domingo, 24 de junho de 2007

Ministra ex-abortista muda de opinião


A ex-ministra francesa de saúde Simone Veil, que introduziu a lei de despenalização do aborto em 1975, reconhece que a ciência está demonstrando a existência de vida desde a concepção.

"Cada vez é mais evidente cientificamente que desde a concepção trata-se de um ser vivo", afirma a primeira ministra em presidir o Parlamento Europeu de Estrasburgo entre 1979 e 1982.

Seus comentários aconteceram no contexto da reportagem difundida pelo canal de televisão «France 2», em 14 de junho, no qual se mostra como na Espanha se realizam abortos até no oitavo mês de gravidez, informa a revista de imprensa da Fundação Jérôme Lejeune.

No documentário, vê-se uma jornalista grávida de oito meses a quem é proposto um aborto em uma clínica privada da Barcelona pelo preço de 4.000 euros.

A ex ministra Simone Veil, é de origem judaica e sofreu a deportação a Auschwitz. Hoje ela reconhece que esta situação é "espantosa", mas que legalmente não é possível impedir as mulheres européias de viajar para a Espanha, pois a Corte européia afirmou que se trata de uma questão própria das legislações nacionais, e não da Europa.

A investigação jornalística constata que na França começa a ser difícil encontrar médicos dispostos a praticar o aborto por causa da objeção de consciência. "Não se pode obrigar a pessoa a ir contra suas convicções".

Ao referir-se à introdução da lei do aborto na França, revela a antiga ministra, "o único que havia negociado com a Igreja tinha sido a impossibilidade de forçar os médicos". "É um ponto que é preciso manter, pois não se pode obrigar ninguém a ir contra suas convicções".


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