sábado, 1 de dezembro de 2007

Banco do Tempo, uma outra forma de voluntariado


Tem algum tempo para ajudar? Ajude a combater a solidão



«É um Banco mas tem uma característica única: não movimenta dinheiro». O Banco do Tempo é uma forma específica de voluntariado, combate a solidão e convida à inclusão social, somente com tempo. É uma infra-estrutura de apoio social, promovendo a procura e oferta de tempo para realizar certas tarefas.


É um Banco igual a todos os outros, com agências, horários, cheques, depósitos e a particularidade de utilizar o tempo como moeda de troca para «pagar» e «receber» serviços entre os membros associados.


A primeira Agência Nacional do Banco do Tempo em Portugal foi fundada em Janeiro de 2002, registando-se actualmente, a existência de 16 agências. O PortugalDiário foi tentar perceber como funciona.


Visitámos a agência Foz do Douro, no Porto, que conta já com cerca de 100 utilizadores, desde a data da sua fundação (Setembro de 2005), com a particularidade de ser a única agência do Porto. «A base do Banco do Tempo é a troca de serviços, com a obrigatoriedade de dar e receber», adianta a coordenadora Adelaide Lopes.


O banco não está direccionado para uma idade especifica, «muito pelo contrário, é um projecto para todas as pessoas, até mesmo para aquelas que não têm tempo, permitindo ajustar o tempo conforme as necessidades e o próprio tempo disponível».


«Não interessa a qualidade do serviço, o que interessa é o tempo que se gasta a fazê-lo. Todos os utilizadores do banco colocam os próprios gostos e sabedoria a favor dos outros, não importa se é, ou não licenciado, o que interessa é o que têm para dar», conta Adelaide Lopes.


Para além das actividades desenvolvidas, os membros do Banco do Tempo organizam actividades, uma forma a criarem laços de confiança: passeios culturais e recreativos, visitas e viagens.


Novos projectos


Paralelamente, a Junta de Freguesia da Foz do Douro, em parceria com o Banco do Tempo, promoveu o programa «Trajectórias II» para pessoas com mais de cinquenta anos e que pertençam à freguesia. Até Junho de 2008, as cinquenta e nove pessoas inscritas podem obter formação nas disciplinas que constam no programa, «é também uma boa maneira de ocupar os tempo livres», recorda Adelaide Lopes.

Também em parceria com o Banco do Tempo, surgiu o projecto «Timor», onde os membros da Associação se disponibilizam a fazer roupa para as crianças de Timor-leste, utilizando materiais reciclados, de diversos tipos.


«É um bom projecto uma vez que faz com que as pessoas se sintam úteis, e além disso andam todos entusiasmados», conta Adelaide Lopes.


Sugestões de trocas de serviços no Banco do Tempo:

- Lavar carros,

- aspirar e

- embelezar Jardinagem e

- arranjos florais para festas

- Trabalhos de bricolage Contabilidade

- Ser acompanhante

- Dar explicações

- Acompanhamento de crianças

- Fazer arranjos de costura



Notícia daqui.


BANCO DE TEMPO

Ver aqui.

Sem comentários: