quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

A única certeza

Quando a ameaça da morte nos bate à porta, desmorona-se o mundo da aparência em que vivemos.

A morte é a nossa maior certeza. Podemos não saber mais nada sobre o que a vida nos dá, mas uma coisa é certa: todos havemos de morrer.


Ora, um dos sintomas da secularização em que estamos mergulhados é o de que não gostamos de falar nisso. Tentamos evitar o assunto, distraindo-nos para não pensar…


Há cada vez mais plásticas, para disfarçar a idade, mais obsessão com a forma física e com as dietas. Só que nem sempre a realidade colabora e, quando a ameaça da morte nos bate à porta, desmorona-se o mundo da aparência em que vivemos. Os mais velhos e os doentes tornam-se um tropeço e a eutanásia surge como um antídoto simpático, um avanço de civilização. Há vários filmes – um deles com Óscares – que a defendem e há pressões para a sua legalização, como já aconteceu na Holanda, na Bélgica e no Estado norte-americano do Oregon.


Nestes dias, a Santa Sé organiza um congresso para responder a estas pressões políticas e mediáticas. O objectivo é que a morte não seja encarada como um estorvo, mas como o momento mais decisivo daqueles que passam por ela ou dos que estão á cabeceira de quem morre.


Opinião de Aura Miguel, aqui.

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