólica metáfora congressional falou do "casal" de coelhinhos como a entidade capaz de se reproduzir). E saiu-lhe isso (contrariando a retórica partidária) porque é um facto insofismável que o casamento é o mecanismo continuador das sociedades e só pode ser encarado como tal com a presença dos dois géneros da espécie. Sem isso não faz sentido. Tudo o mais pode ser devidamente contratualizado para dar todos os garantismos necessários e justos a outros tipos de uniões que não podem ser um "casamento" porque não são o "acasalamento" tão apropriadamente descrito por Louçã.

E claro que há ainda o gritante oportunismo político destas opções pelo "liberalismo moral" como lhe chamou Medina Carreira no seu Dever da Verdade. São, como ele disse, a escapatória tradicional quando se constata o "fracasso político-económico" do regime. O regime que Sócrates e Almeida Santos protagonizam chegou a essa fase. Discutem a morte e a ausência da vida por serem incapazes de cuidar dos vivos.

Autor: Mário Crespo, jornalista.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

EUROMEDUC na UALG em directo

Hoje fiz o meu registo, como membro da plataforma Algarve pela Vida, e espero (dentro da minha limitada disponibilidade) continuar a participar em alguns paineis de grande interesse.
Em próxima oportunidade, farei alguns comentários e destaques sobre este seminário que, infelizmente, não está a ter a repercussão devida nos media portugueses.

O DIU é abortivo

Texto aqui

Vida Universitária

Exmºs Srs. ,

Gostaríamos de participar que realizaremos uma conferência no anfiteatro A1 da Faculdade de Direito da Universidade Católica de Lisboa, no dia 18 de Fevereiro de 2009, pelas 18h. Esta conferência visa lançar o projecto da Associação Vida Universitária através do contributo da experiência dos dois médicos convidados, Drª Isabel Galriça Neto e Dr. João Paulo Malta.
Será apresentada pelo Prof. Doutor João César das Neves, Presidente do Conselho Fiscal da nossa Associação.

Atenciosamente, A Direcção da Associação Vida Universitária,

(Recebida por e-mail)

P.S.- Esta associação irá igualmente levar a cabo uma acção de formação sobre aborto na Faculdade de Medicina Dentária, em Lisboa, entre os próximos dias 18 e 27 deste mês.
Este trabalho desta associação é muito importante dado que há muitas pessoas ainda pouco informadas sobre o que é, na realidade, e quais as consequências de um aborto.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Educação Sexual ou Educação para os Afectos ?


Reportagem da Rádio Renascença, com entrevistas a especialistas e depoimentos de jovens, hoje, dia 15 de Fevereiro.


As consequências da cultura de morte


Na Austrália têm acontecido ultimamente coisas muito raras:

- Um pai que atira a própria filha de 4 anos de uma ponte, causando a sua morte.

- Incendiários que provocam centenas de mortos e destruição.

- Um Padre católico que transformou o altar da sua Igreja num canil e promete pancadaria a quem o quiser de lá tirar.

Por sua vez, no Japão divulga-se um jogo de computador em que o objectivo é violar mulheres e depois obrigá-las a abortar.

Esta loucura levou, inclusivé, alguém a defender que tudo isto se tratava de castigo Divino provocado por leis liberalizadores e permissivas.

Eu não vou tão longe.

Mas lá que uma cultura de morte, com origem no permissivismo legislativo e na promoção estatal do aborto, da eutanásia, etc... tem consequências directas ou indirectas na cabeça das pessoas, lá isso tem !

Cuidados paliativos melhor que eutanásia

Nesta reportagem da RTP de hoje, o responsável pela unidade de cuidados paliativos do IPO do Porto é muito claro:
- Os doentes terminais que tomam conhecimento da existência de uma unidade de cuidados paliativos que lhes presta ajuda não só ao nível físico, mas também psicológico, acabam por rever o seu desejo inicial de morrer
- Há ainda muitos doentes terminais que desconhecem ou não têm acesso a estas unidades de cuidados paliativos.

Educação para os Media no Algarve dias 16 a 18 deste mês

Entre os próximos dias 16 a 18 deste mês, terá lugar na Universidade do Algarve, um Seminário sobre Jovens e Internet.

Estou inscrito para participar e vou tentar assistir a, pelo menos, alguns dos paineis.

O seminário contará com a presença de especialistas de várias partes do mundo.

No Algarve, destaco, em particular, o trabalho que está a ser desenvolvido pela Professora brasileira Gabriela Borges e pelo Prof. Vitor Reia-Baptista que é um dos pioneiros da implementação da Educação para os Media em Portugal.

Ambos desenvolveram uma antologia muito interessante denominada "Discursos e Práticas de qualidade na televisão".

Numa área que tanta influência tem na formação da personalidade de crianças e jovens, estudar, reflectir e agir sobre os media é uma verdadeira pedrada no charco que urge defender e incentivar.

Quantas mulheres já repetiram abortos desde a nova lei da ivg?

O CDS/PP, na linha do comunicado que este blog já teve oportunidade de fazer divulgar aqui, coloca à Senhora Ministra da Saúde algumas questões pertinentes sobre a aplicação da lei da ivg, nomeadamente qual o custo que este desvario tem causado ao país e quantas mulheres já o repetiram mais do que uma vez.
E um dos seus dirigentes proclama sabiamente:
"Em declarações à Lusa, o deputado do CDS-PP Pedro Mota Soares considerou que o Governo tem «insistido e investido mais na prática de abortos que em verdadeiras alternativas às mulheres».

O sucesso das aulas de educação sexual no Reino Unido



Neste vídeo, chamou-me à atenção a enorme ternura dos pais-crianças em contraste com a sua total inconsciência.

Entretanto, o mediatismo do caso garantiu, para já, apoio social e financeiro aos pais.

E já agora, no Reino Unido, desde há muito tempo que as escolas dão "educação sexual" aos jovens e, pelos vistos, sem grande sucesso...

Former Tory leader Iain Duncan Smith, who runs the Centre for Social Justice think tank, said: “It exemplifies the point we have been making about Broken Britain.


“It’s not being accusative, it’s about pointing out the complete collapse in some parts of society of any sense of what’s right and wrong.”


Local MP Nigel Waterson said: “This is a very sad story which will have a huge impact on both the parents and the child.


“I’m very pleased that the families are being supportive, but this of course raises huge questions about sex education, and also about the sexualisation of our society.”

Fonte: The Sun

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Licença de parentalidade alargada para 6 meses


O Governo aprovou esta quinta-feirao aumento da licença parental para seis meses, subsidiando com 83% do salário bruto, mas que atingirá os 100% se a licença for de cinco meses partilhada por pai e mãe

Em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, o titular das pastas do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, frisou que o novo regime de protecção social na parentalidade «cumpre o estabelecido no acordo tripartido em sede de concertação social».

«Procede-se ao aumento do período de licença parental para seis meses subsidiados a 83% ou cinco meses a 100% na situação de partilha da licença entre mãe e pai, em que este goze um período de 30 dias ou dois períodos de 15 dias em exclusividade», lê-se no comunicado do Conselho de Ministros.

Actualmente, o subsídio por maternidade, paternidade e adopção apenas prevê o pagamento de 120 dias a 100% ou 150 dias a 80 por cento.

Vieira da Silva afirmou que, logo que o diploma seja publicado em Diário da República, terão direito aos novos benefícios da licença de parentalidade não apenas os novos casos de nascimento, mas também os casais que nesse momento já se encontrarem em período de usufruto de licença de parentilidade.

«Trata-se de promover uma melhor conciliação da vida profissional e familiar na altura crítica do nascimento das crianças, de estimular a igualdade e partilha de responsabilidades no interior da família, mas, igualmente, de reforçar a protecção social, criando melhores condições para o desenvolvimento integral das crianças», sustentou o ministro.

Notícia daqui.
DR - Lei n.º 7 /2009 de 12 de Fevereiro (revisão do Código do Trabalho)

Infâncias (in)felizes


A Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) apresentou ao Ministério da Educação uma proposta para as escolas do 1.º ciclo do ensino básico funcionarem entre as sete da manhã e as sete da tarde. Uma proposta radical que encerra em si própria a alteração do sentido último da escola e o sentido último da família. Algo que, tendo estado desde há muito subjacente a toda a discussão em torno do modelo de sistema educativo, modelo de escola e objectivos do ensino, surge agora claramente como um facto assumido, não já uma circunstância mas um dado adquirido, o de uma parentalidade em part-time.



Sabemos que muitos pais têm de depositar os seus filhos na escola durante 12 horas porque precisam dessas 12 horas para trabalharem - duplo emprego, biscates, o que seja - único modo de fazer face às necessidades do seu agregado. Mas também sabemos que uma criança confinada a um mesmo espaço durante 12 horas, um espaço que não é a sua casa, o seu habitat, provavelmente não se construirá feliz e equilibrada.


Há pois, aqui, um conflito, que nem sequer é novo, e uma proposta, essa sim nova, dos pais, de que seja resolvido a favor de um modelo laboral e social profundamente errado e em desfavor dos filhos.


