quinta-feira, 24 de abril de 2008

Os adolescentes e o sexo

A pressão dos media e da sociedade, em geral, para que os adolescentes iniciem o mais cedo possível a sua vida sexual é enorme.

Nas conversas de intervalo da escola, quem se declara virgem é logo ridicularizado pelos colegas e, pelo contrário, quem diz que já fez e que aconteceu estas e aquelas vezes com fulana e beltrana é considerado um deus.

Por vezes, muitos jovens têm que mentir ou simplesmente sentem que têm que iniciar a sua vida sexual o quanto antes sob pena de se sentirem "anormais" ou "atrasados".

Além disso, a ajudar está o acesso fácil e rápido a pornografia, em particular, na internet.

Quem trabalha ou lida com adolescentes sabe que isto que eu digo é a mais pura das verdades!

Curiosamente, vários adolescentes com quem me cruzei me confessaram a sua decepção com a sua primeira relação sexual.

No outro dia, dizia-me um "afinal tanta coisa, tanta publicidade e é só isto?". Na realidade, quando os actos sexuais se praticam de forma mecânica e quase forçada, obviamente são só isso "actos sexuais".

Porém, a sexualidade integrada na afectividade, no âmbito de um relacionamento afectivo que se aprofundou, que não é um mero "one night stand" transforma um "acto sexual" num "acto de amor", ou melhor, numa das várias formas de expressão do amor.

Quem antecipa o que deve ser aprofundado e preparado, decepciona-se e entristece-se.

Seria bom que se ensinasse aos jovens que a felicidade de um relacionamento a dois, faz-se pelo aprofundamento das raízes. Quanto maiores forem as raízes, maior e mais frondosos são os seus troncos.

Quem lida com adolescentes não tem tarefa fácil, mas, como dizia um amigo meu, fruto de um família com 6 irmãos e pai de 5 filhos, a forma de aprendermos a amar resultou do exemplo de entrega, fidelidade e solidariedade que encontrámos na forma como os nossos pais se amavam.

O resto são só teorias.

1 comentário:

Anónimo disse...

MUITOS SÃO OS ADOLESCENTE QUE PRECISA DESSAS ORIENTAÇÃO.