quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Discutir à frente dos filhos

Por mais perfeito que seja o casal, é inevitável que existam sempre pequenos desentendimentos, fruto de visões, perspectivas diferentes dos acontecimentos ou de comportamentos que o(a) parceiro(a) não concorda.

São situações que há que prevenir ao máximo, mas que, infelizmente, nem sempre se conseguem evitar.

A situação em si já é desagradável mas mais desagradável se torna se o casal se põe a discutir em frente dos filhos, sobretudo se estes ainda são muito novos.

Se verificarmos a este propósito o que nos dizem os especialistas em pedopsiquiatria verifica-se que há uma unanimidade absoluta acerca do forte desaconselhamento nesta prática da discussão à frente dos filhos.

Para os filhos a união entre os pais é fonte de segurança e estabilidade. Assistir a essas discussões, quando, em algumas delas podem até existir agressões verbais, choro, etc... abala fortemente essa estabilidade e segurança dos filhos.

Desta forma, para além do mal que já é, em si mesma, a discussão do casal, acrescenta-se ainda um outro mal que é o dos danos colaterais que isso tem ao nível dos filhos.

Em alguns casos, pela frequência ou pela intensidade, não são raras as crianças que ficam traumatizadas com essas situações com repercussões ao nível do comportamento, do aproveitamento escolar, etc...

É chocante que essas situações se dêem inclusive em casais que são pessoas inteligentes e com habilitações suficientes para se aperceber o quão negativo é tal prática.

Muitas dessas pessoas têm até formação na área do ensino e da pedagogia e, ainda assim, cometem esse disparate que tantos danos podem causar nos filhos.

Este é um ponto que é preciso insistir na cabeça dos casais:
Evitar as discussões, prevenindo-as.
Mas se existirem discussões que ocorram fora do alcance dos filhos.

P.S.-Sobre este tema a minha colega de blog Dra. Alexandra Chumbo, psicóloga clínica, poderá eventualmente acrescentar algo mais.

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