Os chamados ATL, actividades de tempos livres realizadas fora da escola mas em local adequado para o efeito, já existem há muito em Portugal como uma resposta social para aquelas famílias, que são confrontadas, na sua luta pela sobrevivência, com o dilema de pôr em risco ou o sustento dos filhos ou os próprios filhos. Com esta proposta da Confap transfere-se para a escola o prolongamento do horário, e aquilo que era excepcional e em função de uma circunstância concreta passa agora a ser uma regra assumida e incorporada no próprio sistema educativo. Aqui reside a diferença e a diferença é abissal!


Segundo os dados disponíveis, apenas um terço dos casais com filhos menores de 15 anos recorre a serviços de apoio às crianças, incluindo amas, creches, pré-escolar e ATL. À primeira vista, nada indica pois que uma escola a funcionar 12 horas seja uma necessidade sentida por todos os pais ou, sequer, pela maioria dos pais. Mas, uma vez aprovada uma medida como esta, rapidamente se interiorizará que as 12 horas são o horário escolar diário e que, independentemente das reais necessidades dos pais, por uma simples conveniência ou pura comodidade, o lugar da criança é na escola. A ser assim, não estamos perante uma solução mas perante um gigantesco problema a projectar-se, impiedoso, sobre o futuro de todos.


Primeiro, porque muitos dos problemas actualmente vividos nas escolas têm a sua causa na ideia errada de que estas substituem a família. A escola é meramente complementar, mas vê-se forçada a ir mais longe para compensar as fracas competências parentais que se revelam hoje como transversais à sociedade portuguesa e já não exclusivas de famílias mal estruturadas. Esta situação deve ser mudada e não institucionalizada.


Segundo, porque sendo sempre verdade que nada é tão importante como criar e educar crianças felizes, amadas e capacitadas para fazer face à vida, essa verdade é ainda mais evidente no nosso Inverno demográfico. Por isso, aqueles pais que apesar das suas vidas duras, do seu presente precário e do seu futuro incerto tiveram a coragem de ter filhos, não podem, de modo algum, ser penalizados. E também para isso servem as leis e as políticas públicas: novas formas de organização do trabalho, apoios às famílias, equidade no acesso aos serviços.


A decisão de transformar a escola num depósito, com base em precipitadas análises sociológicas, branqueando os dramas da míngua de afectos, laços e convivência entre pais e filhos, com jogos e brincadeiras escolares, é uma capitulação. As crianças não merecem. Nem as pobres nem as ricas.



Maria José Nogueira Pinto

Opinião daqui.

O inferninho dos petizes

A escola não serve para substituir uma família ausente. A escola não pode nem deve aceitar esse papel

Desculpem voltar ao Paradis des Enfants de que já aqui falei uma ou outra vez. Mas não sei de melhor saber do que o da experiência feito e tenho por vício achar que as boas práticas são de importação segura. Mesmo quando as diferenças culturais não nos deixam importá-las, pelo menos servem para nos ajudar a pensar. Para quem o tema do Paradis seja novo, aqui vai uma breve explicação: trata-se da escola frequentada por dois dos meus filhos nos três anos em que vivemos em Bruxelas. Veio-me à memória quando deparei com uma estranha reivindicação de uma confederação de pais, a reclamar o direito de transformarem as escolas em armazéns de criancinhas, pelo módico período de doze horas diárias. Imaginei que, se o Ministério da Educação belga impusesse a Monsieur le Directeur tal medida, ele exigiria a mudança de nome da escolinha para L'enfer des Petits.Era uma escola pública e laica da comuna de Etterbeck. Embora pública, Monsieur le Directeur reivindicava para si uma esfera de autonomia pedagógica que passava pelo poder de, se não de rejeitar de imediato, pelo menos de retardar a aplicação das medidas decretadas pelas autoridades centrais que lhe parecessem disparate.

Quando me anunciou essa característica da escola, deu-me a entender que não era negligenciável. Explicou-me que as reformas eram ali aplicadas apenas a título experimental, em turmas piloto, e só se dessem resultado se generalizava a experiência. Caso contrário, protestava e, tanto quanto consegui apurar, em muitos casos levava a sua avante. Nos casos que não ganhava, tinha a garantia de pelo menos dois anos de folga. E, não raro, a medida retrocedia naturalmente, não sobrevivendo muito tempo ao próprio erro. Fiquei assim com a ideia de que as autoridades belgas não seriam nem particularmente autistas nem especialmente casmurras em matéria de educação.A escola tinha horário flexível para entregar as crianças, salvo erro entre as 8 e as 9, mas que não me passasse pela cabeça fazê-lo depois disso, interrompendo a classe. Como morava perto e estava em casa, devia ir buscá-las depois para almoçar, tornar a entregá-las na escola e voltar para as apanhar, em definitivo, pouco depois das 15 e 30. Uma canseira! Nunca, como aí, me senti tão presa à roda viva do ritmo escolar. Contudo, a escola fornecia almoço aos meninos necessitados ou àqueles que não tinham ninguém que os fosse buscar, acolhia as crianças que precisassem absolutamente desse apoio a partir das sete e trinta e mantinha-se com actividades de apoio ao estudo e circum-escolares até às 17 e 30 e com uma guarda de infância até às 18 ou 19.
Havia um menino que era sempre entregue pouco depois das 7 e recolhido dez (senão doze...) horas depois. Os pais, um jovem casal proprietário de um negócio, tinham provado não dispor de alternativas e, a título excepcional, a escola, enquanto agente responsável ao serviço da comunidade, prestava esse serviço. Nada que, de forma criativa e sem imposições do ministério, não aconteça já por cá, numa multiplicidade de escolinhas e em criativa conjugação de esforços entre pais, autarcas e professores.Monsieur le Directeur deixava sempre bem claro não ser esse o sistema ideal para o desenvolvimento harmónico da criança, exercendo uma subtil pressão junto dos pais para os consciencializar da vantagem de, logo que possível, inverterem o sistema.

Em contrapartida, quando de início me passou pela cabeça que seria mais prático ficar com as criancinhas comigo durante toda a tarde, fui rapidamente alertada pelas educadoras para não as prejudicar, privando-as das actividades escolares previstas para a parte da tarde. Aquela horinha de actividades era uma parte curricular importante da socialização e da estimulação dos meninos.Entre a filosofia educativa do Paradis e os serviços prestados pela escola e as reivindicações da autóctone CONFAP vai um mundo de diferenças. Uma coisa é reclamar um apoio social a prestar em caso de necessidade comprovada e enquanto vertente da segurança social (ou da acção escolar!), outra é a reivindicação do direito ao armazenamento escolar. Com aquela ideia peregrina de que mesmo em dias de greve caberia às escolas a prestação de serviços mínimos. De educação? Não. De armazenamento.Já houve tempos em que as crianças pouco contacto tinham com os pais, sobretudo nas classes privilegiadas, sendo educadas por criadas, enquanto nas classes trabalhadoras mais desprotegidas eram deixadas na rua. Muitos de nós crescemos em colégios internos e não nos transformámos em monstros nem delinquentes, apesar das 24 horas de vida escolar. Verdade. Mas também houve tempos em que se aprendia à custa de reguadas e orelhas de burro e ninguém, com juízo, quer regressar a esses tempos. Nem as solicitações, nem os riscos, nem os constrangimentos de hoje são os dessas épocas. Avançámos nos direitos das crianças e dos pais para agora aceitarmos, sem pestanejar, o regresso ao século XIX? Com os operários (por mais intelectuais que sejam) presos à linha de produção do lucro, sem intervalo para almoço nem descanso semanal?Num desabafo oiço o relato de uma educadora que cito de memória: "Aqui, no infantário, há uma menina de três anos e meio que, nos últimos dois, não gozou um único dia de férias. Só faltou ao infantário quando esteve doente. Os pais, mesmo em férias, vieram sempre trazê-la (o infantário está aberto todo o ano) com o argumento de que ela se diverte muito mais aqui!". O grande problema desta sociedade não é a existência de casos como este. O grande problema é que pode ser verdade que a escola seja o melhor ou o único local de recriação de uma criança. Pior ainda, é reconhecer na escola maiores e melhores competências parentais do que as dos próprios progenitores.

A escola não serve para substituir uma família ausente. A escola não pode nem deve aceitar esse papel. Os professores não podem nem devem ser chamados a exercer a função de assistentes sociais. Essa é, aliás, uma das géneses do falhanço do nosso sistema de ensino público, uma das causas do flagrante insucesso escolar. Deixamos de herança aos nossos filhos um sistema em que faz com que metade da geração dos jovens de 20 anos não tenha sequer passado do nono ano de escolaridade.Por tudo isto os pais deviam estar do outro lado da barricada. Deviam defender escolas que ensinem e prestem serviços máximos de educação contra este absurdo conceito de escolas que prestam serviços mínimos ou máximos de armazenamento infantil.
Público, 13.02.2009, Graça Franco - Jornalista